Letícia, plena e livre: descubra novidades sobre Spiller

A beleza estonteante de Letícia Spiller salta aos olhos e é impossível ela passar incólume – seja na ficção ou na vida real. No ar, na novela “O Sétimo guardião”, na pele de Marilda, uma mulher apaixonada pelos filhos e casada com o prefeito da cidade, Eurico (vivido pelo ator Dan Stulbach), Letícia é tranquila e vive uma fase particularmente produtiva como profissional, já que está no horário nobre, ao mesmo tempo em que abraça novos desafios, como uma nova carreira na música, um livro de poesias e ainda co-produz um longa-metragem. Ufa! São inúmeros os compromissos profissionais, conciliados com a vida pessoal – e mesmo assim, nossa entrevistada reservou um tempinho, entre as gravações da trama, para conversar com a Troppo + Mulher. Letícia compartilha, a partir de agora, um pouco mais sobre amor, maternidade, trabalho e autocuidado.     

Troppo + Mulher: Você está no ar, na novela, está lançando música, já escreveu um livro de poesias, atua como diretora... uau, quantas coisas você tem feito. Me conta um pouco sobre o livro, a música e os projetos como diretora?
Letícia Spiller: Fui convidada pelo cantor Dienes e pelo diretor Nicolas Martin para participar da música "Luna llena". Aceitei o desafio e é muito gostoso ver o retorno. A canção já está disponível em todas as plataformas. O livro "Mais de mim" é uma coletânea de poesias que eu juntei ao longo de 18 anos. Foi muito interessante mostrar esse meu outro lado para o público, uma parte mais íntima minha. No cinema, sou co-produtora e faço uma participação no longa "Eu sou brasileiro". Ainda tenho outros dois projetos: o Coletivo El Camino, com apresentações lúdicas, que misturam música, performance, poesia e artes plásticas, e o INFUSION, que leva para o palco a música flamenca em fusão com a música brasileira e com coreografias e ritmos do Cone Sul da América.

T+M: Você começou com a Xuxa... qual a lição mais importante, inesquecível ficou daquela época?

LS: Acho que a lição mais importante que ficou daquela fase foi a disciplina. Eu já queria minha independência, fazer curso de teatro e ajudar em casa. E consegui tudo isso. Era uma rotina bem intensa, mas não mudaria nada porque se tivesse feito algo diferente, talvez não estaria onde estou hoje (risos).

“As mulheres precisam se sentir seguras em todos os ambientes e saberem que há uma rede de proteção e acolhimento caso contrário a isso aconteça”.

T+M: Seu filho vai estrear em Malhação já em abril – você compartilhou experiências com ele? Ele pediu dicas?

LS: Conversamos muito naturalmente sobre isso, falamos sobre o trabalho. Temos uma relação muito próxima e acho que acaba sendo natural, especialmente por termos todos esses interesses em comum. Tenho muito orgulho de vê-lo trilhando o caminho que ele escolheu. E estou sempre aqui ao lado para o que ele precisar, para acolher, dar dicas.

T+M: Você imaginava que o Pedro seguiria a mesma carreira de vocês? E Stella?
LS: Minha vontade sempre é pelo bem-estar deles e os incentivo a buscar os sonhos deles. O Pedro já mostrava um interesse em arte, né!? Ele faz parte da banda Fuze. Agora, ele vai estrear como ator, em "Malhação". Foi uma escolha dele, no tempo dele, e eu apoio 100%. Quero o mesmo para Stella. Não sei se será atuando, mas o importante é que estarei ao lado dela incentivando suas descobertas e escolhas.

T+M: Com a sua correria para dar conta de tantas atividades e ainda conciliar com a vida pessoal e familiar, quais são tuas estratégias ou recursos para manter-se equilibrada?
LS: Eu acho que o equilíbrio vem de dentro. Eu faço meditação, ritos tibetanos, yoga. Tudo isso me ajuda. Busco também fazer coisas que me dão prazer, como dançar, que eu adoro. No dia a dia, eu priorizo minha família. Então, mesmo com uma rotina de trabalho intensa, busco os espaços para estarmos juntos. Estar em família renova minhas energias. Eu também gosto muito de ir para o sítio. O contato com a natureza é muito importante para mim também, me sinto mais conectada com o todo. 

