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Gangorra na vida dos clubes interioranos

Carlos Ferreira

Gangorra na vida dos clubes interioranos

Depois de ter sido campeão brasileiro da Série D, em 2009, o São Raimundo já foi rebaixado tanto no campeonato nacional como no estadual. Agora luta desesperadamente contra uma nova queda, mesmo drama do seu rival São Francisco, vice estadual de 2016. O Tapajós subiu, caiu e subiu novamente em quatro temporadas.

A gangorra está longe de ser exclusividade dos santarenos. O Independente/Tucuruí, campeão paraense de 2011, já caiu à 2ª divisão e voltou à elite estadual. O Cametá, campeão em 2012, está rebaixado à “Segundinha”. O Águia de Marabá foi 5º do Brasil na Série C em 2008, passou pela 2ª divisão estadual e luta para voltar às competições da CBF. O Castanhal, depois de ser vice paraense em 2000, já teve dois rebaixamentos. O Bragantino só voltou à elite regional em 2018, depois de dez anos. Um caso à parte é o Paragominas, que subiu em 2012 e nunca desceu, mas vem funcionando em precárias condições financeiras.

 Por que toda essa inconstância?

Os clubes interioranos assombraram nas suas primeiras temporadas, quando estavam com a vida financeira arrumada.  À medida que foram se endividando e sofrendo bloqueios de receita, foram perdendo força no gramado. Em movimento contrário, Paysandu e Remo foram retomando a hegemonia. Tanto que vêm se revezando na conquista do título desde 2014: três do Leão e dois do Papão.

Paragominas e Independente sofreram este ano o desgaste de “greve” de jogadores por atraso de salário. Esses clubes já tiveram a gestão enaltecida e agora sofrem consequências de erros que na época nem foram notados. E assim explica-se a inconstância dos interioranos.  

 BAIXINHAS

* Bilheterias do Parazão 2018 e cotas da atual Copa do Brasil estão dando ao Bragantino dinheiro que o clube nunca prospectou. Sabiamente, a direção do clube está investindo numa sede social para novas fontes de renda, com festas, aulas de judô e outros eventos.  

* Há três anos, o São Francisco também era festejado por investimentos na infra-estrutura. Era um clube que parecia se engrandecer pela gestão. No entanto, mal voltou na 2ª divisão e já caminha de volta. Lanterna do seu grupo, time mais vazado do campeonato, o São Francisco joga hoje sob extrema pressão, em casa, contra o líder Paysandu.

* O Remo está sofrendo agora do mesmo mal que sofreu em 2000, quando esteve ameaçado de rebaixamento à 2a divisão estadual. Time muito mal fisicamente, por trabalho mal feito. Em 2000, jogadores ridicularizados foram festejados quando entraram em forma. Desta vez, pelo menos, não há pressão por resultados. 

* O Leão está praticamente garantido na semifinal e tem tempo para reagir. Vai depender do trabalho, agora com o novo preparador físico Luis André. O Papão teve baixo rendimento físico em Bragança, mas pelo desgaste de três jogos numa semana. O time bicolor está em evolução física normal. Crédito para Fred Pozzebom, preparador físico muito criticado em outras ocasiões, mas agora fazendo por merecer elogios. 

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