MENU

BUSCA

Treme, Keila!

Lorena Filgueiras

“Dói até hoje lembrar”, diz Keila, sobre o episódio humilhante ocorrido na sala do curso de Direito, onde ela, caloura, assistia uma aula de Ciência Política, quando ouviu da professora que a música que fazia era barulho, coisa de periferia. Que todos os estudantes presentes na sala tinham de entender a complexidade de Tom Jobim, Chico Buaque, Caetano Veloso. “Logo eu que sempre tive e tenho resposta para tudo, não consegui falar. Saí correndo para chorar no banheiro”, revela. Se ausentou da faculdade, com dor na alma. Mas tinha uma premiação para ir e quis o destino que Keila dividisse o prêmio Multishow da categoria “Melhor Show” com o próprio Caetano Veloso. “Voltei lá na faculdade só para esfregar o prêmio na cara deles”, conta. O pedido de desculpas do docente, determinado pela administração superior do estabelecimento, nunca veio. Dessa forma, a advogada ficava para trás, mas deu espaço à concretização de um sonho antigo, acalentado desde menina: fazer jornalismo, curso que nossa entrevistada especial abraçou com amor [e onde foi tão abraçada]. Desde então, ela protagonizou inúmeras revoluções: em carreira solo, sendo sua própria empresária e publicitária, o Gentil saiu do sobrenome, mas jamais deixou a mulher. 

Keila atendeu a Troppo pelo telefone. Com o pequeno Joaquim [que nasceu no último dia 3 de outubro] no colo, ela conversou conosco. Sua inteligência, tão marcante e flagrante, é realçada por muita gentileza e generosidade, além do orgulho da periferia e do ritmo, o Tecnobrega, que ajudou a projetar para o mundo inteiro. São tantas suas camadas para desvendar... e começamos a partir de agora.

Troppo + Mulher: Quero começar pelo começo. Como uma amazonense veio parar no Pará? Conta também um pouco dessa tua paixão pela música...
Keila: Meu pai é paraense e dentro da minha casa, sempre ouvi música paraense... a comida paraense... tudo sempre foi muito presente, até porque boa parte da família do papai morava no Pará. Papai se aposentou muito cedo lá em Manaus, por causa de um problema no joelho e eu já trabalhava com música, tinha essa veia artística. Ele acreditava que se ficássemos em Manaus, eu não conseguiria expandir muito, crescer. Esse foi um dos motivos de a gente voltar pra cá. Tinha 13 para 14 anos e tô há tanto tempo no Pará, sou tão paraense, que às vezes esqueço que vivi em Manaus. Não nego minhas raízes: nasci na periferia de Manaus, tenho amigos lá e vivi uma fase muito importante da minha vida, que foi minha infância, mas, a partir da pré-adolescência, sendo uma jovem adulta, tudo que absorvi vem da cultura paraense, da vida em Belém. Ou melhor, de Belém e Barcarena, porque vivi por um tempo lá. Foi em Barcarena que conheci o Waldo [Squash, radialista, compositor e o criador da Gang do Eletro] e fui encontrando a galera do tecnobrega. Talvez se eu tivesse vindo direto para Belém, meu caminho teria sido outro. Brinco que fui ribeirinha, porque a casa dos meus pais em Barcarena, é bem na beira do rio. Tínhamos uma sorveteria na praça matriz e eu vendia sorvete por lá. Ficava me revezando entre fazer show com os esquemas, no lance de voz e teclado, e o carrinho de sorvete – eu não ganhava nada, não! Dava todo o dinheiro pro papai e pra mamãe. Não fazia isso obrigada ou por necessidade. Fazia porque eu gostava mesmo e a música ficava me chamando, sabe? O resto é bagunça de adolescente [ela ri].  

