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Círio 2023: grande busca por artigos de cera evidenciam devoção, em Belém

A procura dos devotos, como ocorreu nos três anos anteriores, continua sendo por miniaturas de pulmão e coração

Maiza Santos / Especial para O Liberal

A demanda por objetos de cera em Belém cresceu consideravelmente faltando menos de um mês para o Círio 2023. A procura dos devotos, semelhante aos três anos anteriores, continua sendo por miniaturas de pulmão e coração - representando as graças alcançadas em promessas feitas em favor da saúde nos momentos mais críticos do covid-19. Nesta segunda-feira (11), alguns fiéis adquiriam esses itens em lojas no centro histórico da capital paraense e compartilharam, emocionados, a importância desses ‘símbolos’ em suas vidas.

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image Zilda Rodrigues da Silva Melo (Imagem: Ivan Duarte / O Liberal)

Os objetos de cera representando as bênçãos concedidas por intermédio de Nossa Senhora já são tradição em todas as procissões do Círio. Eles são diversos e abarcam todos os tipos de agradecimentos dos devotos. Nos estabelecimentos produtores, é possível encontrar velas normais ou de metro, partes do corpo, orgãos, crianças, animais de estimação, miniaturas de barcos e casas, etc. Zilda Rodrigues da Silva Melo, que trabalha como doméstica, comprou dois objetos, para agradecer pelas bênçãos que conseguiu este ano.

“Eu vim comprar para agradecer pelas duas promessas que tanto queria. A casa de cera é pela minha residência, que consegui este ano. Já esse braço é para representar o meu. Eu caí e quebrei o pulso. Fiquei com muito medo de ter que operar, mas fiz uma promessa para Nossa Senhora e consegui ficar boa. Os médicos falaram que o osso grudou e não vai ter que operar”, relata a devota.

image Maria Lucivalda Braga (Imagem: Ivan Duarte / O Liberal)

Outra devota de Nossa Senhora que estava em busca de objetos de cera é a aposentada Maria Lucivalda Braga, de 67 anos. Ela conta que há seis anos, em todos os Círios, agradece pela saúde da neta, Kemily, que passou por complicações no rim.

“Eu comprei o rim de cera. Ele representa a recuperação da minha neta. Ela ficou muito doente quando tinha uns 10 anos. Ela passou um mês muito ruim e fez vários exames e nada do médico descobrir. Até que viram que ela tava com problema de rim. E então eu me apeguei com nossa senhora para que ela (Kemily) ficasse curada. Até hoje ela não sentiu mais nada. E está bem, graças a Deus. Todos os anos eu estou aqui comprando para agradeçer”, relata. 

Devoção e fé

image Pedro Manoel Barbosa (Imagem: Ivan Duarte)

Todos os anos, as vendas de itens de cera crescem notável a partir do mês de julho - período que iniciam as festividades dos círios pelos municípios do interior do Estado. Esses artigos custam de R$ 20,00 a R$ 25,00 em média e são usados pelos fiéis em todas as procissões que participam. Pedro Manoel Barbosa, proprietário de uma loja de produtos de cera - que existe há mais de 100 anos no bairro da Cidade Velha -, explica quais os itens mais comercializados antes da pandemia.

“A pandemia alterou tudo. A cabeça e a casa de cera sempre eram os mais procurados. Nas demandas do interior, sempre sai muito barco, partes do corpo. Tudo depende muito da região de onde a pessoa é. A produção maior sempre é para festa da capital, onde muita gente participa e vem pessoas de fora da cidade e até do estado”, diz o comerciante.

Pedro destaca que ele e os funcionários são muito marcados pelas histórias por trás dos objetos de cera vendidos na loja. Ele relata que todos trabalham com amor e como parte da devoção por Nossa Senhora, para não deixar nenhum promesseiro ou devoto sem o seu objeto de agradecimento.

“O que nós fazemos também é por devoção à virgem. Em muitas situações, eu digo que as graças alcançadas não são uma utopia, são algo real. Até mesmo por que se não fosse real, nosso trabalho aqui não se manteria vivo por mais de 80 anos. Os próprios relatos que recebemos no balcão mostram a graça alcançada e a solução de outras situações que envolvem a promessa”, assegura Pedro.

image (Imagem: Ivan Duarte / O Liberal)
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