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LINOMAR BAHIA

LINOMAR BAHIA

Jornalista e radialista profissional. Exerceu as funções de repórter, redator e editor de jornais e revistas, locutor, apresentador e diretor de emissoras de rádio e televisão. Articulista dominical de O Liberal há mais de 10 anos e redator de memoriais, pronunciamentos e textos literários. | linomarbahiajor@gmail.com

Sempre a floresta

Linomar Bahia

É tão antiga quanto a sua existência, a exploração da floresta amazônica como pretexto para as conveniências oportunistas. Queimadas e comércio madeireiro têm sido utilizadas com propósitos desestabilizadores de governos e adocicar repetidas promessas de desenvolvimento econômico e social. Já se somam às dezenas as frases de efeito em discursos ufanistas pontuais de todos os matizes ideológicos, entre as quais "Integrar, para não entregar", "progresso pela pata do boi" e "amazônia é Brasil", sempre que se oportunizam discussões sobre supostos protetores e acusados de exploradores do maior bioma do planeta.

Estamos roucos de tanto se ouvir pregações alarmistas de que a floresta vai acabar, consumida por acusados de incêndios e desmatamentos, em dimensões planetárias que, se totalizados, nada mais existiria. Enquanto a floresta continua densa e segue seu processo "fenixiano" de renascer das próprias cinzas, pelos regimes climáticos de que se alimenta, continuarão vegetando os múltimos interesses, entre nobres e mistificadores, escudados principalmente em mandatos e em estruturas milionárias de entidades oficiais e não governamentais, feitas sob medida para viverem à sombra de quanto esses discursos possam oferecer.

Sempre que acham ideologicamente oportuno e de alguma forma rentável, a floresta amazônica volta  aos discursos, sem, contudo, diferirem de tudo que tem sido falado e ouvido a cada oportunidade. Reiteram nas palavras e intenções distantes, anos-luz, de ações que as tornem efetivas, embora sempre estejam entre os personagens, veteranos cientes e conscientes dos problemas e do desvirtuamento de soluções ao longo de décadas. É impensável que, em algum tempo, possam desaparecer, queimados e/ou desmatados, os 5 milhões e 500 mil quilômetros quadrados de incontáveis árvores e inesgotável biodiversidade objeto da cobiça mundial.

Mas, se por acaso, a floresta amazônica estivesse efetivamente condenada à morte irreversível, como ameaçam os que vivem em função dela, entre os que realmente defendem e protegem, e os outros, que somente procuram tirar tudo quanto possa representar proveito político e financeiro? Felizmente, para uns e para os demais, não dá para imaginar que venha a desaparecer, tamanha é a sua imensidão territorial e a capacidade de sobrevivência, na alimentação e realimentação que faz acreditar poder existir para sempre. Dificilmente haveriam fósforos e motosserras suficientes, capazes do tiro de misericórdia da devastação.

Sempre que acham ideologicamente oportuno, a floresta amazônica volta aos discursos, repetindo  palavras e intenções distantes anos-luz de ações que as tornem efetivas, embora autores e partícipes veteranos cientes e conscientes dos problemas e do desvirtuamento de soluções ao longo de décadas. Podem estar nos primórdios e na expiação dos pecados as soluções para peculiaridades de uma região diferente até nos fusos horários. Rivalidades regionais e corrupção têm inviabilizado ações em proveito comum e acentuado o assédio internacional, merecendo, em lugar das palavras ao vento de sempre, um “mea culpa” que tem faltado aos "catastrofistas" florestais.

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