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Romulo Maiorana, o seu Romulo, se destacou como empreendedor e ser humano generoso

Ele gostava de ajudar as pessoas, mas não dava publicidades a suas ações solidárias

Dilson Pimentel
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Romulo Elégio Dario Severo Maiorana Chiapetta, o “seu Romulo”, foi empreendedor no comércio e na comunicação. Ele foi o idealizador e fundador do Grupo Liberal, que se transformou em um dos principais grupos de comunicação do Brasil. Em 20 de outubro de 2022 foi celebrado o centenário de seu Romulo, que morreu aos 63 anos, em 1986.

“Ele era uma pessoa muito justa”, diz o presidente executivo do Grupo Liberal, Ronaldo Maiorana, ao falar sobre o pai. “O cortejo fúnebre dele parou a cidade. Muita gente acompanhou. Houve muitas demonstrações de carinho”, contou. Filho de italianos, Romulo nasceu em Pernambuco, e depois se mudou para o Pará.

“Se encantou pelo Pará, era apaixonado pelo Círio de Nazaré, que, para ele, era melhor que o Natal, pois o Círio era coletivo e todo mundo participava”, contou. A festa para ele era tão importante que o prédio da TV Liberal está localizado na avenida Nazaré, por onde passa a procissão, em outubro.

Antes de comprar o jornal O LIBERAL, seu Romulo foi colunista social da Folha do Norte, então o maior jornal do Pará, onde tinha uma coluna, a “RM Informa”. Era a coluna mais lida aos domingos.

Seu Romulo sempre foi apaixonado pela notícia e pela comunicação. Como destaca Ronaldo Maiorana, seu Romulo tinha um lado humano muito forte. Ele gostava de ajudar as pessoas, mas não contava isso para ninguém. Em seu cortejo fúnebre, havia um rapaz, bastante comovido, em uma bicicleta cargueira, usada para seu trabalho. “Ele olhou para mim, apontou para a bicicleta e disse: ‘Foi o seu Romulo quem me deu. Ele não falava nada para ninguém. Ele guardava com ele’”, relembra Ronaldo Maiorana. “Ele gostava das pessoas, gostava de conversar com todo mundo, gostava de andar pelo centro comercial”, lembrou.

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“Seu Romulo era muito querido, as pessoas gostavam dele”, conta o jornalista Jorge Ferreira, 70 anos e há 43 trabalhando em O LIBERAL. “Muita gente pedia as coisas para ele e ele atendia. Só que ninguém sabia porque ele pedia para ninguém falar. Muita coisa que ele fez só descobriram depois que ele faleceu”, contou.

A primeira edição do jornal data de 15 de novembro de 1946, ano de sua fundação. No começo, O LIBERAL circulava às 16 horas, com apenas quatro páginas. Em suas primeiras duas décadas, o periódico era utilizado para respaldar a política do general Magalhães Barata, ex-governador do Pará.

Em 1966, o empresário Romulo Maiorana, um homem à frente do seu tempo, comprou o veículo de comunicação, deixou para trás o partidarismo e o transformou em um dos mais influentes e mais atuais jornais do Brasil. O LIBERAL passou de um jornal partidário para trilhar o caminho do bom jornalismo, sempre com a nobre e firme missão de bem informar os milhares de leitores, pautado na credibilidade e transparência editorial. Atualmente, o Grupo Liberal conta com os jornais O Liberal e Jornal Amazônia, portal OLiberal.com, TV Liberal, Rádio Liberal e forte presença nas plataformas digitais e redes sociais.

TV Liberal lançou o documentário “Romulo Maiorana: 100 anos de história”

No ano passado, a TV Liberal lançou o documentário “Romulo Maiorana: 100 anos de história”. O filme tem a direção do jornalista, produtor e editor da TV Liberal Leo Nunes.

Nunes conta que seu Romulo revolucionou o comércio de Belém. Foi ele que trouxe o tipo de vitrine. Em Belém, não existia vitrine até final dos anos 50. “Ele introduziu a vitrine por meio das lojas RM no final dos anos 50 para o início dos anos 60 e hoje muita gente das novas gerações, tão acostumadas com shoppings, não conhece isso”, contou lembrou.

Pouca gente sabe também, mas a frase ‘o Círio é o Natal dos paraenses’ foi criada pelo ‘seu Romulo’. “Ele falava isso na coluna dele ‘Repórter 70’. Então, ele acabou trazendo essa expressão e é como a gente conhece até hoje”, afirmou Leo.

Romulo Maiorana era sempre motivado a ter produção de qualidade, fossem nas lojas ou nos veículos de comunicação que dirigiu. Tanto que para a construção da TV Liberal, por exemplo, ele adquiriu os melhores equipamentos.

“Equipamentos que nem a TV Globo, na época, tinha, e ele já estava vendo qual ia comprar, qual ia importar, porque não tinha aqui, em Belém. Ele era uma pessoa preocupada com qualidade. O jornal dele tinha que ter a melhor rodagem, tanto é que ele trouxe o offset, um tipo de impressão para o jornal; trouxe qualidade para a TV, para o jornal, para a rádio. Então, ele acabou transformando os veículos de comunicação dele em instrumentos de qualidade, para passar isso para o telespectador, o ouvinte, o leitor”, ressaltou Leo Nunes.

Romulo Maiorana, o seu Romulo, transformou e valorizou a comunicação no Estado

O legado deixado pelo jornalista Romulo Maiorana também é destacado no documentário. “Ele conseguiu transformar e valorizar a comunicação no Estado. Ele conseguiu imprimir a própria marca dele na comunicação. A TV Liberal, o jornal O LIBERAL acabaram se tornando grandes veículos, referência em todo o Brasil. A TV Liberal, como afiliada da TV Globo, o jornal O Liberal com uma tiragem grande e o pioneirismo com relação à impressão, então, ele conseguiu imprimir qualidade no meio no qual ele viveu”, afirmou Leo Nunes.

Seu Romulo nasceu no estado de Pernambuco, em 20 de outubro de 1922 e foi em 1953 que desembarcou em Belém, aos 31 anos. A jornada começou com a empresa Duplex Publicidade, instalada na avenida Senador Lemos. Com um tino empresarial incomum, Romulo Maiorana foi além. E inaugurou um novo estilo de fazer compras na capital ao investir nas suas primeiras lojas, que levavam suas iniciais RM. Transformaram-se, inclusive, em uma rede.

“Numa época em que shoppings não existiam, criou vitrines amplas e espelhadas. Bem elaboradas, atraiam desde a calçada os olhares dos clientes”, contou Leo Nunes. “E esses, ao entrar, recebiam tratamento diferenciado, com atendentes treinados. Era a personalização para a venda, com loja no estilo magazine e de departamentos, para agradar e oferecer produtos a todo tipo de cliente. As lojas tinham ainda espaço para venda de lanches, o que era algo bastante oriiginal para os padrões da época. E, por todas essas inovações, acabou inspirando e transformando positivamente o comércio de Belém naquele período”, completou.

 

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