Último Quarto

Por Danilo Monteiro

Espaço dedicado para os esportes norte-americanos, especialmente o basquete. A coluna é assinada pelo jornalista formado na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Danilo Monteiro, que começou sua trajetória na área esportiva em 2016, em Belém, como repórter e comentarista na Rádio Unama. Atualmente, é repórter nas revistas VEJA e Placar.

Coronavírus impacta no sonho universitário de ingressar na NBA

Sem torneios de universidade, jovens jogadores perdem grandes chances de aparecer na vitrine

Danilo Monteiro
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O esporte como um todo é diretamente afetado pela pandemia de coronavírus. As principais competições estão suspensas, gerando problemas econômicos para clubes, atletas e funcionários. A NBA também é impactada, mas a organização da liga consegue amenizar os problemas financeiros e vários jogadores prestam ajuda a quem precisa.

Chegar em um patamar de NBA, porém, é complexo, principalmente para quem alimenta esse sonho desde criança. Nos Estados Unidos, a cultura competitiva é vivenciada desde cedo, ainda nas escolas, quando crianças têm suas habilidades ranqueadas - muitas vezes erroneamente - por especialistas em esportes. Em 2006, Stephen Curry chegava à Universidade de Davidson, na Carolina do Norte, como um jogador três estrelas - de um total de cinco.

O armador teve tempo para se desenvolver e mostrar seu potencial até o Draft de 2009, quando foi a 7ª escolha do Golden State Warriors. Há casos, entretanto, de jogadores que corriam risco de sequer ser selecionados por alguma equipe nas duas rodadas de Draft. Para esses jogadores, o March Madness, fase de mata-mata do torneio nacional universitário (NCAA), é extremamente importante. Na fase eliminatória, as audiências disparam e todos querem conhecer os futuros astros da NBA.

 

 

A pandemia de coronavírus impediu a realização do March Madness 2020, prejudicando principalmente jogadores que tentavam aparecer no meio da vitrine de craques universitários. Há jogadores, como Zion Williamson, que são fenômenos desde a escola e tem escolha garantida no Draft, mas há desconhecidos, de universidades menores, que precisam de uma chance para aparecer. Para os desconhecidos que estão no último ano universitário, a Covid-19 praticamente sepultou o acesso à NBA via Draft.

Até o trabalho de analistas é impactado pelo cancelamento da temporada universitária. As análises costumam ser profundas e extensas, mas esse ano abrirá margem para decisões de maior risco por parte das franquias da NBA. Outra alteração – essa formal – provavelmente será feita no Draft 2020, pois os Estados Unidos estão em quarentena, impossibilitando a realização do evento de forma pública.

A NFL realizará seu Draft no final deste mês, mas de maneira remota, com negociações virtuais. A NBA ainda tem até o dia 25 de junho para esperar que as consequências do coronavírus sejam amenizadas, mas não há garantias de que o evento possa ser realizado como estamos acostumados, com grandes holofotes, choro dos familiares presentes e ternos caríssimos - e bizarros – dos jogadores.

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