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Último Quarto

Por Danilo Monteiro

Espaço dedicado para os esportes norte-americanos, especialmente o basquete. A coluna é assinada pelo jornalista formado na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Danilo Monteiro, que começou sua trajetória na área esportiva em 2016, em Belém, como repórter e comentarista na Rádio Unama. Atualmente, é repórter nas revistas VEJA e Placar.

Documentário “A última dança” dos Bulls de Jordan - finalmente - chegou

Com produção da ESPN, a minissérie de 10 episódios estará disponível na plataforma Netflix neste domingo

Danilo Monteiro
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A espera - finalmente - acabará neste domingo, quando o documentário de Michael Jordan, batizado de “The last dance” (a última dança) será lançado. O nome faz referência ao último ano do reinado do Chicago Bulls de MJ, Scottie Pippen e o técnico Phil Jackson, autor da frase icônica - que dá nome ao documentário - no início da temporada de 1997-1998.

Michael Jordan é o maior fenômeno que já passou pela NBA. Considerado o melhor jogador da história, o ala-armador foi muito além de suas geniais atuações. Ele era a NBA e a NBA era ele. É possível dizer que essa regra ainda é válida até hoje. Fazem exatos 17 anos e dois dias desde o último jogo de Jordan, vestindo a camisa do Washington Wizards, mas seu legado na liga é revivido todos os dias.

Kobe Bryant, Tim Duncan, Shaquille O’Neal, Allen Iverson, Dirk Nowitzki, LeBron James, Kevin Durant, Stephen Curry, James Harden, Russell Westbrook... É possível citar uma rede grande de craques que passaram pela NBA e ajudaram na evolução técnica e tática do jogo, além de quebrar diversos recordes históricos, mas ninguém consegue ameaçar o legado de Jordan. Me arrisco a dizer que será impossível, pois Jordan não caiu e nem vai cair no esquecimento como aconteceu outras lendas.

 

 

Jordan está vivo na NBA todos os dias, apesar de se manter longe dos holofotes. O Chicago Bulls não venceu nenhum título após a Última Dança, mas é um dos times mais famosos e com maior número de produtos vendidos fora dos Estados Unidos. A marca Air Jordan, desde que foi criada para o ala-armador, é fenômeno de vendas. Zion Williamson e Luka Doncic, os principais nomes da próxima geração, usam os tênis de MJ. Mais de 20 anos depois, todos ainda querem ser como Mike. “Jordan não quer virar estátua ou ser visto como algo do passado”, disse Jason Hehir, diretor do documentário, explicando uma de suas motivações para finalmente liberar a produção da minissérie.

Desde sua aposentadoria, Michael se ausentou dos principais eventos da NBA, deu poucas declarações com relações ao jogo. Ele virou dono do Charlotte Hornets, time sem grande sucesso, mas se manteve longe das câmeras. Como bom homem de negócios, talvez ele saiba o peso e valor de quando se dispõe a fazer declarações e aparições. Quando Jordan fala, o mundo congela para ouvi-lo. Seu documentário vem apenas 22 anos após a cesta da vitória contra o Utah Jazz na final da liga.

Tudo que envolve o documentário tem um potencial tremendo de sucesso, que credita o The Last Dance a ser a melhor minissérie esportiva já lançada. Jason Hehir, diretor do documentário, teve de editar mais de 10 mil horas de imagens. São muitos personagens envolvidos na história de Jordan e, com certeza, todos querem falar a respeito dele. A série, inclusive, conta com o depoimento de Bryant, o aprendiz de Jordan, dado uma semana antes do acidente trágico de helicóptero que tirou sua vida.

 

 

O mais completo e emocionante relato da lendária carreira de Jordan foi escrito em 432 páginas pelo premiado jornalista americano David Halberstam. Ele conseguiu entrar em todos os detalhes da personalidade do craque no livro “Michael Jordan, a história de um campeão e o mundo que ele criou”, publicado em 1999 e referência até hoje. Lá, Halberstam mostra o quanto a personalidade de Michael era implacável. Jordan era um bully, mas pelos motivos certos. Ele queria vencer a qualquer custo e não aceitava ver um companheiro que não trabalhava duro como ele – o que era impossível. Jordan era extremamente competitivo em absolutamente tudo que fazia, do basquete ao ping-pong.

“Quando as pessoas assistirem ao documentário, vão entender o porquê de eu ser tão intenso, o porquê eu fiz o que fiz, agi como agi e disse as coisas que disse. Vão pensar que eu era um cara terrível”, comentou Jordan.

Os 22 anos sem grandes produções audiovisuais de Jordan transformaram o documentário em uma verdadeira joia, e será lançado em um momento crucial, com a NBA paralisada, deixando milhões de órfãos de basquete pelo mundo.

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