LINOMAR BAHIA

LINOMAR BAHIA

Jornalista e radialista profissional. Exerceu as funções de repórter, redator e editor de jornais e revistas, locutor, apresentador e diretor de emissoras de rádio e televisão. Articulista dominical de O Liberal há mais de 10 anos e redator de memoriais, pronunciamentos e textos literários. | linomarbahiajor@gmail.com

Exemplos nada exemplares

Linomar Bahia

O “bom” e o “mau” exemplo sempre estarão entre o “desejável”, que se almeja para alguém e o “deplorável”, no que mais desagradável poderá acontecer na vida das pessoas e no atendimento às necessidades humanas e comunitárias. Prover qualquer desses elementos qualitativos, fundamentais ao funcionamento e ao destino dos povos sempre será responsabilidade principal da família, da escola e da igreja, influenciando nos atos e práticas que seus cultores virem a adotar, tanto no comportamento pessoal como no exercício das respectivas funções, distinguindo entre pessoas “do bem” e cultores “do mal”.

Nas últimas décadas, uma sucessão de ocorrências tem produzido exemplos nada exemplares, entre as consideradas descabidas e as classificadas como ilegais. Embora mais perceptível, principalmente, nas manifestações do relacionamento humano e no comportamento social, a falta de educação que os maus exemplos sintetizam revela, sobretudo, a grave deterioração do ambiente familiar, as distorções na formação educacional e o desvirtuamento das pregações evangélicas. São notórios nas coisas mais simples, embora significativas, no desrespeito aos pais e aos mais velhos e nas agressões aos professores.

Têm ficado para trás as preocupações e iniciativas, objetivando preservar a estrutura e funções familiares como núcleo formador de cidadãos moral e civicamente responsáveis, complementadas pela escolarização e evangelização dos jovens.

Enquanto as juras matrimoniais perde o sentido, as salas de aula têm sido transformadas em centros de doutrinação ideológica, comprometendo a capacidade reflexiva da juventude, pregadores da religiosidade se comportam como agentes políticos, fazendo ouvidos moucos às determinações superiores ao se transformarem em atores da cena partidária eleitoral.

Há muito a data de 5 de setembro, recém transcorrida como o “Dia da Raça” perdeu o sentido de sua designação dois dias antes do 7 de setembro, consagrado à Independência do Brasil. Objetivava enaltecer a identidade cultural de todos que contribuíram para a formação da "raça brasileira", demonstrada em desfiles de estudantes acompanhados pelos familiares. Acaso continue no processo de esvaziamento e distorção da finalidade, usada como evento político, segue o caminho da extinção da matéria de educação moral e cívica, que cultivava o patriotismo no amor aos símbolos nacionais.

Exemplo tão evidente quanto entristecedor desse processo pode ser observado neste ano, com crianças ainda em fase de formação infantil. Empunhavam cartazes de papelão, com “garatujos” mal escritos, para parecerem espontâneos, e erros elementares de grafia, pontuação e concordância, numa exibição de várias deformidades do ensino em uma só peça. Quando se imagina somente ser possível ao Brasil progredir, através da educação e da cultura como o ponto de partida preferencial, é desalentador ver exemplos nada exemplares assim, e desanimar quanto ao futuro que os fatos deixam antever.

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