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REPÓRTER 70

Por Grupo Liberal

Mais tradicional coluna do jornalismo paraense. Aborda temas do cotidiano com atenção especial à economia e aos bastidores da política do Pará e do Brasil. | Twitter: @reporter_70

R70: 'A classe média popular votou contra nós no Brasil inteiro', diz Edinho Pinheiro (PT)

Edinho Silva (PT), prefeito de Araraquara (SP), avaliou que o campo da esquerda perdeu o apoio da classe média urbana, que consolidou uma migração para a direita nas eleições municipais de 2024 em todo o País

Repórter 70

Enem 2024
A Polícia Federal analisa uma possível circulação de imagens da prova de
ontem antes do horário permitido.

“Enem dos concursos”
O Ministério da Gestão vai divulgar hoje os resultados preliminares da prova de títulos do Concurso Público Nacional Unificado.

image Edinho Silva (PT), prefeito de Araraquara (J. Bosco)

"A classe média popular votou contra nós no Brasil inteiro.”
Edinho Silva (PT), prefeito de Araraquara (SP), avaliou que o campo da esquerda perdeu o apoio da classe média urbana, que consolidou uma migração para a direita nas eleições municipais de 2024 em todo o País.

FIEPA

ELEIÇÕES

Eleições transparentes, com a disputa isenta entre os candidatos, é o que se espera como resultado do inédito pleito pelo comando da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa). Vale destacar que, apesar de manter seu poderio em algumas áreas, há muito a entidade perdeu seu protagonismo na defesa dos interesses do setor paraense, a exemplo do que foi na gestão do senador Gabriel Hermes, que dedicou a vida a lutar pela hidrovia Araguaia-Tocantins - e do industrial (este, sim, entendia de indústria) Danilo Remor, morto em 2005, mas que se tornou um dos mais notáveis presidentes da história da Fiepa.

FEUDO

De lá para cá, a Fiepa se tornou um verdadeiro feudo de gente que diz defender o setor, mas que não tem ideia de como fazê-lo pela razão simples de não trabalhar no setor. Agora, após duas eleições judicializadas, a Fiepa está sob comando de uma junta governativa provisória, que tem 90 dias para organizar o pleito.

DINHEIRAMA

Engana-se quem pensa que a disputa é apenas pela cadeira de presidente da Fiepa e pelo prestígio do cargo. A verdade é que o comando da federação envolve também a briga pelo poderoso Sistema S (Sesi e Senai, no caso da Fiepa), financiado mensalmente pelas contribuições compulsórias das empresas dos setores industrial, de transportes, comunicações e de pesca. Teoricamente o dinheiro deveria ser usado para ações de saúde, lazer e educação do trabalhador. Para se ter uma ideia da dinheirama em disputa, Sesi e Senai têm, juntos, orçamento anual de quase R$ 400 milhões somente no Pará. Nacionalmente, os valores ultrapassam a casa dos bilhões.    

APANIGUADOS

É bom deixar claro que o dinheiro que alimenta o Sistema S vem da sociedade e é repassado para a Federação das Indústrias, que deveria, de forma idônea, fazer a gestão e não repassar para entidades do terceiro setor dirigidas por apaniguadas, a título de terceirizar os serviços prestados aos trabalhadores. Mas o fato é que, ao longo dos anos, a direção da Fiepa faz uma verdadeira distribuição de recursos para pouquíssimos que estão na casa há décadas.

INDÚSTRIA?

Aliás, pouca gente fala, mas não faz sentido nenhum as grandes mineradoras fazerem parte da Fiepa, já que não são indústrias de transformação que hoje dão as cartas na entidade. Uma medida importante a ser tomada é conceituar bem o que é indústria para de fato saber quais sindicatos devem fazer parte da entidade. Hoje a Fiepa tem mais sindicatos ligados à mineração do que mineradoras. Como pode? É hora, portanto, de passar a história a limpo, permitir a disputa justa, sem manobras estatutárias para sufocar a oposição e devolver à Federação sua importância para o desenvolvimento industrial no Pará, que a cada ano que passa fica com menos indústrias, o que acontece no Brasil inteiro, mas não é por isso que a Fiepa não faz o que deveria ou, pior, faz o que não deve, trabalha para interesses pessoais de um grupo.

CLIMA

TRIBUNAL

Representando um Grupo de Especialistas da Comunidade Científica Internacional, a ministra Nancy Andridgi, do Superior Tribunal de Justiça, confirmou que estará presente na Conferência de Alto Nível Pré-COP 30 da ONU, em Belém, dia 7 de abril de 2025, quando será apresentada a proposta de criação da Comissão Global que irá analisar a criação do Tribunal Internacional Climático da ONU. Está crescendo no mundo todo a ideia de que o Tribunal Internacional Climático da ONU tenha a sua sede na Amazônia, em decorrência de sua expressiva importância para a biodiversidade do planeta, podendo a sede ser fixada em Belém.

IMPOSTO

NEGOCIAÇÃO

Oficializado na semana passada, o Programa de Regularização Fiscal (Prorefis) no Pará estará aberto até o dia 29 deste mês. As dívidas podem ser pagas em parcela única, com redução de até 95% das multas e juros ou parceladas.

Em Poucas Linhas 

► A Federação das Indústrias do Estado do Pará foi, ao longo dos anos, liderada por um bando. Com forte influência na liderança deste grupo (quadrilha), o coringa, o camaleão de acabar com o bem público, o senhor José Maria Mendonça, com inúmeros processos de todos os tipos. Pergunta que tem sido feita nos corredores da Federação das Indústrias do Estado do Pará: o agora presidente afastado Alex Carvalho estava na presidência do Sindicato das Indústrias da Construção Civil e largou o mandato para ir para Fiepa, mas por quê? Talvez haja alguns milhões de motivos.

► Como diz o jornalista Boris Casoy: “Isto é uma vergonha!”. Aliás, o senhor José Maria Mendonça, que queria ser candidato à presidência, não conseguiu  porque tem uma ficha criminal que vai de A a Z em todas as esferas, mas segue sendo a iminência parda do atual (ou seria ex?) presidente. A vida deste senhor Mendonça sempre foi ludibriar para conseguir dinheiro público. É praticamente só o que ele sabe fazer. E, também, sabe adular políticos poderosos. Para lembrar, houve um pagamento inexplicável, feito pelo governo Jatene, à empreiteira falida de José Maria e do “atual-ex” presidente da Fiepa. Talvez haja milhões de razões para todos os lados que expliquem este pagamento criminoso. O que é de se estranhar é que os órgãos de controle e repressão estatal em todos os níveis - a exemplo do Ministério Público do Estado do Pará - deixem este bando atuar, há décadas, sem ser importunado. Em breve os nomes que representam os sindicatos que votaram no bando se tornarão públicos, afinal, de maneira indireta, eles acabam contribuindo para que os crimes continuem.

► E para encerrar, um registro de quando foram verificar a compra de umas casas pelo Sistema S da Fiepa. Apareceu um apartamento quitado, pago com dinheiro público, para um membro do bando. Está na hora de acabar com este escândalo. O MPPA tem profissionais sérios e competentes e compromisso com a sociedade e com certeza vai dar um basta neste bando que fica com o dinheiro da população.

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