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Conheça marcas chinesas que preparam ofensiva no mercado de eletroeletrônicos do Brasil

Especialista diz que a China está passando por um momento semelhante ao vivido pelas empresas sul-coreanas nos anos 2000

O Liberal
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Um novo capítulo das empresas asiáticas no segmento de eletroeletrônicos no Brasil pode estar na porta: as gigantes chinesas do setor, como Gree, Midea, Hisense e TCL, preparam uma ofensiva no mercado brasileiro, avaliado como de grande potencial de consumo para itens das linhas branca e marrom.

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Nas décadas de 1990, as japonesas tiveram crescimento significativo, seguidas pelas sul-coreanas, que atualmente lideram diversos segmentos do mercado nacional. A partir de 2020, as chinesas começaram a ganhar força no mercado doméstico.

Gerente-executivo da Gree Electric Appliance, Carlos Murano afirma que a China está passando por um momento semelhante ao vivido pelas empresas sul-coreanas nos anos 2000, quando elas se consolidaram no mercado brasileiro.

A trajetória profissional de Murano reflete a nova onda do mercado de eletrodomésticos e eletroeletrônicos: engenheiro, ele começou a sua carreira na japonesa Hitachi, na área de aparelhos de ar condicionado; depois foi para a sul-coreana LG, onde era responsável por condicionadores de ar, refrigeração e lavadoras; e, desde meados de abril deste ano, está na Gree, respondendo por esses segmentos.

Marcas

A Gree, líder em ar condicionado na China, está presente no Brasil há mais de 30 anos e possui uma fábrica própria em Manaus. A empresa planeja lançar novos produtos, como refrigeradores e lavadoras, e ainda não definiu se eles serão importados ou produzidos localmente. Fora da China, a empresa só tem fábrica no Brasil.

Outra empresa chinesa, a Midea Carrier, está investindo R$ 600 milhões em uma fábrica de refrigeradores no sul de Minas Gerais, que começará a operar no final de 2024. A nova planta, de 73 mil metros quadrados, terá capacidade para produzir 1,3 milhão de aparelhos por ano.

A empresa busca se posicionar entre os três principais fabricantes do mercado de refrigeradores nos próximos quatro anos. Segundo o CEO da empresa, Felipe Costa, a produção local proporciona a competitividade para que a empresa tenha relevância no segmento.

O Grupo Midea, que fatura US$ 53 bilhões e tem 166 mil funcionários no mundo, entrou no Brasil em 2011 e hoje já tem duas fábricas no país: uma em Manaus (AM), onde são produzidos aparelhos de ar condicionado e fornos de micro-ondas, e outra em Canoas (RS), responsável pela fabricação de sistemas de refrigeração comercial.

A Hisense, por sua vez, acaba de chegar ao Brasil e já está vendendo seus produtos em lojas físicas. A TCL, que já está presente no Brasil há alguns anos, ampliará sua variedade de produtos, incluindo refrigeradores e máquinas de lavar.

Consolidadas

As gigantes sul-coreanas, Samsung e LG, que já estão estabelecidas no Brasil, estão reagindo ao aumento da competição no mercado. A Samsung planeja entrar em novos nichos de mercado, como fornos, cooktops e coifas.

O líder da divisão de eletrônicos de consumo da Samsung Brasil, Mario Sousa, diz que a empresa renovou seu portfólio de televisores, que agora tem 16 linhas. Globalmente, segundo a consultoria Omdia, a Samsung é líder mundial na categoria de televisores há 17 anos.

A fabricante ainda aposta na categoria de refrigeradores de alto padrão. De janeiro a abril deste ano, o segmento cresceu 21% em receita e a Samsung ampliou a liderança em 5,7 pontos porcentuais em relação ao segundo colocado, na comparação com o mesmo período de 2022, de acordo com dados da GfK. 

A LG também prepara ampliação dos esforços para se manter competitiva no mercado nacional. De acordo com o vice-presidente de vendas ao consumidor da LG do Brasil, Roberto Barbosa, apesar de a empresa não ter planos de entrar em novas categorias de produtos neste ano, já realiza estudos para nacionalizar a produção de refrigeradores.

Entre as promessas de lançamentos para este ano, Barbosa cita um televisor voltado ao público gamer cuja tela pode ser plana ou curva, com apenas o toque de um botão. A proposta é oferecer uma experiência de jogo mais imersiva, assim como acontece em monitores para esse público.

Interesse

As fabricantes chinesas estão atraídas pelo grande número de habitantes e pelo potencial de demanda do Brasil, bem como pela existência de nichos de produtos pouco explorados. Além disso, a capacidade produtiva da China e os preços competitivos dos produtos são fatores que favorecem as empresas chinesas nos mercados emergentes, como o Brasil.

A entrada das fabricantes chinesas no mercado brasileiro beneficiará os consumidores, que terão uma oferta maior de produtos com preços competitivos. As empresas chinesas devem trazer produtos de alta qualidade com preços atrativos para conquistar os consumidores brasileiros.

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