Quem deixa o celular no silencioso tem 5 características em comum, diz psicologia
Hábito comum entre quem busca mais equilíbrio pode reduzir estresse e melhorar a concentração
Deixar o celular no modo silencioso ou no “não perturbe” tem se tornado um hábito cada vez mais comum entre pessoas que buscam mais qualidade de vida. Além de ajudar a fugir do excesso de ligações de telemarketing, mensagens suspeitas e notificações constantes, essa escolha simples pode revelar traços importantes da personalidade, segundo a psicologia.
Pesquisas recentes indicam que silenciar o celular está associado a benefícios emocionais, profissionais e sociais, como redução do estresse, aumento da concentração e maior controle do tempo. O ajuste, muitas vezes visto apenas como uma preferência pessoal, passou a ser analisado como um comportamento ligado à saúde mental.
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Um estudo da Universidade Kyung Hee, na Coreia do Sul, avaliou como o uso consciente do celular impacta o bem-estar no ambiente de trabalho. A pesquisa analisou um programa de atenção plena via celular, conhecido como MMT, e apontou redução significativa do estresse, do esgotamento emocional e melhora no engajamento profissional entre trabalhadores de escritório.
Após oito semanas, os participantes apresentaram maior capacidade de concentração e menor sobrecarga emocional. Parte deles adotou uma mudança prática no dia a dia: manter o celular no silencioso, hábito que passou a ser visto como um divisor de águas na rotina.
O que a psicologia diz sobre quem mantém o celular no silencioso
De acordo com especialistas, pessoas que não toleram sons no celular e optam por deixá-lo sempre no silencioso costumam compartilhar cinco características principais:
1. Valorização do próprio tempo
Quem silencia o celular tende a dar mais valor ao tempo pessoal e profissional. A ausência de alertas sonoros reduz a pressão por respostas imediatas e permite que a pessoa escolha quando será interrompida.
2. Maior foco e concentração
Estudos mostram que, após uma interrupção, uma pessoa pode levar em média 23 minutos e 15 segundos para retomar totalmente a concentração. Evitar notificações ajuda a preservar o foco e a produtividade ao longo do dia.
3. Redução da ansiedade e do estresse
Manter o celular sem som protege o sistema nervoso do fluxo constante de estímulos. Com menos interrupções, a frequência cardíaca e os níveis de cortisol — o hormônio do estresse — tendem a permanecer mais baixos por períodos prolongados.
4. Respeito aos próprios limites
A escolha pelo silêncio demonstra maturidade emocional e consciência dos próprios limites. Em vez de permitir que o celular dite o ritmo da rotina, a pessoa assume o controle das interações.
5. Autonomia e educação digital
Com o tempo, amigos e familiares aprendem a enviar mensagens e aguardar respostas. O celular silencioso deixa de ser visto como descaso e passa a representar uma forma de educação digital e respeito ao tempo alheio.
Menos notificações, mais saúde mental
Outro ponto destacado por pesquisadores é o impacto direto das notificações constantes no bem-estar. Segundo a professora Gloria Mark, da Universidade da Califórnia em Irvine, a distração contínua da atenção pode levar ao aumento do estresse, piora do humor e queda na produtividade.
A prática de manter o celular fora do campo de visão e sem alertas sonoros ajuda a recuperar a capacidade cognitiva e cria um ambiente mais tranquilo, especialmente no trabalho. O efeito é ainda mais relevante para mulheres acima dos 40 anos, que costumam lidar com múltiplas demandas emocionais e profissionais.
No fim das contas, silenciar o celular vai além de uma escolha prática. Para a psicologia, o hábito é um gesto de autocuidado, equilíbrio emocional e uma forma consciente de estabelecer limites em um mundo cada vez mais barulhento.
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