T+M: Quem te ouviu pela primeira vez e disse: “essa menina tem talento”? Como teus pais encararam a decisão de viver de música, já que poderiam ter receios em relação à estabilidade profissional e tudo mais?
Keila: Não me recordo um único momento em que não tivesse pensado na música e em ser cantora e tudo mais. Desde quando eu nasci, essa é minha realidade: cantar, dançar. Meus pais são excelentes dançarinos e não é à toa que eu puxei pra esse requebrado, né? [ela ri timidamente] Minha mãe conta que foi uma senhora, do coral da igreja que frequentávamos, que disse que eu tinha talento e voz. Dona Regiane era coordenadora do coral e me convidou para ser solista! Agora imagina: eu nunca tinha subido em lugar algum para cantar! E eu já ia subir como solista! [ela gargalha] Já fui entrando com destaque. Fui muito feliz e realizada!

T+M: Você se dedica a um gênero musical que saiu da periferia e conquistou o centro. Fluiu naturalmente ou foi desafiador, Keila? 
Keila: O tecnobrega, pra mim, tem potencial internacional. Acredito muito no estilo musical, tanto que a gente provou isso com a Gang do Eletro [grupo que Keila integrou e que contava com Waldo Squash, William Love e Marcos Maderito], Gaby [Amarantos] também provou isso. Circulamos pela Europa, fizemos shows nos Estados Unidos. Fechamos um festival gigante na França, foi headliner. Únicos representantes do Norte do Brasil no Maracanã e, infelizmente, afirmo isso com alguma tristeza, fui a única mulher do Norte em toda aquela apresentação dos jogos olímpicos. Acredito muito no potencial! Ele não fluiu naturalmente, não. Apesar de as pessoas daqui de Belém ouvirem, até hoje, o tecnobrega sofre muito preconceito. Existe muita gente que trabalhou e trabalha para fortalecer e fomentar o estilo musical, abrir as portas. A Gang tinha uma produtora, a AmpliCriativa, com o Marcel Arêde, Viviane Chaves, Rodrigo Viellas... a Gang teve potencial e estou dando continuidade com minha carreira solo. Faço shows pelo Brasil inteiro. Tenho parceria com o Midia Ninja para falar das realidades do Norte, Green Peace e tenho parcerias com outras grandes empresas, como uma das representantes dessa cena no Brasil. Isso tudo vem de eu acreditar bastante, sabe? Não deixo enfraquecer dentro de mim e para as pessoas, porque a música é um objeto, uma ferramenta transformadora na vida dos jovens e isso chegou para mim e foi transformando minha vida, expandindo meu mundo. Quero mostrar isso para as pessoas o quanto é legal, alto astral, autêntica e forte a música do Pará. Eu me conecto a vários artistas de outros lugares do Brasil e do mundo. Acabei de gravar uma música com uma artista angolana e vou lançar hoje
 [a entrevista foi feita na última terça-feira] uma collab, um som entre eu, dois produtores musicais de Salvador e uma holandesa, nas plataformas digitais. Apesar de o som não ser um tecnobrega, chamo as pessoas para me conhecer e assim, vou fluindo. Hoje em dia, eu sou independente: eu que faço minha estratégia de Marketing e tudo mais. Procuro ser a mais profissional possível com meus materiais, na forma de divulgação, nas artes... com uma comunicação mais universal, mas sem perder a essência e a autencidade do tecnobrega... e a minha, né? 

T+M: Em qual momento você percebeu a explosão que foi o tecnobrega?
Keila: Quando saiu o clipe “Velocidade do Eletro”, que é simples, mostra a gente caminhando pelo comércio de Belém. E quando ganhamos o primeiro prêmio Multishow de Artista Revelação do ano, competindo com grandes nomes da música... de São Paulo, do Rio de Janeiro. Existe esse problema, né? Da centralização das mídias, que torna os artistas do Centro-oeste, Sul e Sudeste mais fortes que nós. Achávamos impossível esse prêmio, mas ele aconteceu e foi ali que percebi a força.

