Segurança é a palavra Linomar Bahia 13.07.25 7h00 O marqueteiro norte-americano James Carville cunhou uma espécie de “ovo de Colombo” na campanha eleitoral vitoriosa de Bill Clinton à presidência dos Estados Unidos em 1992 com o mote “é a economia, estúpido”. A expressão contextualizou questões políticas e problemas econômicos, viralizando nesses 33 anos como uma das razões de ser das tentativas de viabilização de candidaturas, com versões correspondentes às circunstâncias e oportunidades cada vez mais desafiadoras. Agora, a frase tanto deve substituir quanto aduzir aos apelos econômicos os anseios da sociedade com a versão de “é a violência, estúpidos”, latejante nas ruas do pais, influenciando decisivamente a opinião pública e os consequentes resultados eleitorais. Poucas vezes e em nenhuma época o brasileiro passou a viver tão assustado como inseguro sempre que tem quer se deslocar nas cidades, ultimamente também surpreendidos pelos apedrejamentos de ônibus, além dos tiroteios já rotineiros. Entre as consequências sociais da insegurança pública desponta uma novidade registrada pelas pesquisas urbanas. Há um movimento silencioso de pessoas batendo em retirada das cidades grandes em direção ao interior, onde lhes parecem haver menos riscos de qualquer tipo de violência. Significa a falência de confiança na capacidade das autoridades em adotarem medidas efetivas capazes de restabelecerem a paz nos centros urbanos, situação que também constitui amaças às economias dos locais esvaziados. Aumentos de efetivos policiais, ampliação de frotas de veículos e armamentos têm se revelado inócuos na prática, contrastando com o aumento da criminalidade que as estatísticas mais camuflam do que revelam. Especialista em segurança pública disse outro dia, diante de autoridades da área, que nada valem policiais motorizados contra criminosos que se deslocam com a agilidade de veículos leves, ações digitais e atuações nas ruas, como registram os frequentes assaltos, assassinatos e tiroteios.. Há quem sugira a volta dos “Cosme e Damião” e dos antigos “PM Boxes”, equipamentos que já funcionaram com sucesso, inibindo presenças indesejáveis nos bairros onde funcionam e estabelecendo identificação com os moradores onde são instalados, a exemplo de tempos atrás, com revezamentos constantes para evitar o aprofundamento da convivência e os riscos de cooptação pelos agentes de crimes, atualmente em associações com narcotraficantes como recentes escândalos têm revelado. Estudiosos dos eventos criminais e suas repercussões nos sistemas de segurança e comportamento da população, consideram que somente um tratamento de choque poderia se antepor aos avanços da criminalidade e resgatar a tranquilidade social. Lembram a “tolerância zero” com que o então prefeito Rud Giuliani combateu a criminalidade que inviabilizava Nova Iorque em 1994. Reduziu em 61% os assassinatos e em 44% os crimes em geral, resgatando a cidade para os novaiorquinos e turistas. Linomar Bahia é jornalista e escritor Assine O Liberal e confira mais conteúdos e colunistas. 🗞 Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave colunas Linomar Bahia COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Linomar Bahia . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM LINOMAR BAHIA Linomar Bahia Entre dúvidas e incertezas 27.03.25 17h48 Linomar Bahia Por quê? 14.03.25 12h30 Linomar Bahia '¿Por qué no te callas ?' 20.02.25 17h50 Linomar Bahia Ambientes desafiadores 28.01.25 17h15