RODOLFO MARQUES

RODOLFO MARQUES

Rodolfo Silva Marques é professor de Graduação (UNAMA e FEAPA) e de Pós-Graduação Lato Sensu (UNAMA), doutor em Ciência Política (UFRGS), mestre em Ciência Política (UFPA), MBA em Marketing (FGV) e servidor público.

Brasil ultrapassa 9 mil óbitos pela Covid-19. Instabilidade política continua a atrapalhar o país

Rodolfo Marques

O Brasil continua envolto em um cenário muito preocupante no que se refere à expansão da pandemia Covid-19. Nesta sexta-feira (8), o país ultrapassou a marca de 9.100 mortes e a tendência, cada vez maior, é o agravamento do quadro, com o crescimento das confirmações de contaminações e com o sistema de saúde cada vez mais colapsado. Algumas capitais, como Manaus, no Amazonas, enfrentam também o caos funerário, com o aumento exponencial de óbitos a partir das complicações causadas pelo novo coronavírus.

No campo político, continua a instabilidade causada pelas crises geradas a partir da própria Presidência da República. Jair Bolsonaro (sem partido) mantém a conduta de centrar fogo contra a imprensa, alguns membros do Supremo Tribunal Federal (STF) e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Também crescem as polêmicas envolvendo Bolsonaro em relação à Polícia Federal, além dos efeitos da ainda rumorosa saída de Sérgio Moro do Ministério da Justiça e Segurança Pública, em 24.05.2020. A maneira como o presidente administra politicamente o Brasil causa muitas incertezas e problemas de gestão, em todos os níveis, mas Bolsonaro continua com o apoio efetivo de 25% a 30% da população brasileira. Por outro lado, o apoio emergencial apresentado no último sábado (2), pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), após conversa com o ministro da Economia, Paulo Guedes, indica um alento para um processo de recuperação no país.

No âmbito regional, os governadores continuam na luta para enfrentar a pandemia, com a ampliação de hospitais de campanha, aquisição de equipamentos e ampliação de medidas restritivas em relação à pandemia. O isolamento social rígido (lockdown) foi adotado, nos últimos dias, em quatro cidades do Maranhão (São Luís, Paço do Lumiar, São José de Ribamar e Raposa), em dez cidades do Pará (Belém, Ananindeua, Marituba, Benevides, Santa Bárbara, Santo Antonio do Tauá, Santa Isabel do Pará, Castanhal, Vigia e Breves), em parte da zona Oeste do Rio de Janeiro e no Ceará (em sua capital, Fortaleza). A medida pode ser adotada também outras 4 capitais – São Paulo-SP, Rio de Janeiro-RJ, Manaus-AM e Recife-PE, que estão entre as principais cidades afetadas pelos casos da doença. São esforços importantes, mas, dentro das demandas e limitações locais, haveria a necessidade de um maior apoio financeiro por parte do governo federal.

A grande dificuldade do Brasil, hoje, é a inexistência de articulação para ações e políticas públicas para auxiliar de maneira mais efetiva as pessoas mais carentes. Somam-se a esse fato a ausência de infraestrutura adequada nos serviços de saúde para o atendimento à população e os discursos desconectados do presidente da República e do ministro da Saúde, Nelson Teich, atrapalhando as ações dos estados para a manutenção do distanciamento social. Todavia, cabe ao brasileiro, de qualquer forma, buscar se proteger das contaminações, cumprindo as normas de quarentena e de isolamento social rígido adotadas pelos gestores locais.

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Rodolfo Marques
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