Marque encontro com o desconhecido Bel Soares 01.09.22 9h23 Um dia desses ouvi uma pessoa dizer “eu só consumo o que gosto, vale pra comida, música, livro e filme”. Bastou mais alguns minutos de conversa pra que eu conseguisse perceber nele algo que considero muito previsível pra quem age assim: um repertório limitado e cheio de vieses cognitivos. Pausa pra definição: viés cognitivo, pra quem não sabe ou lembra, é um padrão de distorção de julgamento em que uma análise é feita de maneira tendenciosa. Ou seja, uma situação não é analisada com base em evidências e sim na percepção que a pessoa tem da situação. É bem comum que pessoas que “consomem sempre as mesmas coisas” sejam inclinadas para um comportamento tendencioso e parcial somente ao que está alinhado com o que gosta, pensa e sente comunhão. Mas, é importante lembrar que a incapacidade de olhar para além daquilo que gostamos, pensamos, acreditamos e nos identificamos, limita nossas chances de evoluir, desenvolver, crescer e até, quem sabe, furar aquela bolha onde queremos entrar. Diego Pagura, CCO de um Instituto que é líder global em pesquisa de mercado e opinião pública, costumar dizer que “O ser-humano é o mesmo há dois mil anos, suas necessidades essenciais não mudam, pois, continuam precisando se relacionar com outras pessoas e vivem em busca da melhor equação na qualidade de vida”. Eu concordo que, normalmente o que muda não são as essências, mas sim os comportamentos e, portanto, isso me leva a defender ainda mais a urgência em buscarmos repertório. E essa busca, que vai agregar na sua jornada pessoal e profissional, pode ser muito mais significativa se nela couber espaço para o novo. E nem tô me referindo somente a novidades atuais, até porque aquilo que você não está habituado a consumir pode ser algo de 1930 e ainda assim será algo novo pra você. Me refiro a ideia de ouvir outras canções, conhecer outros compositores, dar uma olhada naquela exposição que tá rolando, dá uma lida naquele livro que nem é do seu autor preferido, assistir aquele documentário recomendado que você julgou mesmo antes de dar uma espiadinha. Claro, que isso não é regra pra entrar na sua rotina, eu sei que a gente prefere em nosso cotidiano aquilo que “bate com nosso santo”, mas tô sugerindo apenas um espaço vez ou outra na sua agenda para um encontro marcado com o desconhecido. Experimenta e depois me conta se isso não te ajudou a ter insights, ideias e até na sua capacidade de criar pontes. Afinal, quem amplia repertório tem maiores chances de ser disruptivo, interessante e de se comunicar melhor. Pense nisso! Assine O Liberal e confira mais conteúdos e colunistas. 🗞 Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave colunas beabá com bel COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Beabá com Bel . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM BEABÁ COM BEL BEABÁ COM BEL Autoconhecimento para uma comunicação eficaz 16.01.25 9h49 BEABÁ COM BEL Comunicação Natalina 19.12.24 18h01 BEABÁ COM BEL Empatia Digital: Já ouviu falar? 05.12.24 16h23 BEABÁ COM BEL O Valor do Jornal Impresso 20.11.24 13h20