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LINOMAR BAHIA

LINOMAR BAHIA

Jornalista e radialista profissional. Exerceu as funções de repórter, redator e editor de jornais e revistas, locutor, apresentador e diretor de emissoras de rádio e televisão. Articulista dominical de O Liberal há mais de 10 anos e redator de memoriais, pronunciamentos e textos literários. | linomarbahiajor@gmail.com

Pesquisas para que te querem

Linomar Bahia

Centenas de reproduções nas redes sociais, nos últimos dias, da foto de uma linda e jovem modelo fotográfico, legendada pela frase "Dilma Rousseff segundo o Data Folha", repõe o questionamento sobre a credibilidade dos institutos de pesquisas e dos números que apresentam, após terem desmentidos pelos resultados das urnas do pleito de 2018, contemplando quem os pesquisadores diziam impossíveis de virem a ser eleitos. Não há como esquecer as afirmações televisivas das figuras, sorridentes e confiantes, dos representantes do mesmo "Datafolha" e do "Ibope", que até já mudou de nome para "Ipec", talvez como forma de se reinventar e reconquistar o conceito nacional, assegurando tudo quanto a realidade desmentiu.

É evidente que postagens dessa natureza fazem parte das guerras políticas, travadas principalmente em períodos eleitorais, nas últimas campanhas mais facilitadas com os recursos das modernas ferramentas da "internet". Mas há segmentos ideológicos e partidários interessados em desconstruir os dados exibidos pelos institutos, objetivando, ao menos, estabelecer elementos de reflexão e confundir a avalanche de informações disponibilizadas para o público. Todavia, merecem ser igualmente consideradas, a frequência e a quantidade com que os dados de pesquisas, sejam de preferências eleitorais ou de consumos de produtos e serviços, são contrariados pela realidade, contribuindo para a disseminação do descrédito.

Embora objeto de contestações, principalmente, como é compreensível, pelos quantos são apresentados como inferiorizados nas supostas manifestações dos pesquisados, as pesquisas nunca desfrutaram de unanimidade e sempre sofreram acusações de suspeitas dos números que apresentam. Costumam usar, em defesa dos trabalhos e na explicação de conclusões, as peculiaridades de que se revestem as amostragens, a coleta e a tabulação dos números, baseadas em técnicas estatísticas, não obstante o que já se autoconcederam algumas formas e espécies de "habeas-corpus" preventivos, como na ampliação da "margem de erro" e na conceituação de que, a exemplo da fotografia, refletem a imagem de um momento.

Restabelecer o prestígio, e a consequente credibilidade dos institutos de pesquisas, é responsabilidade deles mesmos, aproveitando épocas como a que estamos atravessando, pela antecipação do processo eleitoral quase um ano antes do pleito de outubro de 2022. Inclusive motivando que os números atuais sejam acusados de manipulação, aprofundadas com insinuações de que já estariam sendo ajustados para convergência aos números que poderão ser revelados pela verdade das urnas. Afinal, pesquisas não se destinam exclusivamente a orientações político-eleitorais. Também constituem instrumento de planejamentos estratégicos de empresas e prospecção de negócios, acima de quaisquer outros propósitos para que as querem.

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