Visto americano fica mais caro e burocrático a partir desta semana
A principal mudança é a nova taxa de US$ 250, somada aos US$ 185 já cobrados, elevando o custo do visto para US$ 435

Solicitar um visto para os Estados Unidos ficou mais caro e burocrático. As mudanças, aprovadas pelo governo de Donald Trump, entram em vigor nesta terça-feira (2) e afetam turistas, estudantes e profissionais que vão solicitar ou renovar o documento. As novas regras podem aumentar o tempo de espera para agendamento.
A principal alteração é o aumento do custo: além da taxa padrão de US$ 185, será cobrada uma “Visa Integrity Fee” de US$ 250, totalizando US$ 435 (aproximadamente R$ 2.367). Outra mudança é a exigência de entrevista presencial para a maioria dos solicitantes de vistos de não-imigrante, incluindo turistas, estudantes e profissionais. Antes, menores de 13 anos e maiores de 80, por exemplo, estavam isentos.
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Quem precisa de entrevista
Todos que solicitarem o visto de não-imigrante pela primeira vez devem passar por entrevista presencial com um oficial consular. Estão isentos candidatos com vistos diplomáticos, oficiais, A-1, A-2, C-3 (exceto empregados domésticos), G-1 a G-4, Nato-1 a Nato-6 e Tecro E-1. Quem renova vistos B1, B2 ou B1/B2 pode ser elegível à isenção, desde que o visto anterior tenha expirado há menos de 12 meses, o solicitante tenha mais de 18 anos, aplique no país de nacionalidade ou residência e nunca tenha tido visto negado (salvo recusa anulada).
O Departamento de Estado pode exigir entrevistas presenciais a qualquer momento, mesmo para isentos.
Como solicitar
O processo exige preencher o formulário DS-160, pagar as taxas e agendar a coleta de digitais, fotos e entrevista no consulado. A entrevista, normalmente em português, dura cerca de cinco minutos e serve para confirmar informações do formulário e avaliar o perfil do solicitante. É recomendável levar passaporte válido, páginas de confirmação do DS-160, comprovantes de renda, trabalho ou casamento, se solicitados.
Redes sociais e informações adicionais
Algumas categorias, como estudantes (F), técnicos/vocacionais (M) e intercambistas/pesquisadores (J), devem fornecer perfis públicos das redes sociais usadas nos últimos cinco anos, permitindo análise do consulado. A verificação ainda não se aplica a turistas (B2), mas especialistas recomendam cautela com publicações online.
As novas medidas fazem parte do pacote fiscal “One Big Beautiful Bill” e reforçam que obter visto para os EUA é considerado um privilégio, não um direito.
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