Jovem é atingindo por bala de borracha no olho durante protesto contra apagão, no AP

Familiares contam que eles tentavam fechar os estabelecimentos quando teve início uma confusão na rua. Matheus atravessou a via quando os disparos começaram e ele foi atingido no olho direito. A PM negou socorro ao adolescente.

Redação Integrada com informações do G1
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Um adolescente de 13 anos corre o risco de perder a visão após ter sido atingido por uma bala de borracha no olho durante um protesto contra o apagão energético, no Amapá. O caso veio à tona nesta terça-feira (10), quando a PM informou que pretende instaurar um procedimento para investigar o caso. 

De acordo com o G1, Lucas Matheus de Abreu estava próximo ao ato que ocorreu na última sexta-feira (6), na 7ª avenida do bairro Congós, área em que a família da vítima tem empreendimentos.

Parentes contam que eles tentavam fechar os estabelecimentos quando teve início uma confusão na rua. Matheus atravessou a via quando os disparos começaram e ele foi atingido no olho direito. 

“Ficamos desesperados. Mostramos ele aos policiais e a polícia continuou atirando. Um funcionário nosso foi baleado também. Quando eles [PMs] perceberam o que tinham feito, pegaram a viatura e foram embora. Vamos supor que eles não tenham atirado para atingi-lo, mas o que mais me dói é que, quando eu pedi socorro, simplesmente eles foram embora. Isso pra mim é omissão de socorro”, disse Edilene dos Santos, madrasta do adolescente.

Matheus foi atendido no Hospital de Emergências (HE) de Macapá e depois foi transferido para o Hospital de Clínicas Dr. Alberto Lima (Hcal), no qual passou por uma cirurgia. Segundo a equipe médica, o adolescente pode ter a visão comprometida pelo ferimento.

“Eu espero que a justiça seja feita. Não deveriam ter abandonado meu filho como abandonaram. Omitiram socorro pro meu filho. Isso é o que me entristece”, declarou a madrasta. 

De acordo com Edilene, foi registrado boletim de ocorrência na Polícia Civil. O caso só não foi denunciado à Corregedoria da PM por falta de energia, mas a madrasta do adolescente acrescentou que foi orientada a registrar a situação pelo site do órgão.

A Polícia Militar informou que “os serviços da Corregedoria da PM-AP não estão suspensos, no entanto, sofrem prejuízos pela falta de energia que atinge a todos”.

No protesto em que Lucas Matheus foi atingido, uma outra pessoa também foi ferida por tiros de borracha no peito e braço. Em quatro dias, a PM já registrou 55 protestos por causa da falta de energia elétrica. Muitos dos atos, os moradores queimaram pneus e pedaços de madeira. 

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