Mãe revela detalhes do último dia de vida da filha

O que parecia um filme romântico virou história de terror. A Conexão AMZ conversou com Socorro e Gabriela, mãe e irmã de Renata Cardim, a advogada morta em 2015. O acusado, neto de um ex-governador do Pará, era marido da vítima.

Rita Soares | Conexão AMZ
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Naquela terça-feira, 26 de maio de 2015, a jovem advogada Renata Cardim parecia feliz. Acordou cedo e, por volta das 7 da manhã, já estava no escritório de uma  distribuidora de remédios onde trabalhava com a mãe, a empresária Socorro Cardim. Pouco antes do almoço,  Renata foi para a academia como costumava fazer religiosamente. 
Depois, ainda aproveitou para uma parada no salão de beleza. Escovou os longos cabelos castanhos, quase loiros, pintou as unhas e seguiu com as tarefas do dia. Por volta das 18 horas, depois de deixar Socorro em casa, se despediu e seguiu para o apartamento que dividia com o marido havia apenas seis meses.  Aquelas duas mulheres sequer desconfiavam que aquele era o último encontro entre  mãe e filha. 
Oito horas depois, já na madrugada da quarta-feira, 27, Socorro foi acordada pelo marido da filha, Hélio Gueiros Neto. Ao telefone, ele avisava que  Renata estava se sentindo mal e pedia ajuda.
 Socorro saiu em disparada. Nas ruas desertas da madrugada, dirigiu pela contramão até o prédio onde a filha morava a apenas duas quadras.
O que se viu a seguir foi uma sucessão de fatos que resultou em um rumoroso processo criminal. Neto do ex-governador do Pará, Hélio Gueiros, o marido de Renata foi pronunciado pelo  Ministério Público do Estado, acusado dos crimes de homicídio triplamente qualificado (com agravantes de feminícidio, estrangulamento e por não ter dado chances de defesa à vítima)  Juíza determina que Hélio Gueiros Neto seja julgado por homicídio triplamente qualificado da esposa


Se condenado, Gueiros Neto pode pegar mais de 30 anos de prisão.  

image Da esquerda para a direita: Daniel, Socorro e Gabriela (Acervo pessoal)

 


CONTO DE TERROR
Renata parecia saída de um  filme romântico.  Jovem estudiosa,  estava formada em Direito há pouco menos de um ano.  Gueiros Neto fora seu primeiro e único namorado.  Depois de seis anos de relacionamento, a vida parecia seguir seu curso natural. Terminada a faculdade de Renata, o casal decidiu formalizar a união e era chegada a hora de pensar em aumentar a família.      
A morte aos 26 anos interrompeu os planos e expôs uma vida bem longe do conto de fadas. 
Quando chegou ao prédio onde Renata morava,  naquela madrugada de 27 de maio de 2015, Socorro viu a filha ser jogada no banco de trás de seu carro. Ainda acreditava que a jovem estivesse com vida. No hospital, a realidade cruel: Renata estava morta. O atestado de óbito falava de aneurisma da aorta abdominal. A família não se conformou. Começou a investigar o caso por conta própria. Imagens no celular, depoimentos de pessoas que trabalhavam com o casal levaram a justiça a autorizar a exumação do corpo. Um novo laudo pericial atestou que a advogada não tivera qualquer problema na aorta. A morte provável é asfixia. A suspeita é de que a jovem tenha sido dopada e depois morta pelo marido.        
Confira as entrevistas feitas pela jornalista Rita Soares com Socorro Cardim e com a irmã de Renata, Gabriela Cardim. 

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