Remo reduz sessões de coaching e engata maus resultados: coincidência?

Leão abusa dos erros e sofre castigo

Nervosismo, insegurança e erros primários numa atuação bisonha do Remo. A derrota por 2 x 0, para o Tombense, foi um castigo justo. A bola parecia queimar nos pés dos azulinos, que erraram demais da defesa, no meio e no ataque. Por sua vez, o Tombense foi perfeito. Impôs o toque de bola que se esperava do Leão.

Ainda no intervalo tive oportunidade de conversar com o presidente Fábio Bentes, no estádio, e perguntei sobre as sessões de coaching. A pedido dos atletas, as sessões diminuíram de duas por semana para duas por mês. A consequência é um time frágil no seu emocional, muito inseguro em campo. Bentes concordou e adiantou que tomaria providência para que o Remo volte à rotina da preparação mental, que nunca foi tão necessária.

Papão, “muletas” nem pensar!

Que o gramado sintético torna o jogo contra São José mais difícil para o Papão, nem se discute. Também é muito natural que essa questão domine os noticiários e comentários sobre o jogo. Mas é mais importante que os bicolores mentalizem o compromisso acima das circunstâncias, para que o tal campo artificial não funcione como “muletas”. Me refiro ao risco de a dificuldade extra se tornar uma desculpa pronta e inibir rendimento.

Esta rodada pode recolocar o Paysandu no G4, mas também pode ampliar a distância, até porque o Juventude, quarto colocado, com um ponto de vantagem sobre o time bicolor, vai enfrentar o quase rebaixado Atlético, no Acre, amanhã, 19h15. O líder Volta Redonda vai visitar o sexto colocado, Ypiranga, amanhã, 15h30. E o Papão vai encarar o São José às 17 horas do sábado. Pontuar em Porto Alegre será fundamental para os bicolores, por razões tão morais quanto matemáticas. 

BAIXINHAS

* Em sete jogos no seu estádio, o São José teve apenas 793 pagantes, média de 113 por jogo. O “Zequinha” é o último do ranking de público na Série C. A julgar por esses dados, o Paysandu vai jogar amanhã diante de “testemunhas” do adversário e de torcedores bicolores , que deverão ser maioria. 

* A necessidade de elevar o potencial ofensivo e a artilharia pode estar tirando um pouco da consistência defensiva do Papão, como já ficou claro no empate com o Boa, quando o time teve a "proeza" de fazer dois gols e o dissabor de tomar dois. Vejamos qual será a conduta amanhã em Porto Alegre. 

* Azulino Carlos Alberto terá na próxima semana uma avaliação médica importante da segunda etapa do tratamento da sua doença sanguínea. A primeira avaliação foi ótima e resultou na sua liberação do hospital. O atleta ainda está assustado com a amarga novidade.

* Na edição de domingo a coluna vai dizer onde estão frutos da base do futebol paraense, espalhados no Brasil e no exterior. A maioria é desconhecida dos torcedores. 

* Dos conhecidos, o principal é Yago Pikachu, que brilha no Vasco e está em contagem regressiva para o centésimo gol na carreira. Ele tem 62 gols pelo Paysandu, e 34 pelo Vasco. Joga domingo, 19 horas, contra o CSA. 

* Com os ajustes da CBF nas tabelas da Série C e da Copa Verde, sem jogo no dia 15 de agosto, bem que o Remo poderia explorar a data do aniversário do Baenão (102 anos) com jogo festivo de másteres, com seus ídolos. Depois de tanto esforço para reabrir o estádio, a data não deveria passar sem celebração.