Enfermeiro abraça paciente com Down para tranquilizá-lo e ajudar com oxigênio

Mesmo entendendo que o ato não é recomendado pela OMS, por ter risco de contaminação, Raimundo Matos não pensou duas vezes ao dar assistência humanizada ao paciente.

Com informações do portal UOL
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A cena de um abraço entre um enfermeiro a um paciente com Síndrome de Down com covid-19 comoveu pacientes e funcionários do hospital  de campanha na cidade de Caapiranga, no interior do Amazonas, no último sábado (23).

Pensando em acalmar Émerson Júnior, que estava com falta de ar e temia usar a máscara com oxigênio, o enfermeiro Raimundo Matos, não pensou duas vezes em ganhar confiança e abraçá-lo para conseguir fazer o procedimento. 

"Como o paciente é especial, ele não entende a importância do tratamento. No caso, a gente precisava ofertar a oxigenioterapia pra ele com a máscara, com aquele reservatório; e ele estava muito ansioso. Então ele me abraçou, e eu consegui tranquilizar ele, chegar mais próximo", explicou o profissional da saúde  ao UOL.

Em oito meses na linha de frente contra a pandemia do novo coronavírus, Raimundo revela nunca ter vivido uma situação parecida antes. E, mesmo compreendendo que os abraços não são recomendados pela OMS, principalmente por apresentar risco de contaminação, ele diz ter precisado esquecer qualquer receio para dar assistência humanizada que o paciente necessitava.

“Enfermeiros visam muito a biossegurança. Para mim, é importantíssimo fazer os usos dos EPIs [equipamentos de proteção individual] corretamente. Eu sei o risco que às vezes eu posso correr. Mas como ele é um paciente especial, precisava de muito carinho", disse.

A irmã de Emerson, Eliane Ferreira Loureiro, diz que o irmão já havia sido internado outras vezes, mas nunca apresentando sintomas tão graves como desta vez. Ela afirma que o paciente está fragilizado com a situação e sempre ‘precisando de atenção, alguém tocando na mão, fazendo carinho’.

O registro dos dois abraços foi feito pela paciente Mirene Borges Da Silva, que é operadora de máquina e estava no hospital de campanha também. 

"Achei a cena tão linda, foi um anjo que estava naquele momento e que fez com que aquela agonia que ele sentisse passasse. Foi uma coisa tão maravilhosa, e a foto reflete isso. Foi um aconchego de Deus naquele abraço", diz.

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