T+M: Ouvir/ler elogios das revistas mais conceituadas do universo musical teve que sabor pra ti?
Keila: Teve um gosto especial, porque validou e valida nosso trabalho. A mídia tem um papel muito importante na vida do artista. Eu, em especial, tenho uma paixão enorme pelo Jornalismo. Meu pai brinca que, quando eu era criança, em vez de eu assistir desenho, ficava na frente da TV vendo o Jornal Nacional junto com ele! [ela ri de novo] Até hoje eu sou assim, tanto que fiz faculdade de Jornalismo. Não terminei, mas espero um dia concluir esse sonho, que se desenvolveu alinhado à música! Ver fotos minhas em matérias da Billboard, Rolling Stones, revistas e jornais como O Globo, Estadão, Folha de São Paulo, além de blogs, sites... sinto prazer em ler e guardar tudo. É um trunfo físico, sabe? Tal como os prêmios!   

T+M: Em algum momento tiveste dúvida?
Keila: Sabe que não? Nunca tive dúvida do que eu queria para minha vida. Nem eu, nem ninguém que estivesse ao meu redor. Tudo sempre foi muito certo para mim: seria cantora, me envolveria com arte, dança... o que acontece é que a gente cansa, né? É uma ilusão para qualquer profissional, em qualquer carreira, achar que sempre estará no topo! É uma roda, engrenagem e, como tal, precisa ser alimentada! Sempre falo que é uma fogueira: ora a gente se afasta, porque está pegando fogo demais; ora, a gente terá de se aproximar para abanar o carvão. Não pode deixar a peteca cair! A música é assim, cara! E de uma forma até mais forte, porque exige uma dedicação completa. Digo aos meus amigos, que têm a música como uma terceira ocupação na vida e que querem que estoure, que é um golpe de sorte! Música dá muito trabalho! Não é só esperar cair do céu! Tem que se conectar com as pessoas, tocar de forma profissional, fazer divulgações. Tem que estar no show, presente nos lugares, abrindo relações para abrir show, interagir com jornalistas... Falo por mim que, apesar de toda a minha história, de tudo que vivi e vivo, sou independente! Sou minha produtora e empresária e tenho que estar ligada na linha de frente. Eu fico um pouco cansada, especialmente que ouço as falas preconceituosas. Não é só bônus, tem os ônus também! Já sofri preconceito dentro da faculdade, por parte de uma professora.

T+M: Podes contar o que houve?
Keila: Essa situação foi muito humilhante. Jamais poderia imaginar passar pelo que passei dentro de uma faculdade. Nem acredito que escolhi o Direito, mesmo amando o Jornalismo. Teve uma pressão e sempre fui muito estudiosa. Adoro aprender e quis entender mais sobre direitos autorais. Nunca tive intenção de deixar de ser cantora, mas abri o leque do meu conhecimento. Num certo dia, logo no primeiro semestre, a professora de Ciência Política estava falando sobre terapia musical e foi se alongando, até que alguém perguntou se o tecnobrega podia ser usado na terapia musical. A professora respondeu: “o que? A música que ela canta?” e apontou para mim. “Essa música que ela canta não é música, é barulho! E outra coisa: quem ouve o tipo de música que ela canta não é capaz de entender complexidades de Caetano Veloso! Vocês são elite agora! Vocês têm que ouvir Caetano Veloso, Tom Jobim, Chico Buarque! Não têm que ouvir essas imundícies que tocam por aí!”. Foi muito doloroso! Eu, que sempre tive e tenho resposta pra tudo, na ponta da língua, travei! Só lembro das lágrimas e até hoje me dói muito lembrar disso, porque eu não consegui reagir, entende? Ela ainda complementou que “era pra deixar isso aí [o tecnobrega] para a galera pobre da periferia, pobre de espírito!”. Alguns alunos se revoltaram, porque também eram da periferia. Eu só consegui me levantar e saí correndo para chorar no banheiro.

