Gripe e covid-19 provocam aumento de casos de síndrome respiratória em São Paulo
Houve também aumento no Paraná e em Santa Catarina.
Os vírus da gripe e da covid-19 têm impulsionado o aumento dos casos de síndrome respiratória aguda grave (Srag) na cidade de São Paulo, segundo o Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado na última quinta-feira, 13.
De acordo com o levantamento, São Paulo e Porto Alegre são as duas únicas capitais que aparecem com nível de atividade de Srag em alerta para risco ou alto risco entre o fim de outubro e o começo de novembro.
Em São Paulo, o aumento dos casos da síndrome está concentrado em jovens, adultos e idosos e é provocado principalmente pelo vírus influenza A, um dos quatro tipos causadores da gripe (A, B, C e D), e, entre os mais velhos, pelo SARS-CoV-2, responsável pela covid-19.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, de janeiro a outubro, foram registrados 3.209 casos de Srag por influenza e 1.137 casos de Srag por covid-19 na cidade. A pasta afirma que realiza o monitoramento epidemiológico de forma contínua e não há alteração no padrão sazonal de influenza na capital.
No cenário estadual, São Paulo, Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro registram aumento nas hospitalizações por influenza A, de acordo com a Fiocruz.
A análise observou também a manutenção do aumento das notificações de Srag por covid-19 em São Paulo, Paraná e Santa Catarina.
Cenário nacional
Ao longo de 2025, foram notificados 207.852 casos de Srag em todo o País, sendo 109.566 (52,7%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório.
Dentre os casos positivos, 39,5% foram causados pelo vírus sincicial respiratório (VSR), 28,5% por rinovírus, 23,1% por influenza A, 8,3% por SARS-CoV-2 e 1,2% por influenza B. A incidência da síndrome é mais elevada entre crianças, enquanto a mortalidade se concentra principalmente nos idosos.
Até o momento, 12.358 pessoas morreram por Srag, sendo que 6.306 (51%) apresentavam exames indicando vírus respiratório. Destes, 49% foram relacionados ao influenza A, 23,6% ao SARS-CoV-2, 14,6% ao rinovírus, 11,5% ao VSR e 1,8% ao influenza B.
Vacinação
As vacinas contra gripe e covid-19 estão disponíveis para os públicos elegíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e, na capital paulista, também nas Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs)/UBSs Integradas.
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