Sucessos de Djavan ganham releituras em ritmo jamaicano

Disco "Jah-Van" reúne intérpretes como Seu Jorge, Ivete Sangalo e Criolo

Redação Integrada
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Releituras de canções de Djavan em ritmos jamaicanos e interpretadas por nomes como Seu Jorge, Ivete Sangalo, Criolo, entre outros fazem parte do projeto "Jah-vanear o que há de bom", que chega às plataformas digitais via Sony Music com clipe de “Sina”, faixa que traz Arnaldo Antunes e Rincon Sapiência, dirigido por Camila Cornelsen.

Djavan tem as tranças, mas nunca balançou seus cabelos no ritmo do reggae. A voz calorosa, o suingue macio e cheio de soul, as letras de tons tropicais, tudo em seu trabalho sempre sugeriu uma aproximação com o gênero que Bob Marley e outros ajudaram a espalhar pelo mundo. Mas até então, seus caminhos foram outros, circulando soberanamente pela MPB com uma fina pegada de jazz.

"Jah Van! Falei bem alto, de repente, do nada, num encontro de amigos, num domingo lá em casa", conta o músico e produtor BiD, que mora em São Paulo. A ideia virou o disco "Jah-Van", que chega agora às plataformas digitais, e em breve no vinil, com versões cantadas por Seu Jorge, Ivete Sangalo, Criolo, Arnaldo Antunes, Fernanda Abreu, Zélia Duncan e Chico César, entre outros, interpretando sucessos como “Samurai”, “Meu Bem Querer”, “Açaí” e “Lilás”.

"Assim que a ideia veio, pegamos o violão e começamos a testar as músicas do Djavan e anotar as que ficavam bacanas. Marcamos também as que teriam a batida mais pra trás do reggae ou mais acelerada do ska", explica Bid, idealizador e produtor do álbum, ao lado de Fernando Nunes, músico que acompanhou Cássia Eller e toca com Zeca Baleiro.

Um encontro na rua e uma rápida conversa com Arnaldo Antunes trouxeram o primeiro participante – de peso – para o disco. Outro esbarrão nas vizinhanças rendeu mais um convidado, Chico César.  Aos poucos, os produtores foram percebendo a força e influência que a obra do homenageado tinha em cada convidado, percebendo como Djavan fez parte e foi importante, musicalmente, na vida de todos. E assim a barca seguiu enchendo.

"Zeca Baleiro e Zelia Duncan, que ficou sabendo do projeto pelo Baleiro, também chegaram animados, assim como Seu Jorge e Black Alien", conta BiD. "Em determinado momento, sentimos que o projeto estava muito masculino, e que queríamos diversificar mais. Foi aí que Fernanda Abreu e Assucena, das Bahias e a Cozinha Mineira chegaram. Mas queríamos mais. Foi quando o Fernando (Nunes) chegou dizendo que tinha sonhado com a Ivete Sangalo e que ela queria participar. Eu disse pra ele correr atrás do seu sonho, e ele foi. De passagem por Salvador, conseguiu conectar Ivete, que topou cantar 'Lilás', canção que já tinha a voz de Ze Ricardo. Virou um duo".

“Sina” e “Lilás” ganharam o vibrante tom do ska, conduzidas, respectivamente, pelas vozes de Arnaldo Antunes e Rincon Sapiência, e de Ivete Sangalo e Zé Ricardo. “Meu Bem Querer”, com Seu Jorge e Black Alien, e “Azul”, com Fernanda Abreu, receberam roupagem lovers rock, a vertente romântica do reggae, com uma categoria de fazer inveja ao saudoso Gregory Isaacs, ícone do estilo. E “Cigano”, cantada por Criolo, em parceria com o lendário grupo jamaicano The Abyssinians, ficou com uma pegada roots.

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