Projeto quer incluir palafitas no Minhas Casa, Minha Vida para atender comunidades ribeirinhas

De autoria do senador paraense Jader Barbalho, proposta teve parecer favorável do relator Beto Faro, também do Pará. Proposta avançou no Senado e aguarda votação na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE)

O Liberal
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Um Projeto de Lei em tramitação no Senado busca a inclusão de construções de palafitas no programa habitacional do governo federal Minha Casa, Minha Vida, com o objetivo de atender famílias ribeirinhas. A proposta (PL 3.481/2019) foi apresentada pelo senador paraense Jader Barbalho (MDB) e aprovada pela Comissão de Desenvolvimento Regional (CDR), em dezembro do ano passado, com parecer favorável do relator, o senador Beto Faro (PT), também do Pará. Agora, o texto aguarda votação final na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). 

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Na justificativa da matéria, Jader Barbalho argumenta que as comunidades ribeirinhas, principalmente na Amazônia Legal, vivem em casas de palafita, construídas em locais insalubres, onde a água é imprópria para o consumo. Ele cita ainda a alimentação pouco variada dessa população e a ausência de energia elétrica em alguns locais.

O senador ressalta que o período de chuvas intensas traz ainda mais sofrimento para as populações ribeirinhas. "Para evitar as cheias dos rios, os ribeirinhos sobem o piso das casas de palafita com tábuas para que as águas não os alcancem. Foi nesse cenário que os ribeirinhos aprenderam a viver: em um meio repleto de limitações e desafios impostos pelo clima, pelo rio e pela floresta", diz.

"Na busca pela equidade de direitos de todos os brasileiros, não é justo que os ribeirinhos sejam privados de participar do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV), um dos principais programas de inclusão social do país e que tem como meta reduzir o déficit habitacional da população brasileira, um dos problemas mais crônicos da atualidade", acrescenta Barbalho. 

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O texto do projeto prevê a inclusão de palafita, descrita como "sistema construtivo utilizado em edificações localizadas em regiões alagadiças cuja função é evitar que as casas sejam inundadas ou arrastadas pela correnteza dos rios". A proposta estabelece ainda prioridade para as famílias ribeirinhas e "utilização de madeira biossintética reciclável ou de madeira certificada, inclusão de microssistemas de tratamento de esgoto sanitário e água, utilização de sistemas de geração de energia limpa e de comunicação". 

Na análise da matéria, o senador Beto Faro retirou a especificação de materiais a serem utilizados na construção de palafitas nas regiões alagadiças por entender que poderia trazer o risco de tornar a lei obsoleta, tendo em vista a evolução tecnológica de materiais e de técnicas de construção. “O caboclo amazônico nunca teve orientação de um arquiteto. Mas sabe planejar sua vida debaixo de um teto que acompanhe o movimento das águas. Isso fez com que muitos deles, desde a ocupação da Amazônia , desenvolvessem esse modelo de habitação que é a palafita”, afirma o relator. 

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