LINOMAR BAHIA

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Jornalista e radialista profissional. Exerceu as funções de repórter, redator e editor de jornais e revistas, locutor, apresentador e diretor de emissoras de rádio e televisão. Articulista dominical de O Liberal há mais de 10 anos e redator de memoriais, pronunciamentos e textos literários. | linomarbahiajor@gmail.com

Pandemia de incongruências

Linomar Bahia

Transcorrido um ano dos primeiros casos do coronavirus no Brasil e no mundo, cientistas e autoridades ainda tateiam entre dúvidas controvérsias e discordâncias, parecendo ser a única certeza não haver nenhuma certeza absoluta sobre as origens, o alcance e a cura do vírus. Somam aos milhares as entrevistas, opiniões e, principalmente, palpites e exibicionismos oportunistas, sem qualquer afirmação definitiva sobre tantos mistérios e suspeitas que, enquanto isso, continuam pairando quanto as origens do mal e a melhor forma de cura e fazer cessar a escalada de vítimas, principalmente o número de mortes e ascensão.

Qualquer estudante de medicina ou meros aficionados do legado de Hipócrates, considerado o "pai da medicina", sabem a necessidade das pesquisas clínicas como fonte para a elaboração de diagnósticos das doenças e ponto de partida para alcançar a cura. Considera, por exemplo, que a ocorrência de muitas epidemias historicamente, tanto ou mais avassaladoras, guardam relação direta com fatores climáticos, raciais, dietéticos e condições sanitárias e alimentares que prevalecem nos meios onde vivem as comunidades afetadas, muitas das quais, desde priscas eras, incorporadas a aforismos eternizados na linguagem e nas praticas médicas.

Tanto quanto a contaminação sem controle, tem havido uma sucessão de especulações, algumas insinuando ação criminosa da produção e disseminação de agente químico, pretendendo fragilizar países e respectivas economias para futura aquisição. Todavia, numa espécie de “efeito bumerangue”, teriam fracassado no controle do que se transformou em pandemia mundial. Incongruências produzidas em diferentes níveis e controversas ações institucionais, têm sido mais efetivas nas proibições e restrições, beneficiando aproveitadores do caos e gerando carências humanas, contrapondo resistências e adesões comunitárias.

Características de clima, biodiversidade e as desigualdades regionais, associados à localização e dimensão territorial, expõem o Brasil entre as zonas de risco mundial para novas epidemias.  São doenças transmitidas pela picada de insetos, problemas recorrentes em todas as regiões sem adequada cobertura vacinal nem controle dos vetores, favorecendo a mutação viral pelo maior contato humano, provocado pela invasão de áreas florestais.

Atualmente, o Instituto "Evandro Chagas", referência em pesquisa de doenças tropicais, estuda 15 tipos de vírus recém-descobertos, com potencial para epidemias com a letalidade do coronavírus.

Em fins do ano passado, quando a pandemia alarmava o mundo, o infectologista Stefan Cunha Ujvari publicou o livro "A história das epidemias", desde a antiguidade até os dias de hoje, explicando cada uma delas. Como agora, chegaram sorrateiras, fazendo vítimas e causando pânico e destruição por onde se instalam. Faz um alerta para quanto as incongruências provocam a desinformação e retardam o descobrimento sobre como surge, se propaga e o que fazer para que seja debelada, como aconteceu com a famosa "peste negra", na segunda metade do século XIV, matando um terço da população do continente europeu.

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