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LINOMAR BAHIA

LINOMAR BAHIA

Jornalista e radialista profissional. Exerceu as funções de repórter, redator e editor de jornais e revistas, locutor, apresentador e diretor de emissoras de rádio e televisão. Articulista dominical de O Liberal há mais de 10 anos e redator de memoriais, pronunciamentos e textos literários. | linomarbahiajor@gmail.com

Restos a refletir

Linomar Bahia

O encerramento da campanha eleitoral deste ano está longe de significar, também, o fim dos fatos e de solução das situações que permearam as ações e decisões relacionadas ao pleito e seus protagonistas. Poucos terão sido as ocorrências de campanhas no país a produzirem tantos elementos, sobretudo, pelo clima de animosidade herdado da eleição de 2018 e potencializado, nos últimos três anos, eclodindo nos diferentes eventos políticos e funcionais a que estamos assistindo, marcados por ruidosos questionamentos pessoais e ideológicos, prenunciando um “terceiro turno” belicoso. 

Pairam no horizonte nacional questões à espera e respostas sobre como será o amanhã, em um país em que já foi dito que até o passado é incerto, diante de problemas e dificuldades em que tem sido pródigo praticamente desde quando a frota de Cabral aportou nestas “terras brasilis”, expressão com que era denominado o Brasil antes da chegada dos Europeus à terra dos índios e já aparecia em mapas dos séculos XVI e XVII e no mapa feito por Pedro Reinel e Lopo Homem em 1519. Já ascendem a mais de meia centena entre guerras, revoluções e crises de várias naturezas e objetivos político-administrativos.

Houve as tentativas do impedimento de Juscelino Kubitschek, com a frustrada “Revolução de Jacareacanga”, em fevereiro de 1956, liderada pelos oficiais da Aeronáutica Haroldo Veloso e José Lameirão; a proposta de uma “revolução campesina”, liderada pelo então deputado comunista Francisco Julião; o comício de João Goulart na Central do Brasil em 13 de maio de 1964, pela implantação do regime esquerdista pelas “reformas de base”, resultando no regime militar então instaurado. Mais recentemente, os “impeachments” de Fernando Collor, em 1992, e de Dilma Rousseff, em 2015.

Qualquer semelhança entre episódios atuais poderá não ser mera coincidência com a história das instabilidades políticas e institucionais que, como sabem quantos acompanham os fatos nacionais, têm transformado o país em refém dos que assumem o poder ou pretendem a ele chegar. Lembram o raciocínio de meu saudoso professor de ciência política na Fundação Getúlio Vargas, ao ilustrar colocações em torno da ancestral disputa pelo poder. Comparou os homens a cachorros empenhados na disputa por um osso, em que um late até que o abocanhe, enquanto o outro passa a latir quando o perde e até que o recupere.

Entre tantos restos a refletir, no rescaldo desta eleição, entra em cena a especulação em torno da geopolítica que está dividindo o mundo em grupos de potências mundiais, explorando as questões políticas, econômicas e culturais.

Ao menos três grupos estariam em formação e fortalecimento desde a queda do muro de Berlim e o fim da União Soviética, submetendo o mundo a uma transição de uma estrutura unipolar para multipolar, na qual o Brasil estaria sendo inserido através de um tal “Novo Mundo”, em função do que estariam as flexibilizações no arcabouço legal e institucional questionadas no país. 

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