Crédito para todos: Banco da Amazônia une esforços para promover o desenvolvimento sustentável

Do microempresário informal a grandes indústrias, instituição oferece soluções em crédito, acompanhamento e assistência especializada

Dayane Baía
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Fomento aos microempreendedores

Programa Amazônia Florescer possibilita crédito de até R$ 21 mil para potencializar negócios formais e informais

Tal qual se aduba uma planta, o Programa Amazônia Florescer atua como um fertilizante a pequenos negócios formais e informais da região Norte. Promovido pelo Banco da Amazônia, a iniciativa viabiliza crédito de até R$ 21 mil em investimento individual ou a grupos solidários de microempreendedores. Ainda em 2021, a instituição financeira tem a meta de superar R$ 200 milhões em microcrédito.

Gerente de Pessoa Física do Banco da Amazônia, Luiz Lourenço pontua o diferencial do Programa. “O Amazônia Florescer nasceu, há 14 anos, da necessidade de financiar empreendedores populares que não teriam acesso pelas linhas tradicionais de crédito. São aqueles que têm um negócio informal ou que até está formalizado, mas que ainda não têm um volume grande do potencial”, explica. 

O programa possui duas vertentes: a urbana, voltada para a área comercial, especialmente de serviços e produção; e a rural, destinada a agricultores que utilizam a terra para subsistência, na qual são atendidas comunidades quilombolas, indígenas e pequenos produtores, por exemplo.

image Programas de microcrédito do Banco da Amazônia têm como base a educação financeira e gestão do negócio (Ivan Duarte)

Gestão de negócios

O Amazônia Florescer vai além da concessão de crédito e disponibiliza o preparo do empreendedor no que se refere à educação financeira e gestão, por meio do acompanhamento e assistência técnica especializada.  

Grupos solidários

Além dos aportes individuais, podem ser montados grupos solidários que vão de três a dez participantes. Não há necessidade de ir ao banco. O trabalho é realizado em parceria com assessores da Amazoncred. “O crédito varia de R$ 300 a R$ 21 mil”, detalha Luiz Lourenço.

Sem burocracia

Um dos diferenciais é a documentação, sem espaço para muita burocracia. Para participar é preciso apenas RG, CPF, comprovante de residência e ter atividade produtiva.  Com taxa de juros fixa de 2,4% ao mês, o prazo para pagamento é de até 24 meses. O programa também cobra uma tarifa de abertura de crédito que é de 3% do valor, pago uma única vez. “A renovação do crédito é simplificada. Assim, ele consegue aumentar o limite de 30% a 100% do valor inicial, até chegar ao teto de R$ 21 mil”, explica o gerente. 

image Francisca Oliveira começou com R$ 300 e hoje possui aval para aderir até R$ 18 mil em seu negócio (Arquivo pessoal)

Crédito transforma sonhos em realidade

Cliente do Programa Amazônia Florescer, Francisca Caetano de Oliveira se lembra quando foi convidada por um amigo a integrar um Grupo Solidário para um empréstimo de R$ 300, ainda quando atuava como costureira, em 2011.

“A partir daí foi mudando a minha história, cheguei até a reciclagem, que já era um sonho antigo, mas que exigia um capital de giro um pouco maior”, conta a empresária, que hoje é proprietária da Sucataria Fiel, em Belém.    

Dez anos depois do pontapé inicial, ela continua no Programa e já consegue aprovação de crédito de até R$ 18 mil em seu negócio. “O meu trabalho consiste em comprar alumínios em geral e também outros materiais. O diferencial é que esse trabalho mudou a minha vida e tem permitido enxergar o quanto é importante para a vida de terceiros, para a nossa cidade e, de um modo geral, para o mundo”, comenta Francisca.

O olhar para o outro a fez tirar do papel o desejo de fazer a diferença. “Observei que as pessoas catadoras são formadas principalmente por adolescentes e adultos, esse último, em especial, que o mercado de trabalho já não absorve por conta da idade. Quando estou comprando os materiais, eu converso com elas e procuro sentir a necessidade e valor daquele dinheiro recebido por elas para o seu suprimento”, pontua.

