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Separação do lixo em casa: atitude cultivada desde cedo contribui com o Meio Ambiente

O gerenciamento do que é descartado nas residências se tornou um tema de relevância na atualidade

Maiza Santos / Especial para O Liberal

A separação dos resíduos domésticos é uma das medidas para tentar evitar problemas relacionados ao lixo. O gerenciamento do que é descartado em casa se tornou um tema importante e precisa ser tratado desde cedo, uma vez que, antes de chegar em lixões ou aterros sanitários, os resíduos podem ser cuidados de maneira adequada nas residências da população.

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Todos os anos, Belém e outras cidades produzem milhares de toneladas de lixo. Por conviver com esses transtornos e pensando em tentar minimizar esses impactos causados pelos resíduos sólidos, a médica Joyce Carmen Abreu, de 32 anos, desde cedo ensina o filho, filho Matheus Abreu Peixoto, de 8 anos, a importância de segregar o lixo de casa. Ela começou a fazer a segregação de resíduos há oito anos e possui, em casa,  lixeiras reservadas para a coleta de lixo 

image Joyce Abreu e o filho, Matheus Abreu (Foto: Carmem Helena / O Liberal)

“Meu marido e eu sempre tivemos a iniciativa de ensinar nosso filho sobre a importância de reciclar e reutilizar. Minha família sempre foi preocupada com a questão ambiental, principalmente porque moramos em uma cidade, infelizmente, muito suja e com descarte de lixo inadequado pelas ruas, canais, etc. Manter o meio ambiente e principalmente os espaços em que ele vive, seja, casa, escola, parque, praças, tudo limpo. É bom que eles aprendam desde cedo pois não é somente uma questão ambiental, mas da educação como um todo”, diz.

image Joyce Abreu e o filho, Matheus Abreu (Foto: Carmem Helena / O Liberal)

A médica diz que a parceria com a escola, no ensino sobre a importância da separação do lixo e reciclagem, também ajuda a reforçar a atitude, já que ele poderá ver outras crianças também fazendo uma ação correta. “Ele aprende e perpetua isso desde casa até a escola, pois eles também fazem esse trabalho de motivar e mostrar para as crianças o caminho certo para eles cuidarem do hoje e do amanhã. Isso faz parte da educação para a vida e para o futuro deles”, pontua Joyce.  

Cultivado desde a base

Centenas de instituições de ensino infanto juvenil do Estado trabalham para ensinar a importância da separação do lixo para a coleta. De acordo com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), atualmente várias escolas, tanto na capital quanto no interior do Pará, realizam boas práticas em relação ao meio ambiente como a separação de lixo reciclável, criação de hortas sustentáveis e fabricação de sabonetes em barra. Tudo com o auxílio dos alunos, para que compreendam e reproduzam o ato.

De acordo com a Seduc, as ações fazem parte da Política Pública de Educação para o Meio Ambiente, Sustentabilidade e Clima, criada com objetivo de promover a preservação e a coexistência ambiental por meio da educação, principal agente de transformação social. A política pública integra as ações do governo do Estado desenvolvidas para a proteção da floresta amazônica, e servirá de referência a outros países em 2025 ao sediar a COP 30.

Em Belém, desde 2021, de acordo com a Prefeitura da cidade, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semec) e Saneamento (Sesan), foi lançado o programa ‘Belém Sustentável, Cidade Educada’, para, de forma integrada, fortalecer a coleta seletiva nas unidades de ensino, além de realizar atividades de reciclagem em parceria com cooperativas. Gradualmente, ao longo desses dois anos e meio, mais nove escolas municipais foram alcançadas com a iniciativa.

No planejamento do Programa há campanhas mensais de educação ambiental e de sustentabilidade em torno das escolas: caminhada ambiental, distribuição de sacos recicláveis e de rejeitos, participação de grupos culturais, das cooperativas.

Importância de cuidar 

Não é novidade o fato de que as cidades produzem, diariamente, milhares de toneladas de lixo. Essa situação pode gerar sérios problemas no futuro, como explica Felipe Eduardo de Oliveira Alves, Engenheiro Civil.

“O impacto dessa geração excessiva de resíduo, somado à questão da falta de cuidado com a destinação final do lixo doméstico, pode causar problemas muito sérios que são sentidos agora, mas serão ainda piores no futuro próximo”, aponta Felipe Alves.

O engenheiro aponta que o papel das pessoas, assim como dos órgãos públicos, é realizar ações para evitar os problemas desde a origem e não somente quando já estão sentindo as consequências. “A principal maneira de se combater é buscar a mitigação dessa geração de lixo. E o que for gerado, ser coletado de uma forma mais inteligente”, explica.

Para Felipe Alves, não misturar os resíduos no momento do descarte em casa garante que eles se mantenham adequados para a futura reciclagem. “Garrafas plásticas e outros resíduos podem ser reciclados. E é por isso que os resíduos sólidos ou orgânicos não devem estar juntos deles, pois existe toda uma questão bacteriológica, de decomposição, que podem impedir que os outros materiais sejam utilizados. Por isso o correto é que haja a destinação correta para cada um deles”, assegura.

Como destinar de maneira correta os resíduos sólidos?

A reciclagem, não só dos plásticos como de outros materiais recicláveis. Para dar uma destinação correta a eles, é necessário separar o que é orgânico do que é reciclável.

Materiais recicláveis:  vidro, plástico, papel,papelão, metal, madeira e orgânicos. Eles são divididos em cores: Verde - vidro; Vermelho - plástico; Azul - papel, papelão; Amarelo - metal.

Lixo orgânico: todos os resíduos que têm origem animal ou vegetal. São eles: restos de alimento, folhas, sementes, restos de carne, ossos, entre outros, que sofrem um processo de decomposição natural, sumindo da natureza em pouco tempo.

É importante higienizar os materiais antes do descarte.  Resíduos descartados sujos tornam-se impróprios para a reciclagem devido à contaminação por orgânicos.

 

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