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MÁRCIO CERVEIRA

Professor doutor, Consultor, Master Coach Trainer e Pesquisador, Márcio Cerveira assina esta coluna com objetivo de informar sobre Qualidade de Vida no Trabalho – Q.V.T, apontando de que forma a Liderança Corporativa alinhada irá contribuir para que o colaborador possa atingir o auge da sua performance. O conteúdo também aborda como a Inteligência Emocional deve ser usada no atual Mercado de Trabalho a fim de contribuir para a longevidade física e mental do colaborador.

Liderança também influi no clima organizacional e reflete na saúde física e mental do colaborador

Márcio Cerveira

Dentro do âmbito organizacional existem muitos fatores que influenciam nas tomadas de decisões das lideranças: a cultura organizacional, o clima organizacional, os valores da empresa, entre outros. Nesse sentido é de suma importância que o bom exemplo comportamental seja a principal influência dos líderes em uma organização, pois somente por meio do exemplo positivo é possível modificarmos a percepção negativa que por ventura algum funcionário possa ter durante sua estadia na empresa.  Por isso é tão importante o poder de influência que as lideranças exercem em indivíduos ou grupos. 

Bergamini (2009, p. 14) afirma que, “a liderança não pode ser concedida por poder ou segundo uma estrutura. Só se é um líder, se as pessoas seguirem sua liderança, tendo a liberdade de não o fazerem”. Coabitando com o mesmo entendimento da autora acima, Chiavenato (2010, p. 274) afirma que o Processo de Liderança ocorre pelo compromisso, empolgação, espírito missionário, visionário, foco em objetivos, senso de oportunismo e, por extensão, ênfase na participação de todos, na dedicação, impulso, orientação, reforço, retroação, motivação e foco no aprendizado das pessoas. 

Com base nos autores é possível perceber que o líder é aquele que inspira, conquista e motiva os liderados sem usar o poder de autoridade, ou seja, sem utilizar o cargo que exerce nos quesitos  organizacionais. Neste sentido, Shein (apud EDELA, 1978) reforça que o clima gerencial é determinado primeiro pelos pressupostos sobre a natureza do homem, prevalecentes na organização.  Através do seu papel motivador e de possuir um comportamento alinhado com os padrões organizacionais da empresa, ele consegue unir e gerar o desejo de impulsioná-las a conquistar seus resultados sejam eles no âmbito empresarial, pessoal, físico e mental.

image MÁRCIO CERVEIRA - COLUNISTA - OLIBERAL.COM (Divulgação)

Atualmente, inúmeros estudos falam que liderança tem se tornado um padrão literário e que pretende buscar atributos que um líder deve apresentar para desempenhar uma liderança eficaz. Climas organizacionais podem ser criados pela aplicação no estilo de liderança. Podem ser construídos em um curto período que suas características permanecem estáveis. Uma vez criados estes climas, apresentam significativos resultados sobre a motivação, correspondente sobre o desempenho e satisfação no cargo (LITWIN; STRINGER apud MELLO, 2004, p. 59). 

Esta temática mostra-se de suma importância considerando-se que o mercado de trabalho, atualmente, vive um dilema em contar com líderes despreparados para ocupar os cargos nas grandes organizações. Nesse sentido, buscaremos apresentar sugestões para avaliar e analisar o que realmente podemos considerar um líder eficaz, que faça jus ao seu cargo e influencie positivamente seus liderados e, dessa forma, contribuir com a saúde física e mental do colaborador inserido no ambiente organizacional.

Mas afinal, como ser um líder? 

As empresas buscam incansavelmente ferramentas para maximizar o potencial dos funcionários, assim como das equipes lotadas nas organizações. Uma boa gestão vem cada vez mais se tornando um fator de sucesso para as organizações, já que a grande maioria delas além de visarem os lucros, busca uma forma cada vez mais eficiente de redução de custos. Geralmente quando os objetivos não são alcançados pela equipe de funcionários, os gestores que habitualmente são os líderes dessas equipes e responsáveis pela gestão. Aí surgem a importância dos gestores manterem as informações integradas nas diversas áreas da empresa, evitando assim uma gestão por improvisos.

Segundo Fleury (1998), a Gestão de Pessoas é o conjunto de políticas e práticas definidas de uma organização para orientar o comportamento humano e as relações interpessoais no ambiente de trabalho. Atualmente, as organizações bem-sucedidas não mais administram recursos humanos, nem mais as pessoas, mas acima de tudo, administram com as pessoas. É a chamada administração participativa, onde as pessoas, com suas inteligências, criatividades, habilidades mentais, passam a fazer a diferença dentro do processo altamente competitivo por que passam as empresas.

Gil (2001, p. 23), verifica-se em algumas organizações a tendência para reconhecer o colaborador como parceiro, já que todo processo produtivo é realizado com a participação conjunta de diversos colaboradores, ou seja, através do trabalho em equipe, com intuito de obter um retorno satisfatório para empresa, tornando-se necessário valorizar o colaborador. 

E qual a importância da gestão de equipes? 

O processo da Gestão com Pessoas dentro do ambiente organizacional é um papel extremamente delicado e sensível, que deve ser desenvolvido pelos membros da organização, em especial pelos gestores das empresas que têm sua responsabilidade e seu comando, os funcionários, enfim, as pessoas.  Mayo (2003) considera que todas as coisas podem ser quantificadas, de forma que possa ser liderado (os funcionários) e modificado/gerenciado (os processos), sendo assim a ciência da Administração vem buscando superar o desafio decorrente da transição de um novo recurso básico: o conhecimento. 

Neste contexto, o papel da Gestão de Pessoas foi fortemente alterado, pois o conhecimento é o seu principal recurso e a principal ferramenta de modificação comportamental dos colaboradores das empresas privadas. Pode-se encontrar e estabelecer medidas para avaliar a capacidade do potencial dos colaboradores, a cultura organizacional na qual estejam inseridos, ou ainda o fator motivacional como estratégia de retenção para os funcionários. Vamos ainda mais longe, entendendo que tais fatores contribuem de forma considerável para que o funcionário busque cuidar da sua saúde física e mental. 

E como aliar saúde mental e gestão? 

Mc Gregor (1999) considera que, quando se pensa no ambiente psicológico das pessoas no trabalho, logo remete à relação interdependente entre superior e subordinado. Nesta relação, quem determina a qualidade da relação é o superior, pois, segundo o autor, a “dependência é maior de baixo para cima do que de cima para baixo”, assim caracterizando o clima gerencial.

Nessas situações, é importante a implantação de políticas de recursos humanos como meta operacional, exigindo um esforço ainda maior dos gestores das organizações na facilitação do desenvolvimento organizacional. É preciso criar condições a partir das quais os conflitos são trazidos à tona pela equipe e adequadamente conduzidos pelo gestor. Metodologias de solução de conflitos partindo da gestão orgânica, ou seja, gestões participativas são consideradas modernas, corajosas e condizentes com a realidade organizacional, onde os conflitos devem ser tratados naturalmente, oportunizando a solução dos problemas pelos próprios funcionários e ocasionando mudanças no clima da organização.

Conheça também o Podcast Papo Cabeça, que aborda temas diversos todas as segundas-feiras, às 19h30, no Youtube. Outros conteúdos, acesse: @profdrmarciocerveira. 

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Márcio Cerveira
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