"O Amazônia Florescer tem como foco financiar empreendedores populares que não têm acesso a crédito nas linhas tradicionais" - Luiz Lourenço, Gerente de Pessoa Física do Banco da Amazônia  

Para a empreendedora, o Amazônia Florescer foi fundamental para tornar o seu objetivo realidade. “Nasceu o sonho dentro do meu coração de possuir uma empresa nesse setor da reciclagem, voltada para o meio ambiente e para as pessoas. O meu sonho é muito grande, mas com a ajuda de pessoas e em especial do suporte financeiro do Banco da Amazônia, eu tenho, a cada dia, sentido que é possível, sim”, acredita Francisca.

image Luis Lourenço, gerente de Pessoa Física do Banco da Amazônia, explica que a renovação do crédito pode chegar de 30% a 100% do valor inicial (Reprodução OLiberal.com)

Abrangência

O Programa Amazônia Florescer financia atividades de comércio (armarinhos, mercearias, sorveterias, fruteiras e outras); serviços (barbearia, salão de beleza, costureira, consertos de sapatos, oficinas diversas etc.); e produção (confecções, padarias, artesanatos, marcenarias e similares).

“Uma das vertentes importantes é dar o suporte, apoio e acompanhamento. Nós atendemos tanto o capital de giro, aquilo necessário para o funcionamento do negócio – compra de mercadorias, aquisição de insumos, por exemplo –, como o investimento para melhorias. O Banco vai atendendo de acordo com a necessidade que o negócio exige”, explica Luiz Lourenço.

Em 14 anos de atuação, 400 mil empreendedores populares já foram atendidos, dos quais 320 mil somente no Pará. As mulheres são destaque nesse atendimento, com 62% do crédito tendo sido destinados para elas. Em 2020, o Banco da Amazônia alcançou a marca de R$ 102 milhões. E apenas neste ano, nos seus primeiros sete meses, alcançou R$ 117 milhões aplicados no microcrédito. A meta é chegar a R$ 1 bilhão em 2024.

image Em 2020, o Banco da Amazônia realizou 545 operações de crédito no setor da saúde, injetando mais de R$ 185 milhões (Tarso Sarraf)

Crédito emergencial para área da saúde

Operações de crédito do FNO dão suporte a empreendimentos impactados pela pandemia

Durante a pandemia, todos os setores sentiram as mudanças, mas o da saúde viveu mais intensamente por conta da  covid-19. As redes hospitalares precisaram lidar com pressões como ocupação de leitos e necessidade de aumento de quadro de funcionários. Nesse processo, o apoio creditício foi fundamental. “O setor da saúde sempre priorizou crédito de longo prazo, para implantação, modernização, reforma. Com a pandemia, de uma hora para outra houve um nível exponencial de atendimentos. Ninguém estava preparado para tudo isso. Houve um consumo muito mais rápido dos estoques e isso gerou a necessidade de crédito emergencial”, explica Nélio Gusmão, gerente executivo de pessoas jurídicas do Banco da Amazônia.

A mudança exigiu planejamento e velocidade. “O Banco da Amazônia é o gestor do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), que tem uma gama de possibilidades de curto e longo prazo e teve como atuar na concessão de crédito para clínicas, hospitais e laboratórios, por exemplo”, detalha Nélio.

Alírio Gonçalves, presidente da Benemérita Sociedade Portuguesa Beneficente, afirma que o Banco da Amazônia, em parceria com o Governo Federal, agiu na hora certa. “Foi um ganho para os hospitais, principalmente a Beneficente, que é um hospital filantrópico. Tivemos a carência dos valores financiados junto ao Banco esticadas durante  a fase crítica da pandemia, o que nos deu fôlego para contratação de mais profissionais e insumos, já que os  hospitais estavam com quase 100% de atendimentos de pacientes com covid, parando cirurgias e outros procedimentos que geram receita”, conta.

image Alírio Gonçalves, presidente da Benemérita Sociedade Portuguesa Beneficente, afirma que o Banco da Amazônia agiu na hora certa com auxílios creditícios para as instituições de saúde conseguirem enfrentar a pandemia (Ascom Beneficente Portuguesa)

FNO

Responsável por mais de 65% de todo o crédito de fomento da região Norte, o FNO representa a principal linha de financiamento.

