MÁRCIO CERVEIRA

Professor doutor, Consultor, Master Coach Trainer e Pesquisador, Márcio Cerveira assina esta coluna com objetivo de informar sobre Qualidade de Vida no Trabalho – Q.V.T, apontando de que forma a Liderança Corporativa alinhada irá contribuir para que o colaborador possa atingir o auge da sua performance. O conteúdo também aborda como a Inteligência Emocional deve ser usada no atual Mercado de Trabalho a fim de contribuir para a longevidade física e mental do colaborador.

Desenvolvendo Líderes Resilientes: A importância da Inteligência Emocional no âmbito corporativo

Márcio Cerveira

A liderança é um papel desafiador e exige diversas competências e habilidades para lidar com pressão, busca por resultados, gestão com pessoas, processos e tantos outros desafios. O mercado de trabalho vem passando por inúmeras mudanças nos últimos anos, muito aceleradas pela tecnologia, e se desenvolver para lidar com tudo o que o novo cenário vem exigindo é essencial para uma boa performance e atuação na cadeira de liderança.

Dos inúmeros Conhecimentos, Habilidades e Competências – C.H.A. essenciais que um líder deve possuir, não podemos deixar de citar a resiliência e inteligência emocional como grandes guias. Um autoquestionamento que se faz necessário é refletir de como se tem caminhado no autoconhecimento ou impulsionado essas habilidades entre as lideranças da sua empresa? 

Desde que habitamos a terra utilizamos a inteligência, porém de uma forma diferente de hoje. Nossos ancestrais utilizavam as inteligências para caçar e não serem a caça. Segundo Goleman (2002), a emoção fazia parte diária dos homens das cavernas, pois emoção é a junção de e (em) + moção (movimento), ou seja, o homem estava sempre em movimento. 

Para Santos (2019), a inteligência cruza a história. Na Grécia temos os sofistas, considerados os “mestres da sabedoria”, e os filósofos que eram as pessoas que utilizavam a inteligência. Entre os que mais contribuíram, estão nomes como Platão, Sócrates, entre outros.  

Com o avançar das décadas e a frenologia, termo foi cunhado pelo médico alemão J. Spurzheim (1776-1832) no final do século XIX, a mente humana era baseada na medição da cabeça e nas áreas que indicavam cada capacidade (BARBOSA, 2016). Nos primeiros anos de 1900, chega-se ao teste do QI, Coeficiente de Inteligência, de Alfred Binet, com a mensuração em alunos escolares franceses que estavam atrasados em algumas disciplinas, Hall (2015). Ainda sobre o autor, diz que esse teste de QI de Binet serviu como avaliação equivocada para se referir a pessoas inteligentes e era usado na avaliação de teste para contratação em empresas. 

A revista Superinteressante, publicada pela editora Abril, conta a história que o jogador de futebol Garrincha quase foi afastado da Copa de 1958 por conta do teste do QI. Este jogador foi uma das estrelas da primeira conquista do Brasil em Copas do Mundo.

Novos métodos 

Nos anos 80 surge uma nova teoria em Harvard, pelo Psicólogo Howard Gardner e sua equipe. Juntos lançaram o livro “Estruturas da Mente: A Teoria das Inteligências Múltiplas”, (1983) e posteriormente lançam “As Inteligências Múltiplas: A Teoria na Prática”, (1995). Os livros revelam que a inteligência humana é baseada na mente no que tange suas estruturas, sinapses e áreas do cérebro, na cultura e no ambiente que o ser humano vive.

Discorrendo sobre Smole (1999, apud GARDNER, 2001):

[...] a inteligência é responsável por nossas habilidades para criar, resolver problemas e fazer projetos, em uma determinada cultura. Segundo ele, cada indivíduo possui alguns tipos diferentes de capacidade, que caracterizam sua inteligência (SMOLE, 1999 APUD GARDNER, 2001).


Discorrendo sobre Smole (1999, apud GARDNER, 2001):

[...] a inteligência é responsável por nossas habilidades para criar, resolver problemas e fazer projetos, em uma determinada cultura. Segundo ele, cada indivíduo possui alguns tipos diferentes de capacidade, que caracterizam sua inteligência (SMOLE, 1999 APUD GARDNER, 2001).

 Em continuação a esta análise “[a] inteligência como habilidade para criar, habilidade para resolver problemas e como habilidade para contribuir em um contexto cultural”. Gardner vai conceituar como um “potencial biopsicológico para processar informações que pode ser ativado num cenário cultural para solucionar problemas ou criar produtos que sejam valorizados numa cultura” (SMOLE, apud, GARDNER, 2001, p. 47).

Liderança e inteligência emocional

Para entender de liderança e a inteligência emocional, teremos que fazer um breve relato histórico sobre inteligência humana, passando pelas Inteligências Múltiplas de Howard Gardner até chegarmos à Inteligência Emocional de Daniel Goleman. As inteligências humanas são estudadas há muito tempo, desde o homem das cavernas, passando por Platão, Teste de QI de Alfred Binet até a utilização das emoções enquanto inteligência para liderar um grupo de pessoas em uma empresa.

Segundo Goleman (2007), os quatro domínios da inteligência emocional e as competências associadas. Não obstante, ao que se pensa sobre liderança e uso da inteligência emocional, há de se ter em mente o quanto se toma decisões no dia a dia de uma empresa, dentro de sua casa.

O Impacto da Inteligência Emocional nas Empresas

Podemos afirmar que é inteligência emocional é em grande maioria dos casos corporativos como a capacidade que o ser humano tem de compreender e controlar as emoções e a das pessoas que o cercam. O Líder que possuí uma inteligência emocional aflorada e bem racional consegue entender aquilo que ele está sentindo, bem como o significado e a natureza daquelas emoções. Diferentemente do que muitas pessoas podem pensar, a inteligência emocional não significa ser indiferente, frio ou mesmo desleixado com as situações adversas que acontecem no âmbito corporativo. Possuir essa capacidade é não se deixar abalar pelas emoções. Muito pelo contrário, ser emocionalmente inteligente é saber sentir essas emoções e buscar o que há de melhor nelas.

O líder que possui inteligência emocional é capaz de conduzir uma equipe ou uma organização de maneira mais eficiente. Isso porque, em situações mais estressantes e conflituosas, essa habilidade é essencial para avaliar os fatos e chegar a soluções eficazes. Quando não há inteligência emocional por parte da liderança, fica bem mais difícil conduzir os trabalhos e alcançar os resultados previamente estabelecidos com os interesses da empresa. O clima tende a ficar muito pesado e desconfortável para os colaboradores, impactando negativamente seu desempenho. A ausência de inteligência emocional do líder inibe os liderados de exporem suas ideias e também suas próprias emoções.

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