T+M: Que absurdo, Keila! E a administração da faculdade? Fez alguma coisa a respeito?
Keila: Chorei compulsivamente. Depois fui procurar o coordenador e expliquei tudo o que havia ocorrido, ao que ele respondeu que não podia fazer muita coisa, não podia ir contra a instituição. Eu respondi que estavam criando monstros! Até porque eu estava pagando minhas mensalidades com o dinheiro que ganhava com a música chinfrim, de periferia. Aí, eu saí. Passei duas semanas fora e, nesse tempo, ganhei um prêmio, empatada com o Caetano, de Melhor Show, do Multishow. Voltei à faculdade para esfregar na cara deles. O único professor que me defendeu, foi o de Antropologia: negro, gay, que sabe na pele o que é preconceito, racismo, homofobia. Foi ele quem questionou a faculdade. A professora foi obrigada a me pedir desculpas em público, mas não fez. Me chamou, em particular, e eu disse que não aceitava! Se me humilhou em público, teria de me pedir desculpas em público! Ela se recusou. Saí de lá e fui fazer Jornalismo, muito feliz. 

T+M: Teremos uma jornalista que canta, em breve, então!
Keila: Talvez tenhamos uma cantora jornalista! Vou me empenhar pra conseguir me formar! [ela ri]

T+M: Para além de cantora e baita dançarina... aliás, me permite te segredar que fui tentar fazer os mesmos movimentos do ombro e terminei com um torcicolo horroroso, também tens experiência como atriz. Como pintaram os convites?
Keila: [ela cai na gargalhada] O Treme é um exercício de cárdio, né? Tem que ter muito fôlego para cantar e dançar o treme no show inteiro! Nem eu faço isso! Em relação ao trabalho como atriz, costuma-se dizer que a gente já interpreta em cima de um palco, né? O convite veio da parte da Jorane [Castro, cineasta paraense] para fazer um trabalho mais sério, desenvolver uma personagem e fiquei muito feliz! Foi uma experiência linda para mim e algo que eu não esperava! Ganhei dois prêmios! Um, de melhor atriz coadjuvante, no Festival Guarnicê, do Maranhão e que é um dos festivais mais antigos de Cinema do Brasil. E o outro prêmio veio do “Maranhão na tela”, como melhor atriz. Recebi feedbacks legais, da galera, elogiando. Surgiram outras oportunidades, de participações menores, em outros filmes. Tem a participação em web séries, como “Sampleados”, que eu participo desde o começo. A gente tá envolvido em todas as artes e conseguimos nos arriscar. Que bom que arrisquei e deu certo! Muita gente me cobra mais participação. Fico querendo, mas é uma vontade que tenho. Tenho que esperar uma brecha porque o foco da minha vida é o palco, é a música! 

T+M: Falando sobre esse momento tão estranho que o mundo está vivendo, como tem sido vivê-lo? Como tens encarado? Você anunciou sua gravidez logo depois da decretação de estado pandêmico - que passou pela tua cabeça? 
Keila: Muito difícil, mas pra eu não sobrecarregar meu psicológico, eu vou vivendo um dia após o outro. Foi inevitável não se desesperar minimamente no começo – aliás, se quem não estava grávida, que não tem filhos ou compromissos, se desesperou, avalia quem tem! Tenho o Josué, de 10 anos, a Alexa, de 3, e o Joaquim, que nasceu em outubro e está no meu colo neste momento. Fiquei muito preocupada por causa da minha saúde, dos meus filhos, dos meus pais, da mina família. Temi por todos. Depois da preocupação com a saúde, veio a sobrecarga financeira, né, que inevitavelmente tivemos que lidar, porque todo mundo parou. Que bom que pintaram umas coisas, dessas parcerias, e fiz lives bem legais e grandes... assim como fiz lives bem simples, de cima da minha laje, com o suporte que eu tinha em mãos. Fiz live solidária, pra galera que precisava de doação aqui no Guamá. 

