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Caso Henry: pai diz que avó pode ter ajudado a acobertar agressões

Avó do garoto, Rosângela Medeiros, já prestou depoimento

Com informações do Uol

O pai do menino Henry, Leniel Borel, disse acreditar que não apenas a mãe da criança, a professora Monique Medeiros, como também a avó do garoto, Rosângela Medeiros, acobertaram as agressões que o filho estava sofrendo.

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Em entrevista ao Globo, o engenheiro comentou que a avó tentou desconversar sobre a situação e ainda deu a entender que Henry teria sido coagido a não falar do caso. As suspeitas de Lienel começaram quando, durante conversa com Henry, o menino afirmou que "o tio" o machucava.

"Ele atendeu todo tristinho. Eu perguntei o que houve. Ele me disse: 'Papai, eu não quero ficar na casa nova da mamãe'. Eu perguntei o que tinha acontecido, e ele respondeu: 'O tio me machuca'. Ele estava perto da avó e da babá. Aí eu disse: 'Vocês estão vendo aí que não é coisa da minha cabeça? Vocês não falam que sou eu que estou manipulando o Henry para falar isso?'", disse.

O pai da criança também disse não entender as razões por trás do acobertamento da família da ex-mulher. De acordo com ele, apesar da separação, ainda existia uma relação de amizade e confiança com a ex-sogra.

"Durante a ligação, Dona Rosângela disse: 'Leniel, esquece isso. O Henry é muito inteligente! Ele está fazendo isso por causa da nova casa, pois ele não quer ficar lá. Inclusive a Thayná (babá) está do meu lado e disse que ela fica com o Henry o dia inteiro e só sai quando a Monique chega. Quando a Monique chega, ela dorme com ele'."

Henry foi submetido a sessões de terapia no início do ano e Leinel acreditava que a verdade poderia chegar com a profissional da área de Psicologia. Os pais da criança foram à primeira sessão e, de acordo com o engenheiro, em nenhum momento foi comentada as agressões.

As suspeitas cresceram quando, no mesmo dia da conversa com a avó, Monique telefonou para o ex-marido para avisar que tinha ido à psicóloga. Durante a conversa, ela insistiu para que o pai esquecesse dos comentários de Henry a respeito das agressões.

"Ela me ligou para dizer que o Henry estava morrendo de saudades de mim. Eu disse que também estava e que iria buscá-lo no fim de semana. Aí ela me disse que o Henry contou que o "tio" machucava ele. Eu comentei que havia acabado de falar isso com mãe dela. Ela, então, falou: 'Tira isso da cabeça que isso não acontece. Inclusive, a Thayná só sai quando eu pego o Henry. Ele passa poucos momentos em contato com Jairinho, porque ele chega muito tarde da Câmara. Ele nem tem contato com ele'. Aí eu disse que, a partir do momento que eu visse uma marca no meu filho, a nossa conversa seria diferente."

Depoimento

Rosângela Medeiros foi interrogada pela polícia no mês passado. Ela relatou aos policiais que era muito próxima do neto que a criança costumava dormir em sua casa, em Bangu, na zona oeste do Rio, de três a quatro vezes por semana.

Além disso, era comum que os avós passassem algumas noites na residência do casal, na Barra da Tijuca. Na época, Jairinho disse aos policiais que Henry dormia com os avós em seu próprio quarto, e que assim não interferia na intimidade do casal. A mulher falou ainda que, no dia da morte de Henry, recebeu uma ligação da filha. Rosângela falou que a mãe do menino telefonou dizendo que Henry não estava respirando e que foi para o hospital. Ainda no trajeto para a unidade de saúde, Monique teria ligado e informado sobre a morte da criança.

O advogado André França apresentou uma carta escrita a punho - assinada por Rosângela Medeiros - dizendo que as palavras ditas por ela foram distorcidas pela Polícia Civil.

"Na ocasião do meu depoimento o delegado foi extremamente tendencioso e parcial. Trago como exemplo o fato de ele não permitir que eu fizesse declarações fora daquilo que ele queria ouvir, quis relatar fatos em que Leniel [pai de Henry] usava o Henry contra a mãe, relatando a criança episódios mentirosos relacionados a mãe. Tais episódios mentirosos deixavam Henry confuso sobre a mãe. Espantou-me quando o delegado, no momento que me referia que Jairinho não tinha ciúmes da Monique, ter socado fortemente a mesa."

Ainda na carta, Rosângela finaliza pedindo que o advogado "entre em contato com o Ministério Público ou juiz da causa para que proceda o meu novo depoimento de maneira justa e imparcial e tudo seja gravado" finaliza.

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