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Em Santarém, UPA e HMS atenderam 48 casos suspeitos de síndrome de Haff no mês de setembro

Ao todo, 5 pacientes com suspeita da doença estão internados

Ândria Almeida
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Um levantamento realizado pelos setores de epidemiologia da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24h e Hospital Municipal, em Santarém, oeste do Paráapontou que no mês de setembro, no período de 1º a 20, foram realizados 48 atendimentos de pacientes com suspeita de Síndrome de HAff, popularmente conhecida como doença da urina preta nas duas unidades; 5 pacientes estão internados com suspeita da doença.

Ainda segundo o levantamento, outros 6 casos foram acolhidos em outras unidades hospitalares do município, totalizando o número de 54 casos suspeitos atendidos.

Segundo a coordenação da UPA, a unidade atendeu nos primeiros 20 dias deste mês, 43 pacientes com sintomas da doença. Desses, 19 foram transferidos para o HMS e mais 5 procuram acolhimento direto no HMS, no mesmo período.

A unidade informou ainda que dos pacientes atendidos com sintomas da doença, dois  estão em observação na Unidade de Pronto Atendimento e três estão internados no HMS.

Pacientes relataram ter consumido o peixe Pacu

O peixe Pacu foi o mais consumido, entre os pacientes com sintomas da doença, somando 44 pacientes que relataram o consumo. Desse total, 34 são homens e 14 são mulheres, conforme o levantamento da UPA e HMS.

Onde procurar atendimento?

A orientação para quem sentir algum sintoma após o consumo do peixe é procurar atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24h, que é a unidade de referência para o primeiro atendimento dos casos suspeitos. Após a avaliação médica, caso haja necessidade de internação, a pessoa é transferida para o Hospital Municipal, que dará continuidade ao tratamento com retaguarda dos médicos especialistas.

Segundo a responsável pelo setor de epidemiologia da UPA, enfermeira Jéssica Reis, todos os pacientes internados com os sintomas da doença são notificados e em seguida é acionada a Vigilância Epidemiológica do Município, que comunica o Estado.

“Esse novo fluxo está baseado na nota técnica divulgada pelo governo do Estado por meio da SESPA. Todos estavam com escurecimento da urina, alguns apresentaram rigidez nos músculos. Muitos apresentaram sintomas leves e em menos de 24h receberam alta, os que necessitam de mais atenção foram para o HMS, nenhum precisou ir para estabilização até o momento. É importante dizer que esses 47 pacientes são considerados casos suspeitos até que saia o resultado dos exames”, disse.

Como armazenar o pescado para prevenir a doença?

Segundo o infectologista, Alisson Brandão, a doença está associada a uma intoxicação relacionada à ingestão de alguns peixes encontrados nos rios da região.

 “Ocorre extrema rigidez muscular de forma repentina, pode ocorrer dores musculares, dor torácica, dificuldade para respirar, dormência, perda de força em todo o corpo e o sintoma marcante é a urina na cor de café, pois o rim tenta limpar as impurezas, o que pode causar uma lesão na musculatura”, enfatizou.

O infectologista explica ainda que o armazenamento correto é importante para evitar a doença.

“A nossa orientação é que a população tenha cuidado em observar a procedência do peixe, sempre adquirir pescado que tenha registro e fiscalização pelo competentes e que ele esteja bem acondicionados”, alertou.

Os sintomas da doença costumam aparecer entre 2 e 24 horas após o consumo dos peixes ou crustáceos. “O que a gente vê mais são pescado de origem artesanal, o peixe que mais identificado a essa síndrome no nosso município é o Pacu. Mas também tem relatos com Pirapitinga, Curimatã e ao Tambaqui”, finalizou.

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Santarém
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