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Jovem ri antes de cirurgia que lhe levou à morte

Clínica apaga perfis da internet e família tenta entender o que aconteceu com Edisa

Redação Integrada com informações do Extra
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Foto tirada um pouco antes de procedimento estético, mostra Edisa de Jesus Soloni, de 20 anos, rindo, feliz ao realizar o sonho de fazer cirurgias plásticas. Horas depois, ela morreu, em Belo Horizonte (MG). Ela fez o procedimento na sexta-feira, dia 11, passou mal e foi levada, no sábado, dia 12, ao Hospital Felicio Rocho, onde morreu por embolia pulmonar, segundo o atestado de óbito.

A família da cabeleireira obteve imagens da câmera de segurança que registravam a sala de cirurgia da Clínica Belíssima Cirurgia Plástica, onde a mineira foi submetida a uma lipoescultura com enxertia (dois procedimentos em um só) e uma lipoescultura de papada, no dia 11 de setembro. Na imagem, Edisa aparece deitada sendo operada pelo.

As imagens e imagens e documentos sobre os procedimentos agora estão na 3ª Delegacia de Polícia Civil Sul de Minas Gerais, que investiga o caso. Silvana Mota Pereira, prima da vítima, estranhou que o médico Joshemar Fernandes Heringer, dono da clínica, tenha retirado as imagens das redes sociais e até mesmo o site do estabelecimento do ar.

“Ela ficou linda, o procedimento ficou maravilhoso pelas fotos que vimos. Mas o que nos deixa chateada é saber que, depois que ela morreu, o médico retirou todas as fotos dela da página dele e do Instagram. Ele bloqueou o perfil da Edisa, porque tentamos entrar pelo celular dela, que temos acesso. Por que ele fez isso? Por que bloqueou? Ele fechou o perfil dele nas redes sociais para ninguém ver mais nada e não nos autorizou a entrar. Ele não quis conversar conosco, não quis explicar nada”, diz Silvana.

Mancha no coração

A cabeleireira cumpriu todas as etapas antes da cirurgia, como realizar exames, entregues para um cardiologista. O médico não permitiu a cirurgia, por causa de uma infecção urinária. Depois de curada, a mineira entregou os novos exames a uma outra cardiologista, que aprovou a realização dos procedimentos. Mas havia uma ressalva: Edisa tinha uma mancha no coração. Trata-se de um risco cirúrgico, que foi entregue na clínica no dia da cirurgia e, agora, está nas mãos da Polícia Civil.

Mas a família estranhou que os exames foram devolvidos em uma pasta para Edisa, que foi acompanhada da irmã. A prima de Edisa relata que já passou por procedimentos e que o documento com o risco cirúrgico permaneceu no prontuário da clínica.

image Imagem do procedimento em Edisa (Arquivo pessoal)

“Quando ela passou na nova cardiologista, ela autorizou, mas escreveu no risco cirúrgico que ela tinha uma pequena mancha no coração. Isso não impede qualquer tipo de cirurgia, mas exige que tudo seja feito em um hospital, que tenha estrutura e equipamentos de UTI, caso seja necessário, se houver algum problema. Ela entregou a pasta para secretária, que devolveu tudo, inclusive o documento do risco cirúrgico. Eles não poderiam devolver, isso fica com a clínica no prontuário. Foi a partir daí que comecei a desconfiar e a investigar a clínica”, diz.

A jovem foi enterrada no domingo, e, na segunda-feira, parentes e amigos protestara em frente à clínica pedindo justiça.

“Nós só buscamos justiça, não queremos dinheiro. Somos pobres, mas não vamos deixar a morte dela passar em vão. A mãe dela está muito mal, não come direito e só se alimentar de ódio e tristeza, essa é a realidade. A Edisa era jovem maravilhosa, cheia de sonhos, abriu a própria estética, gostava de viajar e se aproveitar a vida. Tentou fazer esse procedimento no ano passado, mas consegui tirar isso da cabeça dela. Desta vez, ela disse que queria chegar nos 21 anos (completaria em novembro) sem a ‘pochete’. Queria ficar ‘beautiful’, como ela sempre dizia. No fim, perdemos ela”, lamenta Silvana.

Agentes da Polícia Civil de Belo Horizonte estiveram segunda e na terça-feira no estabelecimento para recolher documentos e prontuários médicos. O delegado Wagner Sales, chefe do 1º Departamento da Polícia Civil em BH, disse que o caso é complexo e que familiares e amigos da cabeleireira já estão sendo ouvidos.

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