Pesquisa revela que répteis podem viver normalmente apenas com 3 patas; entenda
Para realizar o estudo, a equipe recebeu registros de 122 animais em quatro continentes

Você já ouviu falar ou conseguiu ver um lagarto que perdeu uma perna se locomovendo normalmente, como se nada tivesse acontecido? Isso acontece porque, ao contrário dos seres humanos, perder uma parte do corpo para os répteis não significa um grande trauma: eles conseguem sobreviver e até ter sucesso em suas caças diárias mesmo com as limitações estruturais de seu corpo.
Ao começar a analisar esse cenário reptiliano, o biólogo evolucionista do Instituto de Tecnologia da Geórgia, James Stroud, e outros pesquisadores, ficaram curiosos, porque a perda de um membro parecia realmente dificultar o processo de caça dos lagartos. No início, eles acreditavam que a diferença no comprimento das pernas poderia comprometer a capacidade de fugir e capturar presas, por exemplo.
Foi então que, após ficarem interessados para saber o resultado, o especialista James e uma equipe formada por dezenas de outros biólogos especializados resolveram se unir para investigar a condição. Juntos, os cientistas acabaram descobrindo um lagarto sem perna que aparentava estar bem e, ao longo do processo, deram o nome de “lagartos piratas de três pernas” para esses animais.
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Adaptabilidade na natureza
Para realizar o estudo, a equipe recebeu registros de 122 animais em quatro continentes, abrangendo 58 espécies de lagartixas, iguanas e camaleões. Nessas imagens, os pesquisadores notaram que alguns répteis haviam perdido apenas um pé e outros tinham perdido até duas pernas, mas alguns conseguiam viver normalmente, sem dificuldade nas fugas de predadores e nas caças diárias.
Com isso, o grupo de estudiosos concluiu que a sobrevivência após a perda de um membro do corpo é relativamente comum entre as espécies de lagartos e que apenas menos de 1% dos indivíduos de uma população apresentam essa condição. Além disso, o estudo apontou também que a adaptabilidade desses répteis é algo impressionante. “Havia um lagarto que tinha apenas as duas patas de trás e pulava como um canguru”, contou Stroud em entrevista ao jornal The New York Times.
(Victoria Rodrigues, estagiária de Jornalismo, sob supervisão de Tainá Cavalcante, editora web em Oliberal.com)
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