O que fazer ao encontrar um cabelo ou inseto na comida? Saiba se comer faz mal à saúde

Encontrou um cabelo ou inseto no prato? Veja recomendações de higiene e segurança alimentar

Riulen Ropan
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Sabe quando você está comendo uma comida muito boa e encontra um cabelo ou alguma coisa que não deveria estar ali? Nessa situação, o que se deve fazer? É saudável continuar comendo ou é importante descartar a comida? Essas são dúvidas comuns de quem passa por um episódio como esse, que, além de constrangedor, pode representar um risco à saúde.

É preciso ter bastante cuidado com aquilo que se consome. Saber o que se está comendo, e o que pode fazer mal à saúde, é fundamental na hora de decidir se vale a pena continuar ou não comendo um alimento que apresentou algum tipo de contaminação, como cabelo, pedaços de plástico, vidro ou insetos. Isso é um sinal claro de falhas no preparo ou no armazenamento e não deve ser ignorado.

O que fazer ao encontrar algo estranho na comida?

Se isso acontecer em restaurantes, padarias ou lanchonetes, o mais indicado é comunicar imediatamente um funcionário. O estabelecimento deve oferecer uma solução — como trocar o prato ou cancelar o pedido — e essa atitude também ajuda a alertar a equipe e proteger outros clientes. O mesmo vale para pedidos por delivery: entre em contato com o atendimento e, se possível, envie fotos como prova.

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Agora, se o alimento veio da casa de um amigo ou familiar, a situação pode ser mais delicada. Nesses casos, o ideal é avaliar o tipo de contaminação, o seu nível de confiança na higiene de quem preparou o prato e o contexto em que ele foi feito. Mas sua saúde vem em primeiro lugar; portanto, se achar necessário, recuse o prato com gentileza.

Continuar comendo ou parar?

Ao encontrar na comida pedaços de plástico, metal, vidro, pedriscos, insetos ou sinais de mofo, a orientação médica é clara: o ideal é descartar todo o alimento. Mesmo que a contaminação pareça localizada, há risco de presença de microrganismos, como bactérias, fungos ou parasitas, ou fragmentos minúsculos que podem ter se espalhado e não são visíveis a olho nu. Ingeri-los pode comprometer a saúde.

Dependendo do tipo de material e de sua origem, os danos vão desde infecções gastrointestinais e intoxicações alimentares até ferimentos físicos, como cortes na boca, dentes quebrados, engasgos ou lesões internas, especialmente quando se trata de objetos pontiagudos, duros ou contaminados.

Quando se trata de um fio de cabelo, a resposta varia conforme o contexto. Se o cabelo for seu, o risco sanitário tende a ser baixo — você pode simplesmente removê-lo e seguir com a refeição, caso se sinta confortável.

Por outro lado, se o fio não for seu — especialmente se estiver parcialmente misturado ao alimento — o mais prudente é descartar ao menos a parte contaminada. Cabelos humanos podem carregar sujeiras, resíduos de produtos químicos ou até microrganismos, o que pode representar riscos à saúde, ainda que menores em comparação com outros tipos de contaminação.

Quando é obrigatório descartar o alimento?

Descartar toda a comida é a medida mais segura quando você encontra:

  • Pedaços de plástico, metal, vidro ou pedras: risco de lesões, engasgos e contaminação invisível.
  • Insetos (mortos ou vivos): possível presença de bactérias, fungos ou ovos microscópicos.
  • Mofo visível, mesmo que em pequena parte: o fungo pode já ter se espalhado por dentro do alimento.
  • Textura, cheiro ou cor alterados sem motivo aparente: pode indicar contaminação por microrganismos.
  • Qualquer corpo estranho de origem desconhecida: a ingestão pode causar intoxicação alimentar ou infecção.

Remover apenas a parte contaminada não elimina os riscos. Muitas vezes, o problema não está visível, mas já afetou todo o alimento.

Cuidados para evitar surpresas indesejadas

Tanto em casa quanto fora dela, os cuidados com a higiene dos alimentos são essenciais para evitar contaminações. Em casa, o ideal é manipular os ingredientes com os cabelos presos, sem acessórios nas mãos ou no rosto, e usando avental. Utensílios como panelas, tábuas, talheres e esponjas devem estar sempre limpos e em bom estado — itens desgastados devem ser substituídos.

O armazenamento também exige atenção: respeite os prazos de validade, use locais limpos e arejados e evite produtos com embalagens violadas, estufadas ou amassadas, pois podem indicar deterioração.

Fora de casa, o cuidado deve ser redobrado. Observe a higiene do ambiente, a aparência dos funcionários e o estado dos utensílios. Alimentos com cheiro, gosto ou textura estranhos — como aspecto pegajoso ou presença de espuma — são sinais de alerta. Na dúvida, o melhor é não consumir.

(Riulen Ropan, estagiário de Jornalismo, sob supervisão de Vanessa Pinheiro, editora web de oliberal.com)

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