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INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

Patrícia Caetano

Pedagoga formada pela Faculdade Estácio de Sá - FCAT, Auditora e Consultora Empresarial e Técnica em Administração e Contabilidade, Mentora Feminina, Coaching, Formação em PNL e Oratória. Começou a carreira como Administradora, depois se apaixonou pela arte de treinar pessoas e desenvolvimento na área pessoal e emocional. É autora da coluna de Inteligência Emocional do O Liberal Castanhal. | patymops@gmail.com

Você Quebra ou Se Dobra?

Patrícia Caetano

Todos nós já sentimos, em algum momento, que a vida nos empurra para direções inesperadas. Planos que pareciam certos desmoronam, situações fogem ao nosso controle e mudanças surgem sem aviso. É nesses momentos que percebemos que a forma como reagimos faz toda a diferença. Ser rígida ou ser flexível não é apenas um estilo de vida: é o que determina se conseguimos atravessar as tempestades com força e leveza, ou se nos quebramos diante delas.

A rigidez costuma ser confundida com força. Pessoas rígidas acreditam que manter as mesmas ideias, rotinas e opiniões inalteradas é prova de firmeza. À primeira vista, essa postura transmite segurança, mas é uma segurança frágil, semelhante a uma árvore centenária que, apesar de robusta, pode ser derrubada por um vendaval. A rigidez cria tensão constante porque parte da ilusão de que tudo pode ser controlado. Crises financeiras, perdas inesperadas ou mudanças bruscas revelam sua fragilidade, e quem é rígido se quebra.

A flexibilidade, por outro lado, é muitas vezes confundida com fraqueza, mas é uma expressão de inteligência emocional e maturidade. Ser flexível é adaptar-se sem perder a essência. É como o bambu que se curva diante do vento e retorna ao seu lugar quando a tempestade passa. Pessoas flexíveis não resistem cegamente às mudanças; elas observam, acolhem e buscam alternativas. Essa postura garante resiliência e torna mais leve a travessia das crises, permitindo encontrar soluções sem sofrimento excessivo.

A rigidez mental se manifesta como a voz interna que insiste: “Tem que ser assim, ou não será.” Esse pensamento fecha portas, bloqueia o aprendizado e mantém a pessoa presa a velhas certezas. Quantas oportunidades deixamos escapar por acreditar que o antigo método era o único certo? A flexibilidade mental permite perguntar: “E se houver outra maneira?” Essa mudança de perspectiva transforma erros em aprendizado. Para quem é rígido, o erro é fracasso; para quem é flexível, é informação valiosa que orienta os próximos passos.

No campo emocional, a diferença também é evidente. Pessoas rígidas insistem em ter razão, controlar situações e provar sua superioridade, o que desgasta relações e gera isolamento. Já as pessoas flexíveis conseguem ceder sem se sentir derrotadas. Elas ouvem, acolhem diferentes perspectivas e priorizam a paz sobre a vaidade. Enquanto a rigidez gera atrito, a flexibilidade constrói pontes e preserva vínculos.

No dia a dia, essas diferenças aparecem nas pequenas situações. Quem é rígido se irrita quando algo foge do planejado, sente-se derrotado e resiste à mudança. Quem é flexível respira, se reorganiza e busca alternativas. A rígida teme o novo; a flexível enxerga no novo oportunidade de crescimento.

Ser rígida é lutar constantemente contra a impermanência, tentando sustentar a ilusão de que a vida deve seguir como planejada. Ser flexível é aceitar que a vida é movimento, que planos podem falhar e que cada desvio pode revelar caminhos melhores do que imaginávamos.

No fim, a rigidez promete força, mas entrega fragilidade. A flexibilidade aparenta leveza, mas guarda a verdadeira resistência. Ser flexível é escolher não se quebrar diante do inesperado, mas se dobrar o suficiente para permanecer inteira. É atravessar a tempestade com a confiança de que, quando o sol voltar a brilhar, você também estará de pé mais forte, mais sábia e ainda mais viva.

PATRÍCIA CAETANO 
patymops@gmail.com 
@patyccaetano

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Patrícia Caetano
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