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ADRENALINA

Rosiane Reis

Quadro voltado para esportes radicais assinado pela jornalista Rosiane Reis, que potencializou o amor pelos esportes radicais em 2017, quando iniciou as coberturas de Motocross em todo o estado do Pará. Polimata, é pedagoga, letrista, pós-graduada em Gestão de Negócios e Marketing e Neuropsicopedagogia, tem MBA em Business Intelligence, MBA em Finanças e Investimentos na Era Digital, MBA em Contabilidade Empresarial e MBA em Design Thinking. É CVO do site Gastronomia Paraense e CEO da RÔ Comunicação. Instagram: @i.rosiane

Mel Matsunaga, a piloto paraense que desafia o rally e inspira mulheres no automobilismo

Rosiane Reis
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Em um universo onde o ronco dos motores ainda é majoritariamente masculino, Mel Matsunaga acelera contra estereótipos e mostra que lugar de mulher também é no pódio. Natural do Pará, a piloto de rally conquistou, desde 2018, seu espaço nas trilhas e provas mais desafiadoras do país, sem deixar que o preconceito ou as dificuldades ofusquem sua paixão pelas competições.

Sua primeira vitória veio naquele ano, em uma categoria feminina, cercada por um clima de amizade e emoção entre competidoras que, até então, eram apenas espectadoras de pais, maridos e amigos no volante. “Foi especial porque não havia comparação ou disputa com o fato de ser mulher em um esporte masculino. Ali, a energia era de conquista e união”, relembra.

Mel Matsunaga, piloto paraense de rally

Embora não se considere porta-bandeira de um movimento, Mel entende a força de sua presença nas pistas. “Eu não me sinto representando ninguém além dos meus próprios sonhos. Mas se alguém se inspira, isso é um bônus maravilhoso. Minha mensagem é simples: faça o que você gosta, do jeito que for possível, mesmo que pareça que não é para você.”

O preconceito, infelizmente, não ficou no retrovisor. Em provas sem categoria feminina, a piloto já ouviu comentários depreciativos mesmo estando no pódio. “Procuro ignorar. O importante é continuar acelerando.”

A rotina longe das competições é marcada por trabalho, estudos e treino físico para manter o corpo pronto para longas horas de volante — ou até para trocar um pneu no meio da trilha. “Mentalmente, a disciplina é fundamental. Não culpar ninguém pelo que você faz ou deixa de fazer também.”

Entre as lembranças mais marcantes, Mel destaca um momento sem medalha: a chegada no Sertões 2022, no seu estado natal. “Subir a rampa em casa foi surreal. Orgulho de ser mulher eu sinto todo dia, mas aquilo foi diferente.”

Para quem sonha entrar no automobilismo, ela é realista: “Não é fácil sem uma ponte ou conhecido que te ajude. Procure meios, aceite apoio de outras mulheres, busque patrocínio e acelere.”

No fim, sua visão sobre legado é clara: “Toda história tem altos e baixos, idas e vindas. É isso que te impulsiona para ir mais longe.”

Mel Matsunaga continua acelerando, não apenas nas pistas, mas na quebra silenciosa de barreiras que ainda insistem em existir no esporte. E, com cada curva, prova que velocidade e determinação não têm gênero.

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