“Temos prazos mais longos do que o existente no mercado, condições de início de amortização, além da taxa de juros. O setor de saúde é considerado prioritário, não apenas consolidado na pandemia, mas pelo papel que desempenha na sociedade. Somente na Região Metropolitana de Belém, nos últimos três anos, foram inaugurados cerca de 140 leitos clínicos de empreendimentos financiados pelo banco, dos quais 30% foram destinados para Unidades de Terapia Intensiva”, cita o gerente.

image Linhas de crédito possuem condições vantajosas para quem quer empreender na área da saúde (Eduardo Valente/ arquivo o liberal)

Em 2020, foram 545 operações de crédito no setor, nas quais foram aportados mais de R$ 185 milhões em recursos. Já em 2021, o Banco da Amazônia já ultrapassa a marca de R$ 70 milhões.

“O nosso papel incentivador para ampliar a rede de atendimento da região Norte segue firme, independentemente de estarmos em pandemia ou não. O Banco está disponível com recursos e condições extremamente vantajosas para quem quer empreender no segmento”, diz o gerente.

image Geração de energia própria, captação de água e destinação de resíduos sólidos estão entre os projetos que podem ser financiados pelo FNO (Pexels)

FNO Empresas Verdes reforça compromisso socioambiental do Banco

Linha de crédito traz benefícios e condições diferenciadas para projetos que contribuem com o meio ambiente e sustentabilidade

Todos os anos o Banco publica o Plano de Aplicação de recursos do FNO, dando as diretrizes definidas por setores. Para 2021, a novidade foi a criação da linha Empresarial Verde, que reafirma o compromisso socioambiental que vai além do cumprimento das exigências da capacidade de pagamento. “Os setores de saúde, educação, turismo e cultura já cumprem um papel social relevante e, por isso, já nascem com o carimbo de verde. Mas temos também a possibilidade de ter projetos considerados verdes, com itens que tragam ganhos socioambientais”, afirma Nélio Gusmão, gerente executivo de pessoas jurídicas do Banco da Amazônia.

Projetos de geração de energia própria, através de base renovável, por exemplo, trazem ganhos como a diminuição da demanda de termoelétricas e fontes de combustíveis fósseis que poluem o meio ambiente, sendo opção de sustentabilidade para o empreendimento e para o planeta. “Temos empresas que desenvolvem alternativas de captação de água, com tratamento e destinação de resíduos sólidos produzidos dentro do seu processo industrial. Qualquer empresa pode ser considerada verde, o que diferencia é o que ela agrega no projeto”, pontua o gerente.

A linha Empresarial Verde está associada a prazos de até 15 anos, reduzindo os valores das parcelas e dando mais condições para pagamento. As taxas de juros variam de acordo com o porte do cliente e local de aplicação do recurso.

“Existe uma série de possibilidades. Um empreendimento que se proponha a trazer uma solução para aquela atividade com toda a estrutura de produção considerando destinação correta de resíduos, sistema de captação de água ou energia própria, é altamente sustentável e está agregando para a sociedade e para o meio ambiente”, enfatiza o gestor.

image Nélio Gusmão, gerente de pessoa jurídica do Banco da Amazônia, pontua que para ter acesso ao financiamento a empresa precisa estar em dia em todos os licenciamentos (Moisés Nascimento)

O FNO financia, por exemplo, a aquisição de placas solares para que a empresa possa gerar sua própria energia e não ter mais a dependência e variação do custo no seu orçamento. “A geração de energia própria é importante para reduzir essa estrutura de custos e o FNO traz condições de taxas de juros em média três vezes menores das praticadas no mercado”, explica Nélio.

As preocupações ambientais devem ser observadas desde o início do negócio e, para isso, é importante que o empreendedor esteja atento às implicações legais da sua atuação. “O Banco está mais rígido em financiar empreendimentos que tenham responsabilidade ambiental inserida nas suas diretrizes. É condição básica que a empresa esteja regular em todos os licenciamentos pertinentes à atividade dela”, afirma o gerente.  

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