Galanteios, nunca mais? Linomar Bahia 24.07.22 8h00 Situações e hábitos inseridos no cotidiano das pessoas e nas instituições nos últimos tempos têm feito com que tudo pareça caminhar ao contrário, especialmente naqueles momentos e ações que influem no comportamento humano e nas posturas estatuídas. Há uma torrente de atos e práticas controversos e questionáveis na atuação de poderes constitucionais e de seus membros, flexibilizando os conceitos da democracia clássica, afetando a convivência social nas condutas e nos condicionamentos legais, numa troca de sinais, em que o certo e natural passa a ser considerado errado, sem que a recíproca seja verdadeira. Houve, por exemplo, tempo em que as mulheres gostavam de ser cortejadas, com galanteios sobre a elegância do andar, o bom gosto no trajar ou desfrutando de alguma prioridade, entre outras formas que elevavam a autoestima e exaltavam os encantos femininos. Ultimamente, todavia, qualquer palavra ou gesto nesses ou outros sentidos passou a ser de alto risco, passíveis de gerarem boletins de ocorrências policiais, processos judiciais e, até, cadeia, arrolados num indefinido e caudaloso mar de incidências, resumidas na subjetividade que passou a ser cognominada genericamente de “assédio”. Todo cuidado será pouco em circunstâncias que envolvem a qualidade das relações humanas nas sociedades civilizadas, à revelia do verbete “cortejar”, descrito pelos dicionaristas como verbo transitivo direto, tendo como sinônimos “galantear”, “namorar” e, para os “puxa-sacos”, “bajular” e “adular”. Provém do “corteggiare”, com que os italianos designavam “cuidar de alguém de maneira delicada; tratar uma pessoa com cortesia, educação e gentileza, oferecer a corte à mulher e trocar cumprimentos cordiais”. Voltamos aos rudimentos? galanteios nunca mais? Femininas de raiz estão reagindo. Vivemos dias em que noticiários priorizam tragédias e desmandos em consequência dos ânimos, cada vez mais exaltados, em todos os locais e atividades públicas e privados. Manifestações de estresses se sucedem nos ambientes familiares, em locais de trabalho e em espaços sociais, onde simples divergências de qualquer natureza passaram a constituir estopim para violências e desfechos imprevisíveis. Há situações que, em condições normais de temperatura e pressão, deveriam ser celebradas por todos, ganham dimensões inconcebíveis, como agora, nas reações adversas sobre redução nos combustíveis. São questões que, como na subjetividade do “assédio”, a razão é superada pelas emoções políticas e ideológicas, na celebração e na condenação, dependendo de que lado está o interesse refletindo as animosidades destes tempos. Embora pareça difícil desarmar e reconciliar grupos tão beligerantes, sempre fará sentido o apelo a uma racionalidade, num freio de arrumação pelo bem de todos e felicidade geral da nação. A exemplo do que ocorreu na guerra do Vietnam, nos anos 1955 a 1975, seria o caso de restaurar o apelo “Faça amor, não faça a guerra”, que sensibilizou o mundo e influiu no fim do conflito. Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave colunas linomar bahia COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Linomar Bahia . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM LINOMAR BAHIA Linomar Bahia Aonde vamos? 12.03.24 16h46 Linomar Bahia Juízo final 21.02.24 12h56 Linomar Bahia Estão faltando “Eles” 21.02.24 12h53 Linomar Bahia Desvios de rumos 26.01.24 12h42