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Tradição noturna marca o Dia de Finados em Castanhal

Famílias escolhem a noite para visitar túmulos e renovar gestos de fé e lembrança nos cemitérios da cidade

Patrícia Baía
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Em Castanhal, no nordeste paraense, o Dia de Finados tem um costume que atravessa gerações: visitar os cemitérios à noite. A visita noturna é tradição na cidade e transforma o momento de saudade em um ritual de fé e memória.

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Entre os frequentadores desses espaços predomina a saudade dos familiares e amigos falecidos, mas, também, a gratidão, expressada por meio de orações e a colocação de flores e velas nas sepulturas

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No Cemitério São José, o maior e mais antigo do município, fundado em 1898, já foram realizados mais de 30 mil sepultamentos. Segundo a Prefeitura de Castanhal, cerca de 50 mil pessoas devem passar pelo local neste domingo (2), com visitações permitidas até as 22h.

A dona de casa Maria do Céu Alves conta que prefere o clima mais fresco da noite para prestar homenagem ao marido. “Eu só venho visitar o túmulo do meu esposo à noite. Mesmo com o movimento, é mais tranquilo, não fica abafado. Se fosse só durante o dia, o calor seria muito forte”, diz.

As irmãs Vera e Sandra Mota também mantêm a tradição de ir ao cemitério após o pôr do sol. “Quando a gente era criança, nossos pais nos traziam sempre à noite, e isso ficou. Nossa mãe faleceu há dez anos, e nunca viemos mais cedo”, conta Sandra.

Além do São José, Castanhal tem outros espaços de visitação, como o Cemitério São Francisco, o mais antigo particular da cidade, onde está sepultado o ex-governador Almir Gabriel, e os cemitérios públicos do bairro do Jaderlândia e o da vila do Apéu. Na zona rural, há ainda seis cemitérios comunitários que também recebem famílias durante todo o dia e a noite.

Fé e consolo

O clima de reflexão também inspira gestos de solidariedade. Fiéis da Igreja Adventista de Castanhal realizam há 17 anos o projeto Bálsamo, que leva palavras de conforto aos visitantes dos cemitérios. “Nosso objetivo é levar esperança em meio à saudade. Falamos do amor de Cristo e da promessa de que Ele voltará para ressuscitar os entes queridos”, explica a voluntária Cícera Batista.

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Castanhal
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