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LINOMAR BAHIA

LINOMAR BAHIA

Jornalista e radialista profissional. Exerceu as funções de repórter, redator e editor de jornais e revistas, locutor, apresentador e diretor de emissoras de rádio e televisão. Articulista dominical de O Liberal há mais de 10 anos e redator de memoriais, pronunciamentos e textos literários. | linomarbahiajor@gmail.com

Uma questão de “ônus” e “bônus”

Linomar Bahia

Ensinamentos seculares, mas sempre atuais, contidos nos pensamentos filosóficos e na igualmente pertinente sabedoria popular, assentam como luvas nos tantos eventos da vida nacional, como na recém-encerrada temporada de troca-troca partidário. A renúncia a princípios ideológicos e pragmáticos, ou à falta deles, também configura, por exemplo, uma das joias da mineirice que diz “em política, só não vi boi voar”. Também pode ser caracterizada entre os procedimentos pessoais classificados como “vira-casaca”, expressão popularizada no jargão esportivo, mas cunhada antes, exatamente na política, pontuando comentários mordazes sobre a versatilidade oportunista das mudanças de convicção ao sabor de conveniências.

Tal e qual a incrível faculdade de misturar azeite e vinagre, objeto do artigo passado, as acrobacias ideológicas pelas janelas da infidelidade também passam a implicar em que alianças dos antagônicos suscitem a pertinência da frase "diga-me com quem andas e eu te direi quem és", provérbio popular atribuído a passagens da Bíblia, todavia sem ser atribuída a Jesus, apenas extraída dos contextos de salmos e provérbios com o mesmo significado ou mensagem similar. Embora conceituado como ditado popular contém alerta relevante para aqueles que incorporam más companhias, como “O que anda com os sábios ficará sábio, mas o companheiro dos tolos será destruído”. Ou, “as más companhias corrompem os bons costumes”.

São os riscos a que se expõem os novos aliados, na busca recíproca de eventuais “bônus” em um lado, sem considerar a eventual existência de “ônus” que poderão incidir sobre a outra parte. Sobrevém, nessa associação, por hipótese envenenada pelos componentes negativos, em contrapartida a supostas vantagens, a crença no que costuma ser atribuído à “memória curta” dos eleitores, em relação à vida pregressa de personagens da vida política e da atividade pública em todos os níveis. Todavia, as redes sociais nos anos recentes, relembram em mensagens e “prints”, feitos e maus feitos dos protagonistas contrários de ontem e aliados de agora, capazes tanto de potencializarem como de contaminarem uns e outros.

Movimentos destes dias, definindo alianças políticas, principalmente as ideologicamente incompatíveis, proporcionam oportunidade para avaliação sobre quem tem a perder, a ganhar ou somar, principalmente quanto aos pesos e medidas a serem auferidos pelos eleitores na decisão do voto. Neles se incluem os envolvimentos dos respectivos personagens nos fatos e atos policiais e judiciários dos últimos tempos, razão dos escândalos denunciados e investigados sobre os desvios de recursos e aquisições suspeitas para o combate à pandemia do “coronavírus”. Espécies de “folhas corridas” digitais estarão estrelando as campanhas, expondo as responsabilidades de cada aliado, na composição dos respectivos “ônus” e “bônus”.

 

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