Quem é a veterinária suspeita de mandar matar sua ex-namorada professora
Veterinária teve contradições em seu depoimento
A médica veterinária Fernanda Loureiro Fazio, 45 anos, foi presa nesta sexta-feira, 9, pela Polícia Civil de São Paulo após ter ordem de prisão preventiva decretada pela Justiça por suspeita de ser mandante da morte de sua ex-companheira, a professora Fernanda Reinecke Bonin, de 42 anos, encontrada morta nas imediações do autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo, em 28 de abril.
A reportagem não conseguiu contato com a defesa da veterinária. Em depoimentos prestados à polícia, Fernanda Fazio negou envolvimento na morte da ex.
Fernanda Fazio é formada desde 2003 e trabalha em uma clínica veterinária em Santo Amaro, também na zona sul da capital paulista. Em seu perfil profissional, ela afirma ter especialização em cirurgia e oftalmologia e "experiência em coordenação de equipe e gerência hospitalar".
Fernanda Bonin era formada em Matemática pela Universidade de São Paulo (USP) e dava aulas na Beacon School, colégio particular de ensino infantil, fundamental e médio de alto padrão na capital paulista.
Segundo a polícia, o casal ficou junto durante cerca de oito anos e teve dois filhos usando técnicas de reprodução assistida, mas estava separado há cerca de um ano. As duas mulheres seguiam oficialmente casadas e faziam terapia de casal, na tentativa de reatar. Elas mantinham contato pacífico também por causa dos dois filhos, que se revezavam com as mães.
Fernanda Bonin foi encontrada morta estrangulada, e seu corpo foi localizado pela Polícia Militar após denúncia anônima.
Como o crime ocorreu
Na noite de 26 de abril, segundo depoimento dado à polícia, Fernanda Fazio ligou para a professora pedindo ajuda, pois seu carro havia parado, com pane mecânica, na Avenida Jaguaré, na zona oeste. Ela levava as crianças para a casa da ex, quando teve o problema no carro. Em seguida, ela passou sua localização para a ex-companheira.
Câmeras de segurança mostram Fernanda descendo sozinha pelo elevador e deixando o prédio ao volante de seu veículo, uma SUV Tucson prata.
O corpo da professora foi encontrado com sinais de estrangulamento em um terreno baldio, na Avenida João Paulo da Silva, no bairro Vila da Paz, próximo ao Autódromo de Interlagos. Ela estava com a roupa que vestia ao sair de casa e sinais de estrangulamento, como um cadarço enrolado no pescoço.
Em seus depoimentos, Fernanda Fazio contou que, meia hora depois, seu carro voltou a funcionar e, como não conseguiu novo contato com a ex-mulher, foi até o apartamento dela.
A portaria informou que Fernanda Bonin não estava em casa. Algumas contradições nos depoimentos da veterinária a colocaram inicialmente como averiguada no caso. Após a prisão do homem que estava com o carro da vítima, ela passou a ser tratada como suspeita.
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