08J: atentados de 08 de janeiro chegam a um ano e democracia, no Brasil, precisa se fortalecer Rodolfo Marques 08.01.24 20h00 O dia 08 de janeiro de 2024 marca um ano dos atentados golpistas e das manobras terroristas ocorridos na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Os eventos foram realizados, em grande parte, por militantes bolsonaristas que não aceitaram o resultado das eleições presidenciais em 2022 e foram insuflados a partir de teorias conspiratórias e por notícias falas em relação às urnas eletrônicas, principalmente. O governo federal organizou um ato, para esta data, com vistas a marcar a resistência aos golpistas e o fortalecimento das instituições democráticas no país, um ano depois. A programação foi organizada pelo Palácio do Planalto. Ministros e representantes de governos dos estados – como o chefe do executivo do Pará, Helder Barbalho (MDB), fizeram-se presentes. A ministra da Cultura, Margareth Menezes, ficou à frente de um ato cívico, interpretando o Hino Nacional Brasileiro. VEJA MAIS Um ano depois, 8 de janeiro é marcado por guerra de narrativas Atos golpistas em Brasília resultaram na prisão de mais de 2 mil pessoas, entre elas, paraenses Nos dias que se seguiram aos atos terroristas, mais de 2 mil pessoas foram presas. Cerca de 1.300 ações foram abertas no Supremo Tribunal Federal contra os acusados de envolvimento nos ataques. Vários casos já foram julgados e condenações colocadas em vigor. Cumprem pena algumas pessoas que executaram os crimes em janeiro de 2023 e já começaram a ser julgados alguns casos de financiadores. Um dos grandes embaraços até o momento, com esse marco cronológico, é que os principais articuladores/mandantes dos atos ainda não foram identificados e punidos. A percepção corrente é de que os vândalos queriam, além da depredação em si, evidenciar um grau de desordem que poderia criar as condições para algum tipo de intervenção – ou mesmo a aplicação da Garantia a Lei e da Ordem (GLO). Seria o chamado “cenário de golpe”. Todavia, a gestão Lula, recém-empossada, optou pela intervenção federal no Distrito Federal – sob Ricardo Capelli – e o início da recuperação dos espaços e na implantação de ações preventivas. Em paralelo a isso, o Supremo Tribunal Federal (STF) aprofundou as investigações e fortaleceu mecanismos para os processos de vigilâncias e punições. Nesse sentido, a figura do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que preside o inquérito das Fake News e também está à frente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi fundamental no protagonismo da defesa das instituições democráticas. Para marcar um ano dos episódios e para ressaltar os valores democráticos, o poder judiciário também realizou programação em Brasília. O presidente do STF e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luís Roberto Barroso, destacou, durante evento na Corte que também apresentou a exposição "Após 8 de janeiro: Reconstrução, memória e democracia"), que os atos de 2023 foram "a mais profunda e desoladora derrota do espírito". As tensões ainda existem, por óbvio, muito derivadas da polarização política, cristalizada nos últimos anos. Assim, virada essa página triste da história brasileira, mas ainda com a necessidade de algumas apurações de responsabilidades e punições, há expectativa é pelo aprimoramento maior das instituições democráticas brasileiras, pelo aperfeiçoamento dos processos e pelo equilíbrio entre os poderes constituídos na República do Brasil. E, neste sentido, os atuais chefes de poder têm demonstrado grande empenho para o atingir de tais objetivos. Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave colunas rodolfo marques COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Rodolfo Marques . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM RODOLFO MARQUES Governo Lula precisa melhorar comunicação para seguir em frente 15.04.24 15h16 Rodolfo Marques 1964-2024: sessenta anos após golpe de Estado, Brasil avança para consolidar sua democracia 01.04.24 8h00 Rodolfo Marques Emmanuel Macron em Belém: relações políticas, acordos econômicos e simbolismos 29.03.24 20h30 Rodolfo Marques Novos movimentos e cartas sendo colocadas à mesa na disputa pela Prefeitura de Belém 11.03.24 14h09