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Barbalho diz que decisão de explorar petróleo na bacia do Amazonas tem 'robustez técnica'

Estadão Conteúdo

O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), classificou como uma "decisão técnica" robusta a liberação pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para a Petrobras perfurar um poço exploratório na bacia da Foz do Amazonas na Margem Equatorial brasileira. "Foram cinco anos de análise, discussão e debate que permitiram que o Ibama compreendesse que a Petrobras responde tecnicamente a todos os requisitos que pressupõe a liberação neste momento da pesquisa", disse Barbalho em entrevista à GloboNews neste domingo, 26.

Barbalho disse que o projeto está localizado a 540 km de distância da Foz do Rio Amazonas, em mar profundo, e que, segundo ele, a Petrobras está preparada para os estudos. "Nesta mesma região, países como Suriname e Guiana Francesa já estão explorando. Portanto, países vizinhos a nós e que compõem essa região da Margem Equatorial já estão fazendo atividade exploratória", argumentou o governador.

O paraense defendeu ainda o projeto pela demanda brasileira por petróleo. De acordo com Barbalho, se o Brasil não expandir sua oferta petrolífera, precisará importar petróleo em 15 anos para manter a segurança energética nacional. "O que seria um contrassenso, tendo ativo no nosso subsolo, uma riqueza nacional e estando com todas questões ambientais resolvidas, o Brasil abrir mão deste benefício, enquanto outros países já estão se valendo dele. Não seremos autossuficientes em um prazo de 15 anos", alegou Barbalho.

O governador defendeu que as "riquezas" da Petrobras sejam a principal fonte de financiamento da transição energética brasileira para a menor dependência de combustíveis fósseis.

Segundo Barbalho, em um primeiro momento o Estado do Pará será a "retaguarda logística" para o Amapá, onde as pesquisas serão iniciadas. Se for comprovada viabilidade, a exploração deve começar. "Deve haver novas demandas de pesquisa e licenciamento para pesquisar na região, o que pressupõe o licenciamento. Tudo pressupõe que a licença esteja de forma absolutamente segura, sendo pautada pela questão técnica", projetou o governador.

Obras estratégicas da COP-30 'estão todas prontas'

O governador falou ainda sobre as obras estratégicas de Belém e do Estado para receber a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-30). "Vencemos os desafios. As 30 obras estratégicas estão todas prontas", disse Barbalho. O evento será realizado de 10 a 21 de novembro.

O paraense citou o Círio de Nazaré, evento religioso que reúne milhões de fiéis em Belém, como um grande teste para a COP-30, incluindo as operações hoteleiras, de transporte urbano e macrodrenagem. "Saímos de 12 mil leitos para 53 mil leitos. Sanamos com fiscalização os abusos de preços", afirmou Barbalho sobre a hospedagem na COP.

O governador disse ainda que, depois de Paris, Belém será o principal ambiente para garantia de financiamento climático e ambições ambientais, de acordo com o atual estágio das mudanças climáticas. "Temos ambiente para uma COP de implementação", observou.

Sobre a participação estrangeira, Barbalho informou que há 67 mil delegados inscritos de 184 países. Ele projetou que até o início da COP todos os 193 países estarão credenciados para participar da conferência do clima. "Temos uma COP chegando quase ao dobro da participação de inscritos em Baku, no Azerbaijão", comparou.

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