RODOLFO MARQUES

RODOLFO MARQUES

Rodolfo Silva Marques é professor de Graduação (UNAMA e FEAPA) e de Pós-Graduação Lato Sensu (UNAMA), doutor em Ciência Política (UFRGS), mestre em Ciência Política (UFPA), MBA em Marketing (FGV) e servidor público.

Brasil segue em cenário dramático no contexto da Covid-19. E polarização ideológica atrapalha

Rodolfo Marques

O Brasil continua “avançando” nos números de casos de contaminações e mortes em relação à Covid-19. A situação se torna cada vez mais crítica em virtude das limitações no sistema de saúde para atendimento ao público e a proliferação dos casos, em especial nas regiões mais afastadas dos centros urbanos, onde o acesso aos recursos, em geral, é mais difícil. São já números tristemente superiores 400 mil casos e 25 mil mortes.

No Pará, que ainda vive o período de quarentena, a reabertura gradual de alguns órgãos públicos, espaços religiosos e estabelecimentos comerciais dão alguns sinais de normalidade, mas ligam o “alerta” para uma possível “segunda onda” de contágio. Apesar do aumento no número de vagas nas unidades de atendimento na região metropolitana de Belém, em paralelo à queda do número diário de mortes e novos casos, as preocupações permanecem, pois o vírus continua circulando, com sua grande velocidade de contágio e efeitos nefastos, como já se observou.

Simultaneamente às crises sanitária e econômica, o país vive um cenário de instabilidade política, com várias investigações em andamento, ações da Polícia Federal junto a autoridades do Rio de Janeiro (em especial, ao governador do estado, Wilson Witzel/PSC-RJ) e questionamentos crescentes em relação às posturas, ações e falta de atitudes da presidência da República. Causam muito incômodo geral os focos políticos e eleitorais que o núcleo mais próximo a Jair Bolsonaro empreende em todas as suas ações. E também é gerado um grande desconforto com todas as confusões do “clã Bolsonaro”, com os filhos “01” (senador Flávio Bolsonaro/Republicanos-RJ), “02” (vereador Carlos Bolsonaro/Republicanos-RJ) e “03” (deputado federal Eduardo Bolsonaro/PSL-SP).

A polarização ideológica (principalmente, entre bolsonaristas e oposicionistas), que, em geral, traz muito mais prejuízos do que benefícios para a democracia, se consolida como uma realidade efetiva no Brasil. A polarização gera a intolerância e conflitos, maximizados através das plataformas digitais. E isso tudo corre no momento mais crítico do Brasil nos últimos 60, 70 anos.

Dessa forma, em um cenário que se torna cada vez mais desafiador, todos os esforços comunicacionais, políticos e econômicos deveriam estar em consonância, por um bem coletivo maior. Divergências de ideias são normais dentro de quaisquer processos interacionais, mas elas precisariam ser mitigadas em prol de um enfrentamento conjunto, não só à pandemia, mas às desigualdades sociais como um todo.

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