(Cris Coutinho / Divulgação)

T+M: Fiquei bem tocada com uma declaração do seu ex-marido, o Marcelo, sobre você ainda ser a família dele e ele amá-la. Quais os fundamentos essenciais para um relacionamento, mesmo sem estar junto, saudável e pautado em respeito?
LS: Acho que o fundamento básico é o respeito ao próximo. Não é que a nossa relação não tenha dado certo. Nosso amor se transformou e, com isso, vieram ajustes para viver esta nova fase. Então, o amor, o carinho e o respeito continuam, só que de uma outra maneira.

T+M: Você já lidou com problemas de imagem? Que conselho você compartilharia com tantas mulheres que também têm dificuldade em se aceitarem?
LS: Eu não lembro de ter questões de imagem. Claro que nem todo dia acordo me sentindo incrível, e tudo bem. Busco me acolher e me cuidar, ter uma rotina de autocuidado que me ajude a me sentir bem. E esses dias passam. Eu sou muito satisfeita com o que vejo quando me olho no espelho. Acho que o principal é se cuidar e buscar ser a pessoa que você quer. Alguns padrões aprisionam a gente, especialmente as mulheres. Estamos avançando nisso, em romper com esses padrões e sermos mais livres. O conselho que eu compartilharia é olharmos mais para o que é importante para nós e como queremos ser, sem nos preocuparmos tanto com o que ditam para nós.

T+M: Sua personagem, Marilda, é uma mulher fogosa e recentemente se envolveu numa polêmica de falsa acusação de assédio. Você já sofreu assédios em sua carreira, Letícia? 
LS: Nunca passei por uma situação de assédio em ambiente profissional. Vejo esses movimentos de denúncias como um passo importante. As mulheres precisam se sentir seguras em todos os ambientes e saberem que há uma rede de proteção e acolhimento caso contrário a isso aconteça.

T+M: Me conta um pouco sobre teus planos futuros... e sobre ser cantora – um novo desafio que você está abraçando e me parece estar muito à vontade. Quando foi que a vocação para cantar começou a falar alto?
LS: Tenho muitos projetos e coisas que quero realizar ainda (risos). Estou lançando a música com Dienis, "Luna llena". Fui convidada por ele e pelo Nicolas Martin, diretor do clipe, para gravar uma participação. Fiquei muito feliz e aceitei o desafio. Gravamos o clipe no sul da França. Há oito anos, eu venho tratando a disciplina do canto. Tenho praticado mais por causa do meu trabalho como atriz. Foi uma vontade maior de investir por causa do teatro. E acho que uma coisa levou a outra. A parceria com o Pablo também me incentiva neste sentido: nos apresentamos com dois espetáculos diferentes (o Coletivo El Camino e o INFUSION), ele também participa da música "Luna llena" e queremos também fazer um show apenas nós dois. Além da música "Luna llena", também tenho outros projetos envolvendo música, como o Coletivo El Camino, com apresentações lúdicas, que misturam música, performance, poesia e artes plásticas, e o INFUSION, que leva para o palco a música flamenca em fusão com a música brasileira e com coreografias e ritmos do Cone Sul da América. Além disso, tenho projeto no cinema: sou co-produtora e faço uma participação em "Eu sou brasileiro". Tudo vai acontecendo paralelamente.  

T+M: Já que falamos de poesia, qual teu livro de cabeceira? Escritores que te inspiram?
LS: Ah, são tantos! Clarisse Lispector, Adelia Prado, Paulo Leminski, Nelson Rodrigues, Garcia Lorca, Sheakespeare...

T+M: Quando você tem um tempo livre, gosta de fazer o que?
LS: Gosto de estar em contato com a natureza, com a minha família. Isso me traz muita paz e me revigora. Adoro dançar, viajar e cantar sem compromisso numa roda de amigos.

Para saber mais:
@arealspiller