Nódoas a serem apagadas Linomar Bahia 28.11.21 7h00 Ensinam os dicionaristas que "preconceito" significa opinião considerada desfavorável a alguém ou fato, podendo ocorrer em questões ideológicas e opções comportamentais, também denominadas "identidade de gênero". O tema tem sido estudado por especialistas em concepções sociológicas e direitos humanos, como o psicólogo norte-americano Gordon Allport (1897-1967), e a filósofa norueguesa Lene Auestad, nascida em 1973, estudiosa dos temas preconceito, exclusão social e direitos das minorias. O assunto, em suas variantes, está sendo radicalizado na condução e nas decisões, bem como no uso para vantagens pessoais e benefícios de grupos. Embora os sistemas de governos e os movimentos sociais devam dispensar atenção especial aos diferentes e aos menos favorecidos, têm sido distorcidas e desvirtuadas as concessões nesse sentido, como na instituição de grupos e de "cotas", particularidades nas quais violam, inclusive, os fundamentos constitucionais da igualdade de direitos e deveres entre os cidadãos. Expressões e comentários antes normais, passaram ser julgados preconceituosos e criminais. Alguns se viram vítimas de agressões de toda ordem, por destacarem penteados e episódios diferenciados e de ocorrência incomum, naturalmente chamando a atenção, sem que isso pudesse ter a conotação de desrespeito e menosprezo. São práticas e modismos rotineiras do comportamento humano, sem que se descarte, contudo, o conveniente oportunismo de que se revestem certas ocorrências. Ações e reações, têm fomentado crescente desarmonia e agressividade, requerendo um "freio de arrumação", à moda da antiga república romana, quando alguém era designado para restabelecer a normalidade. O clima hostil que está sendo instaurado, está repercutindo na divisão e discriminação entre semelhantes, com as características da mesma tirania política e social de que trataram Aristóteles, Platão e Maquiavel, ao analisarem os pesos e contra-freios de um convívio racional. São nódoas a serem apagadas. Radicalismo de conotação ditatorial nas questões, requer a democrática participação popular, na formulação das políticas e critérios adequados. Há, ainda, o acirramento protagonizado pela exposição e análise dos fatos e dos personagens de forma açodada, desprovida de avaliação equilibrada. Caso contrário, estamos chegando ao ponto em que momentos conjunturais do país e da sociedade não poderão mais ser qualificados de "a coisa está preta", muito menos pedir na doceteria uma "nega maluca". Como disse Nelson Mandela, contra o "Apartheid" na África do Sul de 1948: "Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar". Ou, Martin Luther King, na "Marcha de Washington pelo Trabalho e pela Liberdade" em 1968: "Eu tenho um sonho: que meus quatro filhos um dia viverão em uma nação onde não serão julgados pela cor de sua pele, e sim por seu caráter". Assine O Liberal e confira mais conteúdos e colunistas. 🗞 Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave colunas linomar bahia nelson mandela gordon allport COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Linomar Bahia . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM LINOMAR BAHIA Linomar Bahia Entre dúvidas e incertezas 27.03.25 17h48 Linomar Bahia Por quê? 14.03.25 12h30 Linomar Bahia '¿Por qué no te callas ?' 20.02.25 17h50 Linomar Bahia Ambientes desafiadores 28.01.25 17h15