Grupo de mulheres realiza show solidário para missão que cuida de pessoas em situação de rua

“Amigas Solidárias” é uma organização filantrópica que faz arrecadações para instituições de caridade

Emilly Melo/ Especial para O Liberal

A integridade, comprometimento e o amor ao próximo fez surgir o “Amigas Solidárias”, que há mais de 10 anos busca ajudar instituições que assistem às pessoas carentes por meio de ações de arrecadação de recursos. A ideia de fundar um projeto filantrópico surgiu “despretensiosamente” em um encontro das amigas, que já realizavam doações pontuais. Entretanto, a vontade de fazer um pouco mais por quem precisa foi decisiva para formalizar a projeto.

“A gente queria uma coisa bem organizada, porque até então nós ajudávamos mais de uma maneira pontual, não era nada totalmente planejado. Nós começamos a canalizar as ações para determinadas iniciativas”, relata Alessandra Meirelles, integrante do grupo. Atualmente, o Amigas Solidárias é composto por 45 mulheres que, na maioria, se conhecem há muitos anos, e desenvolveram um forte laço de amizade.

Com a formalização, o projeto se reúne todos os meses para definir quais atividades serão desenvolvidas, além das ações fixas. A escolha é feita por meio de votação entre os membros do grupo. "Temos ações fixas, por exemplo bingo, que fazemos no início e final do ano. Também tem festa junina, bazar e algumas festas”, pontua Alessandra.

A empresária Ana Paula Teixeira revela que, ao longo desses 10 anos, muitas pessoas já foram tocadas pelo projeto, que já arrecadou mais de R$ 1 milhão em prol de instituições de caridade. “Me sinto muito gratificada, muito feliz. Conseguimos ajudar muitas entidades, muitas pessoas carentes”, afirma a empresária.

Show de talentos solidário

Para tentar arrecadar mais fundos para investir nas ações do projeto, o “Amigas Solidárias” está organizando a quarta edição do show de talentos solidários, que acontecerá no dia 23 de outubro, no Theatro da Paz. O evento é retomado após ter sido paralisado durante a pandemia da covid-19. A ideia é trazer artistas do cenário cultural local do Estado. A inspiração surgiu após uma das integrantes ver uma reportagem sobre o assunto. “Nós olhamos essa ação, achamos muito interessante e resolvemos trazer pra cá. Adaptamos à nossa região e assim nós começamos fazer o show de talentos, trazendo pessoas da nossa região para esse evento cultural”, destaca Margareth.

As três edições anteriores do show de talentos foram realizadas no teatro Maria Sylvia Nunes, na Estação das Docas, os quais contavam com atrações principais e shows de cantores amadores e amigos para compor a programação. Já neste ano, a novidade é que as apresentações serão apenas de artistas profissionais. Entre as atrações estão Afonso Cappelo; Alba Mariah; Almirzinho Gabriel; Anabela Moura; Carla Souza; Carol Ferreira; Daniel Araújo; Evila Moreira; Gigi Furtado; Gilberto Nunes; Juliana Sinimbu; Léa Silveira; Maria Alice; Mariza Black; Malu Gadelha; Padre Francisco Cavalcante; Rolon Ho; entre outros.

O valor arrecadado com a venda de ingressos será destinado às obras da Missão Belém, instituição que abriga e trabalha na recuperação de mais de 300 pessoas em situação de rua, sendo a maioria idosos abandonados e dependentes químicos.

Ações

Para este dia das crianças, o grupo preparou uma surpresa para cerca de 80 crianças de uma creche, as quais foram levadas para uma lanchonete onde também receberam brinquedos. “Nós conseguimos brinquedos, e a cada vez a gente escolhe uma creche que não tem condições de proporcionar isso para elas, geralmente creches mais da periferia”, conta Margareth Maues, participante da organização.

As doações acontecem em outras datas, como Páscoa e Natal. As arrecadações também são feitas para restaurar lares de acolhimento, asilos e escolas. Em Belém, o “Amigas Solidárias” construiu um abrigo, localizado no bairro da Cabanagem, para pessoas que chegam a Belém para realizar tratamentos médicos.

“Nós levamos três anos construindo esse abrigo. Fomos chamados por quatro advogados que tinham comprado um terreno, mas não tinham como levantar esse abrigo para pessoas que vêm fazer tratamento aqui em Belém, seja de câncer, outras doenças, enfim. Fizemos dormitórios masculinos, femininos, e uma cozinha industrial”, descreve Alessandra.

A organização também desenvolveu um trabalho em Anajás, no arquipélago do Marajó, para crianças da região. O projeto contou com a ajuda de colaboradores para construir uma escola sustentável de música no município.

“Uma freira entrou em contato através de uma das componentes do nosso grupo, que também trabalha em igreja. Ela pediu para que nós arranjássemos alguns instrumentos, porque as crianças precisavam desse contato com a música. Nós conseguimos os instrumentos e, quando nós vimos a situação, resolvemos também fazer a escola de música. Então, como nós temos arquitetos e engenheiros no nosso grupo, fizemos uma escola totalmente sustentável e com madeira da região”, expõe Margareth.

Alessandra Meirelles ressalta também outros momentos em que a atuação do projeto foi relevante. “Nós não olhamos só para as entidades. Se um asilo está precisando trocar o piso, colocamos em votação, e trocamos o piso. Se uma creche precisa de colchão, a gente ajuda. Tem um abrigo para mulheres, ex-usuárias de entorpecentes, que fica na Santa Bárbara, que precisava de uma reforma. Agimos quando nos solicitam, como quando houve um incêndio, há uns dois meses, e ajudamos a comprar o material de construção para a casa de uma idosa que foi vítima”, afirma Alessandra.

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