À procura de um regime Linomar Bahia 05.08.21 13h19 Juristas, cientistas políticos e observadores da cena nacional estão desafiados a classificar qual o regime político vigente no Brasil, tamanhas são as violações dos fundamentos básicos das práticas consideradas democráticas, gestadas nas origens atenienses. Há flagrantes e repetidas agressões às liberdade de expressão, desrespeito ao direito de ir-e-vir e intromissões recíprocas em atribuições privativas dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, que deveriam conviver de forma independente e em ações harmônicas entre si", configurando o conjunto de instituições responsáveis por gerir o sistema de governo. Pensadores e analistas do comportamento das instituições e dos protagonistas dos acontecimentos, fragilizando qualquer sistema, têm admitido flexibilizações na regulação e disputa pelo poder e seu respectivo exercício. Muitas vezes o regime político é confundindo como forma de Estado, ora adquirindo feições de parlamentarismo, ora cedendo às justificativas para contornos convenientes. Consideram as peculiaridades de cada sociedade, condicionados às estruturas de poder e aos valores das sociedades, admitindo tantas formas de governo quantos forem os costumes sociais. Conflitos de jurisdição, principalmente em ações que têm judicializado atos do executivo, interferências o STF em competências do Legislativo e privativas do Executivo, têm sido objeto de debates e divergências. As dúvidas, controvérsias e debates em torno do regime vigente no país, adquiriram foram acentuados a paretir do "impeachment" da ex-presidente Dilma. Ganhou amplitude nunca vista, com as polêmicas que passaram a envolver os atos e práticas do presidente Jair Bolsonaro, provocando manifestações de amor e de ódio, expressadas em manifestações de ruas e através das diversas mídias. Que democracia é essa que se diz praticada no Brasil? é a questão "shakespeareana" que se põe, a cada momento em que governos, parlamentos e o judiciário contrariam ou tangenciam dispositivos pétreos da Constituição, considerada o símbolo da democracia, ao preservar direitos e definir deveres da cidadania. O Brasil já experimentou a monarquia, a ditadura, ensaiou o parlamentarismo no Império e após a renúncia de Jânio Quadros. FHC assumiu a presidência, em 1995, empunhando a bandeira de uma tal "social-democracia" dístico do PSDB que, na prática, não confirmou o enunciado teórico. Pouco mais de apenas 30 anos da celebrada "redemocratização", representada pela sétima constituição, efusivamente denominada "cidadã", mas já tão emendada e desrespeitada, surgem propostas de alguma coisa que seria chamada "semipresidencialismo", regime bem sucedidos em oito países, entre eles Portugal e França, em que o presidente partilha o executivo com um primeiro-ministro e um gabinete. Aqui, já encontra resistências e acusação de configurar um "golpe", havendo, ainda, a considerar que a qualidade do colégio eleitoral e da representação popular torna insustentável qualquer regime no país. Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave colunas colunas linomar bahia COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Linomar Bahia . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM LINOMAR BAHIA Linomar Bahia Aonde vamos? 12.03.24 16h46 Linomar Bahia Juízo final 21.02.24 12h56 Linomar Bahia Estão faltando “Eles” 21.02.24 12h53 Linomar Bahia Desvios de rumos 26.01.24 12h42