Ataque em SP: Escola Thomazia Montoro retoma as aulas nesta segunda com acolhimento para os alunos
A escola retorna nesta segunda-feira (10) com o acompanhamento de uma equipe de saúde mental e reforço nas equipes responsáveis pela Ronda Escolar

Na manhã desta segunda-feira (10), a Escola Estadual Thomazia Montoro retomou as aulas, duas semanas após o ataque que resultou na morte da professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, e mais quatro feridos. O retorno é parcial e conta com algumas mudanças.
A escola recebe 90 alunos de três turmas, onde ocorreu o ataque, para retomar as atividades. Segundo a Secretaria Estadual de Educação, os alunos mais velhos do 7º e 8º ano voltam primeiro para encorajar os mais novos.
Além dos estudantes, os responsáveis também podem comparecer para receber apoio de equipes de multiprofissionais de saúde, que realiza rodas de conversas, oficinas de conscientização e atividades pedagógicas durante toda a semana. A partir de terça-feira (11), as aulas voltam normalmente para todos os alunos.
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Neste retorno, a Escola Thomazia Montoro contará com reforço da Ronda Escolar da Polícia Militar, com viaturas ao redor. A Secretaria de Segurança Pública do estado afirmou que, após o ocorrido, programas e estratégias de combate a agressores ativos serão ampliadas.
Além do policiamento, a instituição passou por uma revitalização, com investimento de R$ 200 mil. Até o momento, já foi realizado reparos na estrutura e equipamentos que foram danificados durante o ataque. Já a fachada da escola receberá grafites do artista plástico Pagu.
Sobre o ataque
No dia 27 de março, a professora Elisabete Tenreiro, de 71 anos, foi morta a facadas por um aluno de 13 anos. Outras quatro pessoas também ficaram feridas no ocorrido. O agressor estudava no 8º ano na escola e segue internado em uma unidade da Fundação Casa.
A professora recebeu diversas homenagens dos alunos, com altar montado na frente na instituição, com flores, cruzes e cartazes espalhados. Ela era funcionária aposentada do Instituo Adolfo Lutz e trabalhava na escola há pouco tempo.
O ataque aconteceu na zona oeste de São Paulo, por volta das 7h30, quando as aulas já haviam começado. A polícia ainda investiga a participação de outros alunos no ataque. A Justiça concedeu a quebra de sigilo dos aparelhos do adolescente, incluindo o videogame Xbox. Porém, ainda não se sabe quanto tempo levará para fazer as extrações dos dados e nem se poderá comprovar o envolvimento de outras pessoas.
(*Estagiária Hannah Franco, sob supervisão de Tainá Cavalcante, editora web de OLiberal.com)
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