Recursos tecnológicos aprimoram o monitoramento para garantir maior segurança de barragens

Instalado em Carajás, o CMG Norte realiza o acompanhamento de barragens e outras estruturas geotécnicas da maior mina a céu aberto do mundo em tempo real

Fabrício Queiroz
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A tecnologia e a automatização estão cada vez mais inseridas nas atividades econômicas. Em Parauapebas, onde está localizada Carajás - a maior mina de ferro a céu aberto do mundo - a realidade não é diferente e recursos de ponta são empregados no Centro de Monitoramento Geotécnico (CMG) Norte para garantir a segurança das operações, dos trabalhadores envolvidos e da população do entorno do empreendimento.

A geotecnia é uma área de conhecimento que utiliza técnicas e métodos científicos para analisar as intervenções humanas no solo e oferecer melhores soluções para obras e projetos. Os profissionais que atuam nessa especialidade sempre tiveram uma forte atuação em campo, porém, a inovação se tornou uma grande aliada na geração e interpretação dos dados de estruturas comuns na mineração, como barragens e diques.

“Uma coisa que mudou muito nos últimos anos foi a automatização das instrumentações. Antes, as leituras eram basicamente manuais, era realizada uma a cada mês. Hoje, a gente tem uma nova leitura a cada hora, ou seja, quase que em tempo real, o que permite acompanhar mais fielmente e trazer os dados sobre a segurança da estrutura para dar apoio à geotecnia operacional” - Aline Silva, engenheira civil geotécnica da Vale em Carajás.

Apesar de jamais ter sido registrado qualquer incidente de ruptura de barragens de rejeitos em Carajás, a Vale mudou a rotina de acompanhamento da mina em 2019, com a instalação do CMG Norte. No total, são 14 profissionais e uma série de equipamentos, como câmeras de videomonitoramento, radares, piezômetros, e outros, capazes de acompanhar estruturas geotécnicas no Pará durante 24 horas por dia e sete dias por semana.

image Aline Silva explica explica que o monitoramento é uma ação preventiva que busca detectar qualquer tipo de anormalidade nas estruturas geotécnicas (Divulgação / Vale)

Todo esse conjunto de recursos está organizado para atender a três pilares: gestão de segurança, suporte à gestão de riscos e gestão de emergência, isto é, tem como foco a ação preventiva visando detectar qualquer tipo de anormalidade nas estruturas geotécnicas.

“Para o caso de possíveis rupturas, existe um sistema de acionamento de sirenes para evacuação de áreas e toda essa gestão é feita pelo CMG tanto de forma manual quanto automática. São duas áreas diretamente ligadas ao CMG: a geotécnica operacional e a do Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBM)”, explica Aline Silva.

A engenheira diz ainda que o investimento na estratégia de monitoramento impactou não apenas no aumento de instrumentos utilizados na operação e no volume de informações geradas, mas sobretudo na otimização do processo de trabalho e na redução da exposição dos colaboradores ao risco.

“Temos uma equipe de engenheiros geotécnicos, engenheiros de automação, profissionais de cartografia, planejamento de controle, de manutenção e analistas com formações diversas. O investimento na capacitação dos colaboradores é constante para que todos estejam habilitados a lidar da melhor forma com essa tecnologia. Além disso, há integração e trocas de experiências com outros CMGs da empresa” - Aline Silva, reforçando que essa abordagem se reflete em uma mineração mais segura para todos os trabalhadores e as comunidades do entorno da mina.

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