T+M: Temeste um mundo novo diferente para teus filhos? Como foi e tem sido organizar isso na tua cabeça?
Keila: Eu me preocupo, desde sempre, com meus filhos e o mundo – com pandemia ou sem pandemia. Como mulher nascida na periferia, que canta uma música de periferia, que é tida como marginal, eu enfrento muitas coisas. E uma mulher com filhos! Porque ainda tem isso! Com filhos, sendo casada, tem uma coisa de as pessoas acharem que tu paraste, que tua carreira acabou! Mas passei a pandemia inteira trabalhando, lançando música nova... foram umas 5 só nesse período! Fiz lives grandes e simples, tentei e tento, porque o período pandêmico não passou, me proteger e tentar trabalhar da maneira mais saudável possível [ela ri e comenta que Joaquim, com quase dois meses de idade, está sorrindo para ela]. Ainda não me sinto segura e acho que está tudo muito aglomerado. Entendo que alguns colegas estejam fazendo shows, porque só a pessoa pode sentir onde o calo aperta, mas estou com um bebê novinho e preciso pensar em todos esses detalhes antes de me expor. Dói muito dizer não para trabalho, mas é o que o momento exige. Tive apoio de produtora, de amigos.

T+M: Nesse sentido, que esperas do novo mundo?
Keila: Acho que todas as pessoas estão conseguindo ter um olhar mais profundo sobre as linhas opressoras da sociedade: o racismo, homofobia, machismo. Muitas pautas têm vindo à tona e acho que estamos dialogando muito mais sobre isso, tentando entender, por exemplo, o que é racismo estrutural. Temos refletido mais sobre esses problemas. O senso político da sociedade tem aumentado, bem como a solidariedade. Tem um olhar mais atento para o meio ambiente... a gente refletiu. O que a gente tem aprendido é a ter um olhar mais sensível para o outro. Costumo dizer que não fiz muita coisa diferente do que eu faço ou já fazia no dia a dia, que é enfrentar as dificuldades que chegaram, mas acredito que consegui superar, sabe? É vitorioso conseguir colocar lives no ar – uma live no YouTube exige muitos equipamentos, é caro! Tem toda uma questão técnica por trás e não me dei por vencida: fui atrás de patrocínio e eu fiz, consegui ajudar, me manter em contato com o público, pintaram convites importantes, fiz entrevistas importantes. Tive mais certeza de que minha voz é importante, de que preciso falar e me posicionar, como mulher do Norte. Minha voz tem poder e percebi isso muito melhor agora. Tô exercendo essa função de forma bem mais consciente.  

T+M: Acreditas que sairemos melhores disso tudo?
Keila: Sairemos mais politizados, mais empáticos e conscientes de nós mesmos como sociedade, como seres políticos. Sairemos mais fortes, de que é possível enfrentar questões que consideramos impossíveis. Mesmo sem poder ver e abraçar, sairemos mais afetivos. Tenho pensamento positivo. Mas é aquela coisa: ou é isso, ou é ladeira abaixo. Temos enxergar agora tudo de mais nebuloso que existia de cultura comportamental dentro do nosso país. Acredito que tentando corrigir esses erros, caminhamos para uma evolução! 

T+M: Para finalizar, uma curiosidade. Antes, eras a Keila Gentil. Agora assinas como Keila.
Keila: Depois que saí da Gang, tirei o Gentil e fiquei só com o Keila – para ajudar a galera a me encontrar nas plataformas. Ouçam meu último disco, Malaka, que lancei em 2019. Circulei um pouco com esse disco, mas veio a pandemia e interrompeu a turnê. Talvez em 2021 eu retome. Mas é aquela coisa, né? A música vai evoluindo, ainda que tudo esteja parado. Mas as mentes não estão! Pretendo trabalhar mais esse disco e acredito que ele é bem pós-moderno, mais pop, outros sons e conectado a outros artistas. Falo sobre mulher da periferia e tem muito a ver comigo. Tem muita coisa que fala de mim: experiências próprias e de outras manas – quero fortalecer isso também!

Para conhecer mais:
@tremekeila

Troppo