Calibre de superestrela: Jamal Murray já é realidade para o Denver Nuggets

A bolha da Disney é um evento que entrará para a história da NBA por várias circunstâncias relacionadas à Covid-19 e a movimentos por igualdade racial, mas dentro de quadra a história que mais chama atenção é a de Jamal Murray. Independentemente do resultado, o armador do Denver Nuggets com certeza já é o maior vitorioso, individualmente, se pensarmos a longo prazo.

“Uma estrela em ascensão” é a definição perfeita para o que o canadense de apenas 23 anos tem feito nos playoffs da NBA. Já vimos muitas histórias parecidas, mas nunca nesta proporção. Murray chegou à pós-temporada marcado pela atuação tímida no ano passado, quando o favorito Denver precisou de sete jogos para eliminar o San Antonio Spurs e caiu na semifinal do Oeste para o Portland Trail Blazers.

Na ocasião, o técnico Mike Malone criticou a inconsistência do armador, que ficou chateado. “Ele me disse: O que me incomoda, é que você está certo. Eu sei que preciso ser mais consistente”, revelou Malone, após a vitória sobre o Los Angeles Lakers na última terça-feira, por 114 a 106, pelo jogo três da final do Oeste.

 

 

 

 

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𝙎𝙬𝙞𝙨𝙝𝙞𝙣' 𝙖𝙣𝙙 𝘿𝙞𝙨𝙝𝙞𝙣' Jamal closed it out in the clutch! #WholeNewGame #MileHighBasketball

Uma publicação compartilhada por Denver Nuggets (@nuggets) em 22 de Set, 2020 às 11:53 PDT

Murray foi o segundo melhor jogador dos Nuggets nos últimos playoffs, atrás do pivô Nikola Jokic. Até a retomada da NBA, sequer havia discussão com relação ao protagonismo em Denver, mas Murray chegou com outra mentalidade nos playoffs e agora tem a mesma importância que Jokic. A disputa, no entanto, é perfeita para a franquia, que precisava de alternativas para ajudar o sérvio contra defesas sólidas nos playoffs. Outra boa notícia é que ambos têm uma química como poucos na liga.

Para Murray, foram dois jogos de 50 pontos que ajudaram a eliminar o Utah Jazz na primeira rodada, após o Denver estar perdendo a série por 3 a 1. O cenário era similar na semifinal contra o favoritíssimo Los Angeles Clippers, que viu a mesma vantagem ser reduzida a pó com 40 pontos de Jamal Murray no jogo sete.

 

 

 

 

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𝙱𝚕𝚞𝚎 𝙰𝚛𝚛𝚘𝚠 𝚊𝚗𝚍 𝙱𝚛𝚘𝚗 That's it. That's the list. #WholeNewGame #MileHighBasketball

Uma publicação compartilhada por Denver Nuggets (@nuggets) em 16 de Set, 2020 às 12:00 PDT

Além do crescimento das médias, o mais importante para a criação de uma nova superestrela em tão pouco tempo é a capacidade especial, presente em Jamal Murray, para decidir jogos. Com 23 anos, ele não se esconde, faz grandes jogadas e dá arrepios aos adversários quando sobe para o chute nos segundos finais. Essa especialidade, inclusive, foi algo que Chris Paul definiu perfeitamente na série contra o Houston Rockets: “Algumas pessoas são feitas para isso, enquanto outras fogem”.

Murray decidiu jogos contra o Jazz, Clippers e agora com bolas de três pontos decisivas contra os Lakers – o que pode ser um mau sinal para a equipe de Los Angeles. No jogo dois, aliás, o armador deu um toco sensacional em Danny Green faltando dois segundos para o final da partida, parecia ser a jogada que daria a vitória para Denver, não fosse o cochilo de Mason Plumlee, que deixou Anthony Davis à vontade para anotar uma espetacular cesta no estouro do cronômetro.

Os Lakers devem estar bem preparados para tentar neutralizar as armas dos Nuggets, mas nem a eliminação, caso ocorra, pode tirar o otimismo da franquia para o futuro, afinal, Jokic (25) e Murray (23) ainda têm muito gás no tanque.